domingo, 9 de outubro de 2011

O Blog da Greve encerra, temporariamente, suas atividades

A greve terminou e o blog da greve encerra as suas atividades. Agradeço aos que de forma carinhosa e respeitosa colaboraram para que esse projeto se tornasse uma ferramenta fundamental de comunicação da categoria.
Estamos com um novo projeto. Nesse novo espaço manteremos a mesma plataforma de trabalho do GREVE UFAL. Porém com um conteúdo mais amplo para promover a política de formação de opinião dos que se ligam na net.
O Blog da Greve continuará existindo, mas sem receber atualizações e, só voltará a ser atualizado quando houver uma nova greve das universidades, enquanto isso, a bola da vez agora, se chama UFALSINDICAL que será acessado no seguinte endereço: www.ufalsindical.com
Espero contar com todos os participantes do Blog da Greve nesse novo projeto. Aguardo vocês.
Roberto Marinho 

sábado, 8 de outubro de 2011

UFAL - a greve terminou

Risonilda Costa avalia a greve como positiva
Durante o período em que estivemos greve, pude perceber que a categoria é aguerrida e tem folego para fazer o trabalho, mesmo diante das dificuldades que temos dentro da nossa universidade.
Sinto-me orgulhosa de fazer parte de um grupo de pessoas que pensa diferente e age diferente. Fomos atacados de todas as formas e de todos os lados durante a greve, pelos que eram contrário ao movimento grevista. Tentaram, de forma caluniosa, desqualificar a competência dos que queria fazer a greve, mas resistimos e estamos aqui firmes e fortes para continuar nossa jornada de lutas, com o compromisso com a ética e acima de tudo, com a verdade e a transparência.
Agradeço a todos por terem acreditado na luta, por terem visto nela, o único caminho para chegarmos ao nosso objetivo. Infelizmente não tivemos êxito perante este governo, mas tivemos um movimento forte, coeso e verdadeiro. É lamentável que alguns desertores que estiveram todo tempo engajados na luta, agora no final, estranhamente, se levantaram contra, questionando as estratégias, e até mesmo, a conduta adota pelo Comando Local de Greve. Porém a categoria, de forma avassaladora, respondeu com muita convicção, de que lado estavam e optaram em ficar do lado verdade, do lado dos que acreditaram até o fim.
A greve acaba, mas a luta vai continuar porque temos muito o que fazer. É preciso que todos, efetivamente participem das assembleias convocadas pelo Sindicato, pois essa é uma das formas de saber quais as políticas que estão sendo desenvolvida para o crescimento intelectual e social dos filiados e, como e em que está sendo aplicado o dinheiro da categoria.
Enfim, continuaremos defendendo a moralização do sindicato e acreditando que ainda é possível trabalhar de forma séria, para que o sindicato possa, de uma vez por toda, trabalhar para defender cada filiado de todo tipo de perseguição e não se calar diante das investidas arbitrárias da gestão para com o servidor.
“O verdadeiro sindicalista não teme a nada nem a ninguém simplesmente luta”. (Risonilda Costa)

A greve na UFAL terminou

Em greve há 120 dias, os servidores da Universidade Federal de Alagoas - UFAL voltam ao trabalho na segunda-feira (10), conforme decisão da categoria, na histórica assembleia do dia 5 de outubro.
Na sexta-feira (7), em mais uma assembleia e última da greve, os servidores técnico-administrativos, fizeram um balanço do movimento grevista das universidades federais de todo país, como também, a mobilização local. Todos foram unânimes em afirmar que, apesar do fracasso na pauta nacional, a pauta apresentada em reunião com a reitora, houve um avanço considerável que se traduz em conquista.
Nos discursos que foram proferidos, alguns tentaram apresentar argumentos para o desfecho negativo da greve da Fasubra, colocando que a divisão de forças políticas dentro da federação foi a grande responsável pela desastrada investida do movimento paredista. Outros protestaram contra o posicionamento de alguns dirigentes do Sintufal contrários a greve, lembrando que o ano que vem terá eleição e a categoria não pode esquecer quem de fato são os que representam os trabalhadores. “Essa greve serviu para que pudéssemos mapear os que estão do lado do servidor e os que não estão. Não precisamos citar nomes porque todos nós já sabemos em quem votar nas próximas eleições”. Disse o servidor do HU, Roberto Marinho.
Durante a assembleia foi questionada a indicação da enfermeira Lindinalva Freitas, Diretora de Enfermagem do Hospital Universitária para ser homenageada com a medalha dos 50 anos da UFAL. Os servidores do HU que estavam presentes no pleno ficaram indignados com a indicação por entender que a indicada não tem uma boa aceitação dentro do corpo de enfermagem, pois trata os seus subordinados sem ética e com parcialidade. A servidora Nadir -auxiliar de enfermagem da UCI Neonatal, citou o nome de Ana Maria, enfermeira da UTI Geral. “Não conheço no HU uma pessoa mais digna de ser homenageada. Ela é uma pessoa que trata a todos com respeito”. Disse a servidora que foi aplaudida por todos.
O Sintufal, também deveria apresentar a sua indicação para ser homenageado, e de forma democrática o nome foi escolhido em assembleia. O servidor Romulo Rogério, apresentou o nome do ex-presidente do sindicato nos anos 90 e já falecido, Valdemir Vieira, que logo foi defendido por Evilázio que lembrou da trajetória do dirigente na vida sindical. “Ele marcou a historia como um dos fundadores e presidente do Sintufal, mesmo não estando no nosso meio, ele é merecedor do nosso reconhecimento”. Disse o servidor. Dois nomes foram apresentados, mas no final, por unanimidade, foi escolhido o do ex-presidente.
No final da assembleia foi apresentado um vídeo com as fotos de algumas atividades da greve. Foi um momento de grande emoção que arrancou lágrimas e aplausos dos presente. A greve acabou!
 “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...” (Lulu Santos).

 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Setor público faz terceirização falsa, afirma Ipea

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), professor Márcio Pochmann, afirmou que os gestores do Estado, em todas as esferas, praticam a chamada “terceirização falsa” ao substituir postos de trabalho ocupados por servidores efetivos (especialmente em áreas como administração, vigilância, asseio e conservação, alimentação, e transporte), por empregados terceirizados sem garantia da estabilidade. Ele foi um dos participantes da primeira audiência pública promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho, que teve seu início na manhã de terça-feira (4) e terminou ontem (5).
No setor público, dados indicam que o custo da subcontratação de um trabalhador é no mínimo três vezes maior do que o da contratação direta e, em alguns casos, até dez vezes, observou o professor. Já no setor privado, as características negativas do processo são a competitividade espúria, as atividades simples exercidas em função da baixa escolaridade e qualificação profissional e, por fim, a terceirização falsa para os trabalhadores sem condições de contribuir por 12 meses, num ano, para a Previdência Social.
O professor Márcio Pochmann ainda equiparou a terceirização de mão de obra a uma “quase reforma trabalhista” por possibilitar uma alteração significativa na forma de funcionamento do mercado de trabalho brasileiro. Segundo Pochmann, essa discussão nos anos 90 seria quase impossível ante o predomínio do pensamento único que pregou “falsas verdades” — que o Brasil não criaria mais empregos assalariados, que o futuro seria somente do empreendedorismo, que a CLT era arcaica, e que a indústria não geraria mais postos de trabalho.
De acordo com dados do Ipea, entre os trabalhadores terceirizados demitidos, somente um terço consegue reempregar-se novamente num período de 12 meses, ou seja, dois terços deles levam mais de um ano para conseguir um posto de trabalho novamente. Isso dificulta a contribuição para a Previdência Social, pois eles dificilmente terão condições de se aposentar em 35 anos de trabalho, por não terem 35 anos de contribuição. “Tornar a terceirização regulada, civilizadamente, ajuda a fortalecer a subcontratação sadia, simultânea ao método de extirpar as ervas daninhas”, defendeu. “Essa é a expectativa de todos que acreditam que o Brasil inova e se moderniza toda vez que a justiça se faz presente. Não se espera algo diferente da Justiça do Trabalho do Brasil”, concluiu Márcio Pochmann
Fonte: Consultor Jurídico

A greve dos Correios continua, proposta foi rejeitada

Até perto das 19h desta quarta-feira (5), 24 sindicatos haviam rejeitado a proposta, após realização de assembleias, segundo José Gonçalves de Almeida, diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).
São eles: Acre, Amazonas, Bahia, Campinas (SP), Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Santa Maria (RS), Santos (SP), São José do Rio Preto (SP), São Paulo, Sergipe, Uberaba (MG) e Vale do Paraíba (SP).
Proposta
Na véspera, a Fentect aceitou o acordo que foi levado para votação em assembleias nesta quarta. O documento precisaria ter o apoio de pelo menos 18 dos 35 sindicatos vinculados à entidade para passar a valer e, caso fosse aprovado, os funcionários retornariam ao trabalho já na quinta-feira.
A proposta encaminhada e rejeitada nas assembleias previa reposição da inflação de 6,87% retroativo a agosto e um aumento linear de R$ 80 a partir de outubro. Dos 21 dias da greve, 15 seriam compensados em finais de semanas e 6 seriam descontados a partir de janeiro de 2012, sendo meio dia por mês, num total de 12 parcelas.
Nas reivindicações da categoria, que tem data-base em agosto, os trabalhadores pedem aumento salarial linear de R$ 200, reposição da inflação em 7,16% e piso salarial de R$ 1.635.
De acordo com Almeida, da Fentect, os principais entraves para o acordo são o desconto dos dias parados e o índice de reajuste oferecido. “Queremos que todo reajuste seja na nossa data-base, que é em agosto. Não queremos receber aumento à prestação. Estamos há quase dois anos sem reajustes, aí oferecem R$ 80, que é um valor irrisório, para pagar em outubro”, defende o diretor. “É impressionante que a melhor empresa deste país paga o pior salário.”
O piso da categoria, atualmente é R$ 807. Outra reivindicação dos trabalhadores é a reposição das perdas salariais acumuladas entre 1994 e 2010, que dariam, segundo a Fentect, 24,72%. “A gente quer este valor pago conforme o crescimento da empresa”, diz.
Posição dos Correios
Em nota, os Correios informa que a direção “empreendeu todos os esforços possíveis para que os empregados voltassem ao trabalho depois de acordo direto, fechado com as entidades sindicais”.
A empresa diz que “mantém as portas abertas para o diálogo e segue defendendo que o retorno à normalidade ocorra da forma mais rápida possível”.
Segundo os Correios, a adesão à paralisação caiu para 23 mil trabalhadores. “Isso significa que 80% do efetivo dos Correios segue trabalhando normalmente, garantindo a maioria dos serviços, com entrega de 2/3 da carga diária.”
Até a terça-feira, cerca de 136 milhões de correspondências estavam atrasadas no país, segundo os Correios.
Fonte: Enfoco Notícia

Servidores demitidos no governo Collor poderão ser readmitidos

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou hoje (05) a reabertura de prazo para apresentação de pedido de anistia por parte dos servidores demitidos ou exonerados entre 1990 e 1992, durante a reforma administrativa realizada no então governo de Fernando Collor. A matéria segue agora para o Plenário da Casa com pedido de urgência, aprovado também pela comissão.
Durante a reunião, representantes dos servidores que aguardam por esta decisão para buscarem a reintegração aos quadros do Executivo federal vibraram a cada pronunciamento a favor do projeto. Ao final, o presidente da comissão, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), teve que interromper sua fala devido à algazarra feita pelos defensores do projeto, que bateram palmas fervorosamente.
Na semana passada, as emendas não foram votadas por um pedido de vista solicitado pelo senador José Pimentel (PT-CE) e outros senadores porque o governo pedira um levantamento do número de pessoas que poderão se beneficiar da decisão. Para Pimentel, a Lei 8.878/1994 já havia aberto a possibilidade de anistia aos demitidos e, desde então, foram reintegrados diversos servidores em ministérios, fundações, autarquias e empresas públicas. As emendas em discussão reabrirão o prazo para aqueles que ainda não conseguiram dar entrada aos seus pedidos. De acordo com o autor do parecer, senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), são cerca de 20 mil pessoas a serem beneficiadas.
O projeto enviado pela Câmara sugere que se reduza de 365 dias para 180 o prazo para novos pedidos de anistia por parte dos servidores demitidos ou exonerados no governo Collor e estabelece que este período comece a valer a partir de sessenta dias após o início da vigência da lei. De acordo com o parecer aprovado, esses prazos são adequados e permitirão maior agilidade à conclusão dos processos de anistia, sem excluir período suficiente para que todos os interessados tomem conhecimento da possibilidade aberta e possam preparar os seus pedidos.
A emenda nº 2 propõe que as normas da anistia valham também para aqueles que se dispuseram a desempenhar suas funções no processo de liquidação ou dissolução das empresas extintas.
Fonte: Congresso em Foco

Brasília - servidores em greve gritam 'fora, Dilma' perto do Planalto

Na terça-feira (4), cerca de 400 servidores (docentes, técnico-administrativos em educação) dos institutos federais de educação bloquearam a avenida em frente ao Palácio do Planalto. Por causa do protesto o trânsito no local foi interrompido, só sendo liberado por volta das 18 horas. A categoria em greve a há mais de dois meses, reivindica reajuste salarial de 14,67%.
Após duas horas de protesto e gritos de "fora, Dilma", eles deixaram o local depois de serem recebidos por assessores da Secretaria-Geral da Presidência. Prometeram, porém, voltar se não forem recebidos pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) ou pela presidente Dilma Rousseff.
O Instituto Federal de Brasília (IFB) foi criado em 2008 e tem escolas em Brasília, Gama, Planaltina, Samambaia, Taguatinga norte e Taguatinga Centro. A paralisação do IFB faz parte da greve nacional do institutos federais (que são as antigas Escolas Técnicas e Agrotécnicas Federais) e dos Centros Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Cefets).
Fonte: Folha de São Paulo

Servidores técnico-administrativos da UFAL em greve há 115 dias fizeram uma manifestação em defesa do HU

Nesta quarta-feira (05), os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Alagoas, em greve há 115 dias, realizaram um ato no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes – HUPAA contra a privatização dos hospitais universitários de todo país. A manifestação fez parte do Dia Nacional de Luta contra a EBSERH-PLC 79/2011 que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
Dentre os dirigentes e servidores que se reversavam nos discursos, alguns usuários, também fizeram uso da palavra para protestar contra a demora marcação de consulta, em alguns casos chegando até 3 meses de espera para ser atendido por especialista.
O Prof. Luiz, também conhecido como Luizinho da CUT, denunciou o desvio das verbas do SUS nas diversas prefeituras de todo país. “As verbas do Sistema Único de Saúde são desviadas para outras finalidades, com isso coloca a população alagoana a correr para os grandes centros para mendigar uma ficha para ser atendido nos principais hospitais públicos das capitais”. Disse o dirigente da CUT.
O PLC 79/11, que cria a Ebserh, tramita no Senado Federal depois de ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados no mês de setembro. Como o projeto tramita em regime de urgência, ele deve ser votado até o mês de novembro. A principal alegação contra o projeto, que no início do ano era identificado como MP 520, é de que ele rompe o preceito constitucional da autonomia universitária, possibilitando a parceria dos hospitais universitários com entes privados, o que significará o fim do atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que atualmente é garantido pela legislação.