segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Servidores votam por continuação de greve na UFG

Servidores Técnicos Administrativos da Universidade Federal de Goiás se reuniram em assembleia na manhã desta segunda-feira (5/9) e decidiram pela permanência da greve que já dura 89 dias. O objetivo, entretanto é entrar em acordo com o governo federal ainda nesta semana.
Entre as reivindicações, piso de três salários mínimos e abertura de novos concursos para suprir déficit de profissionais devido a aposentadorias, demissões e aumento de demanda. Em todo o país, 53 universidades estão paralisadas.
A paralisação teve início em oito de junho e até o momento os servidores ainda não conseguiram negociar o aumento salarial, cujo valor hoje é de R$ 1.043.  Em julho, os Ministérios da Educação e Planejamento enviaram documento afirmando que as negociações seriam retomadas caso os funcionários voltassem a trabalhar.
A greve chegou a ser interrompida por um curto prazo de tempo com a promessa de negociações, mas como elas não foram retomadas, os funcionários paralisaram novamente. No dia 11 de agosto, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou que 50% dos servidores voltassem ao trabalho.
De acordo com João Pires, coordenador-geral do sindicato dos servidores (Sint-ifesgo), o déficit na UFG hoje é de aproximadamente 900 profissionais. Ele afirma que concursos não são realizados na mesma proporção que o necessário. “O número de aposentados e demitidos supera o de contratados. Além disso, nosso salário está entre os piores se comparados aos demais servidores públicos federais”, afirma.
Biblioteca e HC
A biblioteca da UFG não está realizando empréstimos de livros e está fechada para quem desejar realizar consultas. As atividades no local se resumem a receber livros que já haviam sido emprestados e emitir certificados e certidões, principalmente para alunos que estão em fase de colação de grau.
De acordo com João Pires, 180 leitos do Hospital das Clínicas (HC) estão fechados por falta de técnicos. No entanto, ele afirma que os serviços estão em funcionamento normal para evitar prejuízos à sociedade. “No HC, realizamos ações pontuais como atrasar a abertura do portão ou  paralisações apenas no período da manhã. A idéia é manifestar sem trazer grandes danos.”
IFG
Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFG) do Campus de Goiânia cruzaram os braços no último dia 15 de agosto. Unidades de Anápolis, Formosa, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, e Uruaçu também aderiram ao movimento. Além do IFG, campus do Instituto Federal Goiano também estão paralisados. Entre eles, Rio Verde, Ceres e Urutaí.
As reivindicações no caso do IFG, no entanto, vão além de reajustes salariais. Os servidores reivindicam redução da carga horária para 30 horas semanais. Além disso, afirmam que é urgente reestruturar planos de carreira e realizar concursos públicos, diante do grande número de professores substitutos no quadro docente. Reivindicações pontuadas no site do sindicato.
Na última sexta-feira (2/9) a Reitoria do IFG reuniu-se com os membros do comando para estabelecer a garantia de realização dos serviços considerados essenciais.
Entre as atividades suspensas, novas adesões à assistência estudantil, realização dos eventos de abrangência institucional, realização de seminários de iniciação científica e abertura de processos seletivos, entre outros.
Na unidade de Goiânia, estão em funcionamento apenas serviços considerados essenciais, como portaria, reitoria e atendimento telefônico, para respeitar a permanência das atividades de pelo menos 30% do quantitativo de trabalhadores, conforme estabelece a Constituição.
Fonte: www.aredacão.com.br

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