domingo, 18 de setembro de 2011

Continua a greve dos professores da Unir

Quem chegar desavisado ao campus da Universidade Federal de Rondônia não vai imaginar tratar-se de um campus universitário, tal qual a quantidade de lixo acumulado, aparência de abandono, com mato crescendo para todos os lados. È para melhorar esse clima caótico que professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) deflagraram greve por tempo indeterminado. A paralisação foi deliberada na assembleia geral e tem como principal reivindicação melhorias estruturais no campus da universidade e a contratação de mais professores, segundo informou a liderança grevista.
Carta aberta à população
Em carta aberta à sociedade, o comando de greve justifica o ato listando os problemas enfrentados por acadêmicos, professores e demais profissionais que atuam no campus. “As condições existentes são tão precárias que somos (professores e estudantes) obrigados a trazer água e papel higiênico de casa e a usar, para fins institucionais, nossos próprios meios de comunicação. Não há salas de trabalhos para docentes nem espaço para convivência ou mesmo acervo bibliográfico suficiente para a demanda atual”, explicam os líderes grevistas. Na quinta os grevistas se reuniram para discutir e elaborar uma agenda comum que, dentre as atividades, prevê ato público em frente a reitoria da Unir (na Unir-Centro). “Vamos exigir do reitor que cumpra as reivindicações apresentadas”. O ato ocorreu nesta sexta-feira (16), a partir das 09:00 com a presença maciça de professores e alunos que utilizaram carros de som para reclamar da reitoria.
Como o campus da Unir, em Porto Velho, fica a 09,5 km do perímetro urbano, próximo ao lixão municipal, os professores reclamam do forte odor de lixo e da fumaça “tóxica” que invade o ambiente acadêmico quando há incineração de resíduos no lixão. “Essa fumaça, além de doenças respiratórias podem acarretar problemas na visão. Somando-se a esse problema, há o lixo acumulado na própria instituição. E mais, a endemia de malária e dengue, sem que haja serviço de pronto atendimento de saúde à comunidade universitária”. As salas de aula também apresentam problemas. “Faltam, em algumas, refrigeração, iluminação e acústica, além da ausência de manutenção básica”. A falta de docentes e técnicos para suprir os cursos oferecidos acentua a crise enfrentada pela Unir. “Por isso exigimos da Reitoria, do Ministério da Educação, do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, das bancadas parlamentares federal e estadual e dos governos estadual e municipal o imediato atendimento às reivindicações. A paralisação é por tempo indeterminado”. Ainda na tarde da quarta-feira, o Comando de Greve elaborou e distribuiu carta aberta à população, ao reitor da Unir e aos professores, ao Sindicato Nacional dos Professores das universidades Federais, à classe estudantil e elaboraram a agenda do movimento.
Fonte: Alto Madeira

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