sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Avaliação de conjuntura do fim da greve na UFAL

Ontem (29/09), após mais de 115 dias de greve, nós TAE da UFAL reunidos em assembleia deliberamos pela saída da greve para o dia 07/10/2011. Durante a assembleia tivemos varias falas de avaliação, aqueles que no mínimo, promoveram momentos de muita diversão, sim, pois, foram lá para atender ao propósito de seus tutores. Estes compareceram exclusivamente para dizer que já era a hora de acabarmos com a greve. Imagine só esses que nunca compareceram efetivamente na greve, muito menos participar do nosso acampamento. Pois bem, essas pessoas queriam porque queriam acabar a greve imediatamente. A categoria sabiamente soube dizer não, e mantiveram a greve até a próxima semana construindo assim a saída após o dia nacional de luta dos HU’s. Pasmem vocês teve pessoas do HU, querendo ensinar a mesa que conduziu os trabalhos, a ser responsável com a categoria, inclusive chegando a insinuar que “alguns” integrantes do CLG eram irresponsáveis ao querer manter uma greve esvaziada, e que havia ali a prática de enganação e enrolação da categoria.
Houve uma tentativa de se querer acabar com uma greve que de a muito foi recheada de vários golpes, pois desde o início que a Fasubra marchou dividida, havia os que defendiam a greve como instrumento de luta da classe trabalhadora e os que apostavam na enrolação. E nós hoje podemos dizer que ninguém ganhou nem governo nem os trabalhadores. Agora os “pelegos” de plantão, esses continuam no nosso meio e estão ganhando, senão vejamos no hospital universitário, por exemplo: A situação dos plantões pagos, que na sua maioria estão sendo executados por servidores em desvio de função, nos obrigando a ir, nos próximos dias, até ao MPF/AL e denunciar a prática promovida pela direção do HUPAA, como também, a mais completa falta de critérios para se justificar o desvio de função fragoroso dentro daquela instituição? Como explicar que um servidor no cargo de auxiliar de enfermagem exerça a função de servidor do nível superior? Isso é exploração, é assédio moral. E a questão do ponto eletrônico que estará sendo implantado apenas para alguns cargos?
Diante disso tudo, estamos deixando claro para a categoria que os novos tempos que virão, serão tempos de muita demanda jurídica, pois a nossa entidade vai assumir o seu papel de cobrar e denunciar os desmandos desses que se dizem gestores. Já começamos a fazer isso, foram protocolados hoje (30), na 19ª procuradoria do trabalho dois processos, um contra o diretor do ICAT e o outro contra o diretor do Campus Arapiraca por práticas Anti-Greve promovida ao longo de nossa luta paredista.
O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas, pelo qual sou coordenador, não folgará diante da ingerência exercida pela administração e vai cobrar a responsabilidade civil dos atos praticado por essas autarquias (diretores) em praticar atos ilegais no âmbito da universidade.
Moysés Ferreira

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