segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Federais não têm nova contraproposta para apresentar ao governo e a negociação entra na berlinda do fracasso

Em reunião realizada no último domingo (30/8) do Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Federais (FNESPF), onde foi rediscutido o posicionamento do governo em manter o índice de reajuste em 21,3%, mais uma vez os sindicalistas rejeitaram a proposta.
Em Nota Pública a sociedade, o FNESPF alega que o reajuste proposto ao conjunto dos trabalhadores federais do Executivo é insuficiente, pois não leva em consideração as perdas acumuladas no decorrer dos últimos quatro anos.
O Fórum ainda apontou a intransigência do governo como forma de deslegitimar o direito dos servidores paralisarem suas atividades aderindo o movimento paredista da categoria, quando ordenou o corte de ponto dos colegas do INSS, pois a greve é o último instrumento de pressão que os trabalhadores se utilizam, quando as reivindicações não avançam na mesa negocial.  
Segundo informações de bastidores, apesar da rejeição da proposta do governo ter sido ratificada pelo FNESPF, o debate foi caloroso, pois alguns sindicalistas viam a possibilidade de fechar acordo com o governo para não prejudicar a categoria mais do que já estar e defenderam a aceitação da proposta como única alternativa de não ficar sem nada para os próximos anos.
Diante do impasse causado pela manutenção do índice de 21,3% de reajuste ao funcionalismo, que levou a categoria a deflagrar greve, o governo continua irredutível e não aceita discutir outro índice, essa posição unilateral do Planalto e tem deixado às representações dos servidores federais desnorteadas, pois consideram a postura do governo, antidemocrática.
Em uma análise final do texto documento do FNESPF, não é vislumbrado nenhuma possibilidade para que seja fechado acordo entre servidores e governo, pois não resta mais nada para se apresentar como contraproposta, ou seja, o Fórum, indiretamente aceitou o fracasso da campanha salarial deste ano, porém ainda tem esperança que o governo, até o dia 11/9 reveja sua proposta.
A greve continua, mas não com o mesmo entusiasmo de 100 dias atrás, pois muitos servidores já abandonaram as trincheiras e aos poucos estão retornando ao trabalho, dando sinais de que é hora de bater em retirada para evitar um estrago ainda maior no movimento paredista.

Fonte: Ufalsindical 

Governo Federal apresenta hoje a LOA e federais terão até terça-feira (11/9) para decidir se aceitam ou não o reajuste

Esta segunda-feira (31/8) é o último dia para o governo apresentar ao Congresso a proposta orçamentaria para 2016, o texto apresenta déficit em relação aos outros anos, isso significa que o próximo ano poderá ser mais difícil do que o atual.
No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) a estimativa não é das melhores, pois o governo contava com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), onde iria arrecadar cerca de R$ 85 bilhões para serem utilizados inicialmente na saúde e previdência, mas a recriação do imposto, preventivamente foi descartada por causa da repercussão negativa no meio político e na sociedade.
Os servidores públicos federais do Executivo e Judiciário, que estão com suas atividades paralisadas por terem deflagrado greve, estão incluídos na PLOA mesmo sem terem aceitado o índice de 5,5% proposto como parcela a ser pago no próximo ano, pois essa proposta contraria os 27,3%, apresentada pela categoria. Mesmo diante da pressão, o Planalto manteve seu índice, forçando a categoria a buscar ou alternativa a sua proposta alternativa.
O Fórum Nacional das Entidades do Serviço Público Federal (FNESPF), depois de consultar suas 23 entidades associadas decidiu apresentar uma contraproposta reduzindo o índice de 27,3%, apresentado inicialmente, para 19,7% com a possibilidade de ser divido em duas parcelas de 9,4% anual. O novo posicionamento do FNESPF, defendido pelo pessoal da Central Sindical Popular (CSP-Conlutas), causou polêmica entre os SPFs, pois algumas da entidades que compõem o Fórum nem quiseram discutir nos seus coletivos o que eles chamaram de proposta rebaixada.
No Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), a nova proposta foi rechaçada e por maioria absoluta o tema não foi posto para debate no pleno, apesar da defesa dos militantes do coletivo BASE (CSP-Conlutas). Os fasubrianos se negaram a discutir o índice rebaixado por entender que a proposta inicial (27,3%) apresentada pelas categorias era a ideal. Em outras entidades teve o mesmo embate, mesmo assim o FNESPF protocolou a contraproposta no MPOG, que como a primeira teve o mesmo tratamento, o governo manteve sua proposta sem discutir também o novo índice.
Agora a categoria está diante de um grande dilema, mantém a rejeição ao reajuste do governo ou sai da greve projetando voltar no próximo ano para mais uma campanha salarial e mais paralisações para pressinar o governo haverá. Vele salientar que a FASUBRA, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) e a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) já rejeitaram por maioria esmagadora, o reajuste apresentado pelo governo e rediscutir o tema não teria fundamento, o caminho agora é tentar manter o reajuste nos benefícios.
Segundo o Sérgio Mendonça, titular da Secretária de Relações de Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a categoria terá até sexta-feira (11/9) para decidir se aceitam ou não a proposta de reajuste.
Daqui pra lá acreditasse que nada irá mudar em relação a posição já tomada pela categoria.
Fonte: Ufalsindical

FASUBRA - Reunião na SESu não avança e MPOG afirma que governo não negocia outro índice além do que já está posto

Na tarde última quinta-feira (27), após um ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que obrigou o titular da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), Sérgio Mendonça, a receber uma comissão fasubriana para tratar do índice de reajuste da categoria, o Comando Nacional de Greve (CNG) teve uma reunião no Ministério da Educação (MEC) para ajustar detalhes da portaria que trata sobre a flexibilização da jornada de trabalho, tema que passou a ser o mote da campanha salarial 2015 da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA).
Além da representação da Secretaria de Ensino Superior (SESu), o MPOG também esteve presente ao encontro. O debate em torno dos temas propostos na reunião foi intenso, pois os comandantes do CNG, inflamados pela resposta da SRT de que o governo não mudaria a proposta inicial de reajuste, optaram em avançar na pauta especifica a fim de amenizar o impacto da derrota já prevista, pois segundo a representação do governo, não será acrescido nada além do que já está posto para a categoria, porém o STEP poderá ter um acréscimo simbólico de 0,1%, mas não tem nada fechado nesse sentido.
A grande dúvida que pairava sobre todos, logo foi sanada através das palavras do representante do MPOG, os fasubrianos questionaram o governista se a proposta do governo condicionava a categoria a negociar os reajustes dos benefícios? A resposta agradou aos fasubrianos, ele afirmou que os reajustes dos benefícios, independe da categoria assinar o não o acordo de greve. Ainda foi dito que os benefícios são iguais para todos os servidores do Executivo, sem distinção.
O CNG insistiu no tema do reajuste e solicitou que o MPOG enviasse a proposta a Federação para que fosse debatido nas suas bases, o representante do governo informou que será enviado um ofício ratificando o índice de reajuste de 21,3% fracionados em 4 parcelas, caso a FASUBRA queira apresentar contraproposta, será muito difícil mudar a posição do Planalto, mas é um direito que assiste a toda entidade sindical, questionar, aceitar ou rejeitar a proposta, esse último a Federação já o fez.
Quanto às 30 horas, a menuta da portaria que trata do assunto, apesar de haver entendimento sobre a sua redação, ela precisará passar pelo aval do setor de normas para dar o formato legal para sua publicação, mas segundo a Dulce Maria Tristão, a SESu está de acordo com atual redação do texto, mas é necessário que ela seja submetido a uma análise técnica do setor responsável para que sua publicação seja garantida.
Na verdade, apesar de todo esforço do CNG para que seja publicada a portaria, ainda não há uma data definida para sua publicação, uma nova reunião será agendada para a próxima semana e foi cobrado que ela ocorra, no mais tardar, na quinta-feira (3/9) e que a SESu deve enviar cópia do formato definitivo do texto da portaria com antecedência, para na sexta-feira (4/9) passar pela avaliação do Comando.
Há um racha dentro da FASUBRA causada pela proposta de reajuste do governo, muitos comandantes fasubrianos defendem que as bases revejam suas posições em relação a rejeição e aceitem o índice de 21,3%, pois acreditam que pior será ficar sem nada, pois os próximos anos será difícil mobilizar novamente a categoria para conseguir um reajuste baseado nos 27,3% defendido inicialmente, porém tem um grupo contrário aos que defendem a manutenção da rejeição e defendem que a categoria mantenha a rejeição e volte o ano que vem para um novo embate com o governo.
Em meio a essa briga sem fim, quem vai decidir sobre esse impasse será as assembleias de cada sindicato filiado a Federação, que dependendo do resultado dessa rodada de assembleias que acontecerá possivelmente ainda essa ou a outra semana, será dada a resposta definitiva ao governo. Uma coisa é certa, o governo não aceitou negociar os 27,3%, 19,7% nem reduzir o prazo de 4 para 2 anos mantendo os índices sua proposta, ou seja, a categoria só tem uma opção, pegar ou largar o reajuste imposto.

Fonte: Ufalsindical

Professores protestam em frente ao MEC contra falta de investimento no ensino do país

Professores protestam em frente ao MEC contra falta de investimento no ensino do país
Professores e funcionários técnico-administrativos das instituições federais em greve participam de uma protesto em frente à sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, nesta sexta-feira (28). O ato marca os três meses de duração da paralisação dos docentes de universidades e institutos federais, que começou em 28 de maio. Entre outras reivindicações, eles exigem valorização salarial e melhores condições de trabalho.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a greve afeta a rotina de 40 unidades de ensino do país - três instituições e 37 universidades federais. Algumas sequer iniciaram o ano letivo devido à falta de verba e estrutura, afirma o sindicato.
Em nota, o MEC informou que os manifestantes foram recebidos pela equipe da Secretaria de Educação Superior.Uma nova reunião foi agendada para a próxima semana (veja abaixo íntegra do posicionamento do MEC).
Pelo Facebook, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou, no início da tarde desta sexta, que "o MEC negocia desde o início da greve" com os sindicatos. "Negociamos e aceitamos o que consideramos justo e viável", afirmou ele. "Os secretários continuam recebendo [os professores e funcionários grevistas], sempre sob minha orientação e direção."
O Andes também utilizou a rede social para informar que uma comissão formada por dois representantes do sindicato e dois estudantes foi recebida pela secretária de Ensino Superior do Mec, Dulce Tristão, e outros membros do ministério. Uma nova reunião foi agendada para a quinta-feira (3) na tentativa de resolver o impasse.
Professores levaram inflável para ironizar 
posturado ministro Janine
Manifestação
Nesta sexta, cerca de 500 professores participavam da manifestação em frente ao MEC, de acordo com representantes da categoria. Estudantes também estavam presentes e faziam coro ao protesto.
Após a reunião com representantes do MEC, os manifestantes devem deixar a sede do ministério e caminha até a tenda montada em frente à Catedral de Brasília.
Reivindicações
Professores e alunos são contra cortes feitos pelo governo federal no orçamento da educação. Segundo o Andes, as instituições sofrem com a redução no número de bolsas, paralisação de obras, cortes na pós-graduação, suspensão de programas e novos projetos e até com a demissão de trabalhadores terceirizados.
"Várias instituições não têm recursos para o pagamento de despesas básicas essenciais como energia elétrica e materiais de limpeza e higiene", afirmou o sindicato por meio de nota divulgada nesta sexta-feira. Os docentes também pedem reajuste salarial, reestruturação da carreira e a garantia da autonomia e do caráter público das universidades.
Além dos professores, trabalhadores técnico-administrativos de 68 instituições públicas de ensino superior também cruzaram os braços em reivindicação a maiores investimentos na área da educação, segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
Negociações
De acordo com o sindicato dos professores, o diálogo com o MEC para a resolução do impasse pouco evoluiu desde o início da paralisação há três meses. Representantes da categoria afirmam que até o momento não conseguiram se reunir com o ministro da Educação, Renato Janine Riberito, apesar de "inúmeras solicitações".
O MEC condenou a postura do Andes no anúncio da paralisação. "Desde o início já informaram ter data marcada para a greve", disse o ministério em nota à época. "Isto não é diálogo. O diálogo supõe a vontade de ambas as partes de conversar, só recorrendo à greve em último caso", completou.
A pauta dos servidores inclui reajuste salarial de 27,3% e data-base. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão propôs reajuste de 21,3%, a ser pago em quatro anos. A proposta foi considerada insuficiente pela maioria das entidades de servidores federais e acabou rejeitada. O MEC ressalta que os docentes tiveram aumento salarial no começo do ano.
Posicionamento do MEC
Veja abaixo íntegra do posicionamento do ministério sobre a greve:
MEC procura solução para greve e mantém diálogo com entidades
“A greve dos servidores federais, iniciada em maio de 2015, preocupa muito o Ministério da Educação, principalmente por conta dos alunos que estão sem aulas. Além disso, o cronograma das instituições fica prejudicado durante o processo e acarreta consequências no planejamento acadêmico.
O MEC sempre se colocou à disposição para dialogar com as entidades e instituições federais. A primeira reunião sobre o assunto, com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), aconteceu em julho de 2014. De fevereiro de 2014 a agosto de 2015, representantes do ministério se reuniram com a entidade 23 vezes para tratar da agenda de reivindicações. A última reunião aconteceu em 21 de agosto de 2015, para dialogar sobre jornada de trabalho.
Além da Fasubra, o MEC também recebeu o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) em quatro ocasiões de 2015, de março a julho, além de ter dialogado com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) em oito reuniões no mesmo ano, de janeiro a julho.
É importante para o MEC que as entidades sindicais entendam que o diálogo é feito institucionalmente. O Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, desde que assumiu a pasta designou membros de sua equipe para acompanhar diariamente as negociações.
O esforço do governo federal tem sido incansável para garantir o diálogo contínuo e a solução para a greve. O MEC e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão têm trabalhado em conjunto para reestabelecer a atividade acadêmica."
Fonte: G1

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Maioria dos servidores do Executivo rediscute em plenária nacional proposta já rejeitada e reapresentada pelo governo

Representantes de 80% dos servidores do Executivo Federal de todo o Brasil participam nesta sexta-feira, 28, de plenária nacional da Condsef que acontece em Brasília. A entidade que registra paralisações de atividades em 21 estados e no Distrito Federal de uma série de categorias coloca em discussão a proposta reapresentada ontem no final do dia pela Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento (VEJA AQUI). A proposta não trouxe qualquer novidade e manteve o índice de 21,3% dividido em 4 anos, já rejeitado pela maioria absoluta dos servidores. Além de rediscutir a proposta reapresentada, a plenária deve apontar rumos e diretrizes para o processo de mobilizações já em curso.
Entre os itens que também já haviam sido apresentados pela SRT estão: reajuste em benefícios como auxílio-alimentação, assistência à saúde e pré-escolar e mudanças na média dos pontos da gratificação de desempenho para fins de aposentadoria que sofreriam alterações também ao longo de 4 anos. Os servidores já aposentados seriam contemplados com as alterações das regras. E para que sejam encaminhados, todos os itens da pauta devem ser considerados. Ou seja, para garantir um é preciso aceitar o outro.
Nesta quinta, somando esforços na tentativa de tirar o processo de negociações do impasse que se instalou, milhares de servidores participaram de ato em frente ao Planejamento. Representantes da categoria conseguiram reunião com o secretário da SRT, Sérgio Mendonça, e sua equipe. Na reunião as entidades reforçaram a necessidade de atender a pauta unificada do serviço público. Uma reunião com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) ficou agendada para a próxima segunda, 31, às 10 horas. A reunião de hoje teve que acontecer na sede do Dnit, pois em protesto pelo tratamento considerado de descaso, servidores ocuparam as entradas e saídas de acesso ao Planejamento.
Além dos servidores do Judiciário, INSS, professores e técnicos das Universidades, somam forças ao movimento de pressão dos servidores por um fim aos impasses instalados na mesa de negociações servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Incra, Saúde Indígena, Funasa, INPI, Agricultura, Funai, Ibama, Cultura, Instituto Evandro Chagas, administrativos fazendários, da AGU e também da PRF, Sesai, Dnocs, Ipen e outros.
Até agora o governo tem ignorado os apelos que pediam para que fossem consideradas as perdas inflacionárias já acumuladas pelos trabalhadores do setor público. Incluindo a inflação deste ano que já supera os 9% e não está sendo considerada na proposta reapresentada. A Condsef segue defendendo a ampliação da pressão para alterar esse cenário que empurra índice de 21,3% em 4 anos e que não trás qualquer garantia de reposição de perdas já acumuladas pela categoria. Para isso, o processo de paralisação e mobilização em todo o Brasil precisa se intensificar. Sem luta dificilmente serão alcançados os avanços esperados. Historicamente a consolidação de conquistas e manutenção de direitos é feita com muita resistência e não será diferente agora. A pressão deve ser permanente e é fundamental nesse momento.

Fonte: CONDSEF

Marcha dos federais em Brasília se transformou num protesto em frente do MPOG

A marcha dos servidores públicos federais ontem na Esplanada se transformou em um "fechaço" na definição dos manifestantes. Frustrados com a contraproposta do governo às reivindicações da campanha salarial de 2015, que manteve sem alterações o reajuste de 21,3%, em quatro anos, os trabalhadores se organizaram na madrugada de quarta-feira e bloquearam as entradas, inclusive o acesso à garagem, do Ministério do Planejamento, no Bloco C, da Esplanada dos Ministérios. O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, impedido de entrar, recebeu o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (representa 22 entidades), na sede do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Durante o encontro, ficou acertado que, na próxima segunda-feira, prazo final da entrega da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao Congresso Nacional, haverá nova reunião entre o Fórum e o secretário, às 10h. "Cobramos uma resposta da pauta geral, composta de oito itens. Voltaremos a conversar com Mendonça, para tentar um entendimento", destacou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef, que representa 80% do funcionalismo). Em nota, o Ministério do Planejamento confirmou que Mendonça ratificou os termos apresentados em junho, de reajuste de 21,3% em quatro anos, entre 2016 e 2019, já rejeitados pelos servidores em assembleias.
Segundo o Planejamento, o custo estimado dessa despesa é de R$ 32 bilhões até 2019. "Esse é o reajuste possível no momento em que o país atravessa conjuntura de restrição fiscal, e o governo está revisando seus gastos para equilibrar o orçamento. O percentual garante o poder de compra dos servidores federais, que gozam de estabilidade", disse Mendonça. A nota lembrou, também, que, caso o índice não se confirme e venha a superar o percentual estimado, o governo indica a possibilidade de voltar a negociar em 2017 e que Mendonça espera assinar os acordos nos primeiros dias de setembro.
Benefícios
Na nota, o ministério cita, ainda, os reajustes do auxílio-alimentação (de R$ 373 para R$ 458); da assistência à saúde, em que o valor individual médio passa de R$ 117,78 para R$ 145; e do auxílio-creche, de R$ 73,07 para R$ 321.
O item de maior impacto, segundo o documento, "é a alteração na média dos pontos da gratificação de desempenho para fins de aposentadoria", em três parcelas, até 2019. No último dia de agosto, Mendonça se confrontará com os servidores na mesa de negociação em torno do conhecido impasse em torno da pauta.
Além de insistir no índice linear de 27,3%, em 2016, o funcionalismo exige política salarial permanente com correção das distorções e reposição de perdas causadas pela inflação; data-base em 1º de maio; direito de negociação coletiva, com a  regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); paridade salarial entre ativos e aposentados; retirada de projetos no Congresso que prejudicam seus direitos; aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores; e isonomia salarial e dos benefícios entre os Poderes.
Fonte: Correio Braziliense

Federais em greve fazem manifestação em Brasília

Cerca de 300 trabalhadores públicos em greve, segundo a categoria, ocuparam e bloquearam as entradas do prédio do Ministério do Planejamento, em Brasília, para exigir uma nova proposta de reajuste salarial.
Uma das entidades envolvidas no ato, a Fasubra, que reúne sindicatos de técnico-administrativos em instituições públicas de ensino superior, disse que os trabalhadores deixaram o local por volta do meio-dia, quando foram recebidos pelo secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça.
Quem explica é o coordenador geral da Fasubra, Rogério Marzola.
Sonora: “O governo acabou nos recebendo, comunicando que não trabalha mais com o 31 de agosto como prazo limite para o fechamento da negociação, assim como a perspectiva de horizonte até o dia 11 de setembro, e que, mesmo colocando a previsão no momento na Lei Orçamentária do reajuste de apenas 5,5%, segue tendo espaço para poder revisar essa proposta”.
Os técnico-administrativos das instituições públicas de ensino superior estão em greve há quase 100 dias. Para Rogério Marzola, a reunião indica uma abertura nas negociações com o governo, mas ainda não há garantias para os trabalhadores, por isso, ele conta que as mobilizações continuam.
Sonora: “Como não há ainda nenhum acordo, a nossa orientação é de intensificar o movimento grevista, ampliar nas unidades onde pode ser ampliado ainda e, assim, desenvolver mais ações de rua para que de fato o dia 11 de setembro seja uma referência de fechar um acordo de greve”.
Segundo a Fasubra, uma nova reunião com o governo está agendada para a próxima segunda-feira (31).
Em nota, o Ministério do Planejamento informou que está em negociação com os servidores públicos federais, com possibilidade de voltar a abrir um diálogo em 2017. Mas a categoria havia rejeitado a contraproposta apresentada pelo governo porque, segundo os trabalhadores, o índice não repõe as perdas inflacionárias desde 2012 e não cobre a inflação para os próximos anos.
O ministério informou também que as propostas apresentadas valem para todas as categorias de servidores do Executivo.

Fonte: Agência Brasil

MPOG descredenciou 198 entidades, 55 são sindicatos, 14 são da base da FASUBRA, o SINTUFAL está incluído

No último dia 14 de agosto, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) publicou no Diário Oficial da União (DOU), o descredenciamento de 198 entidades consignatárias para operar desconto de consignação em folha de pagamento no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE)muitas destas entidades, 55 são sindicatos que representam trabalhadores, 14 são da base da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) que tiveram seus nomes incluídos na lista do MPOG.
O SIAPE é um sistema on-line, que abrange todo País, é o principal instrumento de gestão de pessoas da União, ele é responsável por operacionalizar mensalmente o pagamento de pelo menos 1,3 milhões de servidores públicos da esfera federal, que atuam em mais de 200 órgãos da administração direta, instituições de ensino, autarquias, fundações e empresas públicas. Não só os servidores da ativa são abrangidos pelo sistema, os aposentados e pensionistas também passam pelo SIAPE.
A consignação que permite o desconto em folha tem como base de fundamentação o Decreto nº 6.386/2008 e Portaria SEGEP nº 52/2014 da Secretaria de Gestão Pública do MPOG. Os servidores filiados às entidades representativas de classe tem seu desconto mensal efetuado através do sistema, com o descredenciamento, será necessário que estas entidades busquem outros meios para receberem os recursos provenientes dos seus associados.
Até o presente momento não se sabe qual a razão que levou o MPOG a adotar essa medida, ela poderá desmantelar as contas das entidades, que são mantidas basicamente pelos seus associados, através do desconto efetuados nos seus salários.
Federações e confederações sindicais têm orientado os sindicatos de suas bases a entrarem com Mandado de Segurança (MS) junto à justiça federal, a fim de suspender os efeitos do ato administrativo, mas nenhuma delas se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Muitas entidades já ingressaram com representação na justiça, alegando que não foram comunicadas sobre qualquer pendência naquele órgão ministerial e que a medida fere o princípio do contraditório e da ampla defesa, pois se houvesse alguma irregularidade junto ao sistema SIAPE, elas deveriam ter sido comunicadas previamente para que fosse apresentado, em tempo hábil, a documentação necessária para que fosse sanado o problema e não simplesmente tomar uma medida antidemocrática, prejudicando entidades e trabalhadores.
Comenta-se nos bastidores que essa medida do MPOG é uma estratégia do governo para enfraquecer a luta dos servidores públicos federais que estão em greve por reajuste salarial, ou seja, é um ato antisindical, mas esse tese é contestada, pois entre as entidades descredenciadas tem algumas que são do setor privado. 
O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (SINTUFAL) está na lista, à entidade representa mais de 2.500 servidores e não tem como pagar funcionários e garantir a manutenção do patrimônio por muito tempo. Segundo informações de bastidores, a direção do Sindicato está correndo contra o tempo para garantir o desconto dos seus filiados, pois tem compromissos a serem saldados e sem os valores correspondentes as mensalidades dos filiados, a entidade poderá sofrer um colapso financeiro.
A greve dos servidores da UFAL que teve início no dia 28 de maior, poderá se tornar nessa reta final, a grande dor de cabeça da direção, pois o movimento paredista deixará de arrecada mais de R$ 150 mil, ainda tem o dinheiro do fundo de greve que vem sendo descontado dos servidores filiados e não filiados, que estejam em greve ou não. O desconto efetuado nos salários da categoria corresponde a 1% do vencimento de cada trabalhador.
Se a medida se estender além do mês setembro poderá haver um desmonte dos serviços oferecidos pelas entidades sindicais, principalmente do SINTUFAL.
Clique AQUI e confira a relação das entidades descredenciadas.
Fonte: Ufalsindical

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

FASUBRA - Sérgio Mendonça afirma que o governo mantém a proposta inicial e que 31 de agosto é o limite, mas que o processo negocial poderá se estender até 11 de setembro

Depois da resposta do governo ao Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEF) mantendo o reajuste apresentado inicialmente de 21,3%, o Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), na madrugada desta quinta-feira (27), bloquearam as entradas de acesso ao prédio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) com o objetivo para pressionar o governo a atender os pleitos da categoria, como também ratificar que o índice de reajuste apresentado a categoria não repõe as perdas inflacionárias.
O titular da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), Sérgio Mendonça, diante da forte mobilização feita pelos grevistas, decidiu receber uma comissão de fasubrianos, mesmo sem ter agendado com eles essa reunião. Na oportunidade foi colocado para o representante do governo que a categoria não está satisfeita com a imposição do reajuste feita sem o debate com o funcionalismo, pois a situação estabelece um rompimento do MPOG com o processo negocial e exigiram que houvesse mais diálogo para se chegar a um acordo, ainda disseram que a manutenção dos 21,3% em 4 anos já foi rejeitada pelos trabalhadores das universidades, porém um outro cenário com um prazo menor seria razoavelmente negociável.
A posição do Mendonça na reunião foi de afirmar que o governo mantém a proposta original, mas que ainda é possível negociar, mesmo fora da data limite, que é 31 de agosto. Segundo o secretário, há um acordo político com o legislativo federal no sentido de que esse prazo poderá se estender até 11 de setembro, tempo suficiente para o debate em torno das propostas apresentadas pelo governo a categoria, mas que o governo já encaminhou os valores referentes ao reajuste do funcionalismo, como também dos benefícios e outros, que o novo prazo é para acrescentar ou retirar do orçamento valores previstos na LDO.  
Os fasubrianos ganharam mais um tempo para tentar manter a greve e acreditam que ela poderá se estender até o dia 15 de setembro, mas vai depender da resistência da base de cada sindicato.
Logo mais às 16 horas, CNG e a direção da Federação se reunirão no Ministério da Educação (MEC) para fechar alguns pontos da proposta sobre a flexibiização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos das universidades. Espera-se que a portaria que normatiza a legislação que trata do tema, seja uma bandeira a ser levantada nessa greve.
Fonte: Ufalsindical

GREVE DOS FEDERAIS - Governo insiste nos 21,3% em 4 anos

Sérgio Mendonça – Secretário da SRT/MPOG 
A expectativa dos servidores públicos federais em torno da campanha salarial 2015 terminou, no final da tarde de ontem, de forma desanimadora. Com dois dias de atraso - a data marcada era 24 de agosto -, o Ministério do Planejamento (MPOG) reenviou a proposta rejeitada pelo conjunto do funcionalismo desde o final de junho: reajuste de 21,3% (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018, e 4,5% em 2019). A reação negativa foi imediata. Mais de 20 categorias paralisadas ou com indicativo de greve prometem dizer não mais uma vez ao Executivo. Já estavam se preparando para a "Marcha a Brasília", na Esplanada, hoje, a partir das 9 horas, em busca de reivindicações históricas. Vão às ruas com mais ímpeto.
"É difícil acreditar. A proposta veio pior do que esperávamos. O percentual de gratificação a ser incorporado à aposentadoria, por exemplo, era para ser de 67%, em 2017. No documento assinado pelo secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, a índice baixou para 60% no ano que vem", reclamou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público (Condsef). O Planejamento confirmou também o reajuste do auxílio-alimentação (R$ 458 mensais); do valor mensal médio da assistência à saúde, de R$ 145; e da assistência pré-escolar, de R$ 320.
Segundo Silva, os servidores temem que a presidente Dilma Rousseff reproduza o comportamento de seu adversário político, Fernando Henrique Cardoso, que nos oito anos de mandato deixou os funcionários públicos sem aumento. "Se o governo pensa que vai nos vencer, está enganado. Não baixaremos a cabeça para amenizar o conflito", ressaltou. Segundo Igor Nóbrega, presidente do Sindicato dos Técnicos do Banco Central (SintBacen), é a primeira vez que o órgão para totalmente."Antes, ou eram os técnicos ou os analistas. Nesse momento, todos cruzamos os braços", informou Nóbrega.
Sem acordo
Para Ana Magni, diretora da Associação dos Servidores do IBGE (Assibge), assumir um acordo unilateral é um alto risco para um o governo com apenas 8% de aprovação. "Se não temos acordo assinado. Não há nada a nos inibir. Vamos para a rua. O Brasil para de vez", destacou. Embora o prazo para a equipe econômica enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso seja 31 de agosto, como a resposta do Planejamento não chegou até terça-feira aos sindicatos, não há mais tempo para analisá-la, repassá-la às bases, discutir e decidir de forma coletiva, explicam sindicalistas.
O advogado Jean Cassel, do escritório Cassel, Ruzzarin, Santos, Rodrigues, admitiu que o governo poderá impor sua vontade, já que a estratégia da equipe econômica é postergar gastos. Se não houver previsão de despesas com pessoal na peça orçamentária e alguma categoria mudar de ideia mais tarde, aceitando o índice de 21,3%, precisará de uma Medida Provisória (MP) específica para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de 2015.  "Às vezes, é preciso correr contra o tempo em busca de um direito que deveria ser respeitado", reforçou Cassel.
Passo a passo
Entenda o que acontecerá se o governo não fechar acordo com o funcionalismo
  • A Constituição (Art. 37) garante revisão geral anual dos salários de servidores públicos. Nem sempre, isso é cumprido.
  • Todo ano, até 31 de agosto, a equipe econômica tem que enviar ao Congresso o projeto de Lei Orçamentária (LOA).
  • Na LOA, o governo deve especificar odos os gastos oficiais, inclusive as despesas com o funcionalismo.
  • O governo propôs reajuste de 21,3%, dividido em quatro anos. Mas a proposta foi rejeitada em massa.
  • Caso governo e servidores não cheguem a um acordo até 31 de agosto, as negociações podem continuar. Mas o aumento de salário terá que ser aprovado em separado.
  • Nas negociações seguinte, o governo pode encaminhar ao Congresso medida provisória (MP) prevendo os reajustes. Se a MP com as novas despesas for aprovada sem alterações, o texto, automaticamente, vira lei.
  • A proposta de Orçamento terá de passar pelo crivo da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Se aprovada, terá que passar pelo Plenário do Congresso (sessão conjunta de deputados e senadores).
Fonte: Correio Braziliense

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Servidores se unem em marcha nesta quinta, 27, para cobrar saída do impasse instalado no processo de negociações com governo

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) que reúne 22 entidades representativas do conjunto de servidores das três esferas se une nesta quinta-feira, 27, em torno de uma marcha a Brasília. O objetivo é cobra do governo uma saída para o impasse instalado no processo de negociações com a categoria. Nesse momento, os servidores federais esperam que o governo apresente uma proposta alternativa ao índice de 21,3% dividido em 4 anos que a maioria absoluta da categoria rejeitou. Uma das intenções do movimento é fazer com que sejam levadas em conta perdas salariais concretas, incluindo a inflação desse ano, que já está na casa dos 9% e o governo não está considerando em sua proposta para os servidores. Com diversas categorias com registro de paralisações e mobilizações em 21 estados e no Distrito Federal, a Condsef convocou para esta sexta, 28, uma plenária nacional de sua base.
Para a entidade, o governo está fazendo uso da mesma tática adotada no processo de negociações de 2012, mantendo um cenário incerto para o processo até o limite do prazo para envio de propostas ao Congresso Nacional. Este prazo, pela lei orçamentária, se esgota no próximo dia 31 de agosto. O descontentamento com esses impasses no processo de negociação estão fazendo crescer as mobilizações em todo o Brasil. Resultados de assembleias promovidas nos estados apontam que movimento vai continuar aumentando ao longo dessa semana. Unidos aos servidores do Judiciário, INSS, professores e técnicos das Universidades, somam forças ao movimento de pressão dos servidores por um fim aos impasses instalados na mesa de negociações no Ministério do Planejamento servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Incra, Saúde Indígena, Funasa, INPI, Agricultura, Funai, Ibama, Iphan, Instituto Evandro Chagas, administrativos fazendários, da AGU e também da PRF, Sesai, Dnocs, Ipen e outros em todas as regiões do País.
Para pressionar o governo e alterar o cenário que empurra esse índice de 21,3% em 4 anos que não trás qualquer garantia de reposição de perdas já acumuladas pela categoria, diversas categorias seguem em processo de paralisação e mobilização em todo o Brasil. Com o processo de negociações cada vez mais comprometido também pelos prazos legais a ofensiva de mobilização em todo o Brasil deve ser máxima essa semana. A Condsef segue recomendando aos servidores de sua base que reforcem as mobilizações nos estados, ampliem os movimentos de paralisação em seus locais de trabalho. Sem luta dificilmente serão alcançados os avanços esperados. Historicamente a consolidação de conquistas e manutenção de direitos é feita com muita resistência e não será diferente agora. A pressão deve ser permanente e é fundamental nesse momento.

Fonte: CONDSEF

UFMG - Início de semestre é marcado por paralisação dos servidores

O primeiro dia das aulas da graduação na Universidade Federal de Minas Gerais  (UFMG) foi marcado pela paralisação dos servidores técnicos-administrativos que completa três meses.
Em greve desde o dia 28 de maio deste ano, representantes da categoria organizaram na última segunda-feira (24) uma panfletagem na entrada da universidade, na avenida Antônio Carlos, na parte da manhã, com o objetivo de informar os alunos sobre a greve e explicar quais serão os prejuízos que eles enfrentarão neste início de semestre em decorrência da paralisação.
“Praticamente todos os setores administrativos estão paralisados. Na UFMG, temos 70% de adesão à greve. Já no Hospital das Clínicas estamos preservando as áreas de atendimento em escala mínima para não prejudicar os pacientes”, explica a coordenadora de comunicação do Sindifes Neide Dantas.
Com bibliotecas fechadas, secretarias e colegiados com horários reduzidos, servidores entram em  uma semana importante para alcançar soluções. “Essa semana é decisiva nesse processo de negociação pois o governo vai apresentar a proposta que ele avalia como definitiva, já que o orçamento da união se encerra no dia 31 de agosto.A gente tem a expectativa de que nessa semana possamos avançar na proposta de aceitar ou não. ”,explica Dantas.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 27,3% e a atualização de valores dos auxílios creche, alimentação e saúde. Segundo Sindifes, a greve tem adesão de 70% dos servidores da UFMG. Em Minas, o sindicato tem quatro instituições federais (UFJM, UFMG, IFMG e Cefet) paralisadas. No Brasil, ao todo, são 67 instituições. Os servidores também se posicionam contra os cortes do governo federal que atingem principalmente as áreas da educação e saúde.
Além das áreas administrativas da universidades, também estão prejudicados o funcionamento dos laboratórios ( onde acontecem as aulas práticas), áreas de compras de materiais para a universidade e contratação de professores.
Os servidores aguardam o resultado de uma reunião entre o governo federal e a Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra). O encontro está marcado para esta segunda-feira (24).
Na terça, uma assembleia está programada para acontecer às 9h na escadaria em frente à Reitoria com a expectativa de que sejam apresentadas as propostas do governo federal. 

Fonte: O Tempo

UFPE - Professores decidem não entrar em greve

Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiram, pela segunda vez este ano, não deflagrar greve. Por 168 votos contrários à paralisação, os docentes não vão integrar o grupo de instituições que estão com atividades suspensas desde maio. Na assembleia realizada na manhã de ontem, terça-feira (25), no câmpus Recife, outros 114 professores votaram pela greve. Houve ainda oito abstenções.
Segundo o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Gilberto Cunha, está mantido o indicativo de greve. "Nesta quarta-feira haverá reunião do Fórum em Defesa da Educação, formado por professores da UFPE e da UFRPE, além de servidores e alunos das duas universidades", explica Gilberto.
No dia 25 de maio, quando a categoria também decidiu se entraria em greve, houve 272 votos contrários e 84 a favor.
NACIONAL - Em greve desde o dia 28 de maio, professores e trabalhadores técnico-administrativos de instituições federais de ensino superior aguardam resposta do governo sobre as reivindicações apresentadas, mas, segundo os sindicatos da categoria, o movimento grevista continua, mesmo com a decisão dos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) de encerrar a greve na instituição.
A paralisação completará três meses nesta semana. "Estamos em um momento importante de definições", diz o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Paulo Rizzo. Segundo balanço da entidade, a greve atinge 37 universidades federais e três institutos federais. Rizzo diz que a UFRJ foi a primeira a decidir pelo fim da greve e que isso tem impacto, dado o tamanho da instituição. Mesmo assim, o presidente acredita que a greve será mantida.
Os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho e são contrários aos cortes orçamentários feitos em educação. No total, o contingenciamento feito pelo governo federal chega a aproximadamente R$ 10,6 bilhões no setor. Eles pedem também a reestruturação da carreira e a valorização de ativos e aposentados.

Fonte: Jornal do Commercio

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Greve nas universidades federais vai completar três meses nesta semana

Em greve desde o dia 28 de maio, professores e trabalhadores técnico-administrativos de instituições federais de ensino superior aguardam resposta do governo sobre as reivindicações apresentadas, mas, segundo os sindicatos da categoria, o movimento grevista continua, mesmo com a decisão dos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) de encerrar a greve na instituição. 
A paralisação completará três meses nesta semana. "Estamos em um momento importante de definições", diz o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Paulo Rizzo. Segundo balanço da  entidade, a greve atinge 37 universidades federais e 3 institutos federais.  Rizzo diz que a UFRJ foi a primeira a decidir pelo fim da greve e que isso tem impacto, dado o tamanho da instituição. Mesmo assim, o presidente acredita que a greve será mantida.
Os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho e são contra os cortes orçamentários feitos em educação. No total, o contingenciamento feito pelo governo federal chega a aproximadamente R$ 10,6 bilhões no setor. Pedem também a reestruturação da carreira e a valorização de ativos e aposentados.
A greve dos trabalhadores técnico-administrativos também teve início no dia 28 de maio.  "Podemos até discutir uma flexibilização da nossa proposta, mas se é uma negociação, demanda que o governo responda a nossa pauta", diz o coordenador-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), Rogério Marzola.
"Têm sido recorrentes os cortes de energia elétrica. As instituições não estão conseguindo sequer bancar as contas mais básicas", diz. Os técnicos estão parados, segundo a FASUBRA, em 62 instituições.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) aderiu à greve há 43 dias. A entidade representa tanto os professores quanto os trabalhadores técnico administrativos dos institutos federais. Segundo o sindicato, a paralisação atinge 240 escolas em 25 estados.
"O plano de expansão do governo está parado e a precarização está avançando. Os institutos, assim como as universidades estão fazendo sorteio de que conta vão pagar no fim do mês", diz o coordenador geral do Sinasefe, Carlos Magno.
Os trabalhadores negociam benefícios e a questão salarial com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, junto dos demais servidores do Executivo. As reuniões ocorrem desde março. No final de junho, o governo apresentou uma proposta de reajuste aquém da demandada pelos servidores, que foi rejeitada por unamidade. Sobre a previsão de apresentação de uma nova proposta, a pasta diz que ainda não há definição sobre o assunto.  
As entidades também se reúnem com o Ministério da Educação (MEC). Em nota divulgada na última sexta-feira (21), o MEC diz que o esforço do governo federal tem sido "incansável para garantir o diálogo contínuo e a solução para a greve". Diz ainda que a greve dos servidores federais preocupa muito, principalmente por conta dos alunos que estão sem aulas. "O MEC e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão têm trabalhado em conjunto para restabelecer a atividade acadêmica", diz a nota.

Fonte: Agência Brasil
Na reta final para definir o reajuste salarial dos servidores, o governo adiou o encontro em que deveria, ontem, apresentar uma contraproposta às lideranças sindicais. O anexo V da lei orçamentária para 2016, que define as despesas com pessoal, deve ser fechado até 31 de agosto. Os trabalhadores temem uma reedição da “armadilha de 2012”, quando as negociações foram empurradas com a barriga e, ao fim, foi imposto ao funcionalismo um índice linear de 15,8%, em três parcelas.
Na análise de Rudinei Marques, presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), há três interpretações possíveis para a conduta do governo: o Planejamento reapresentará a proposta inicial de reajuste de 21,3% em quatro vezes (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018, e 4,5% em 2019); manterá os prazos, com incremento de até 1% em cada parcela; ou reduzirá o período para dois anos, com percentuais próximos aos iniciais. “Nenhuma das opções nos agrada”, disse.
Para Daro Piffer, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (BC), a estratégia do governo, de criar uma situação de “pegar ou largar”, é perigosa. “A princípio, a sensação é de vitória. Depois, o custo político é alto. O desânimo dos servidores se transforma em revolta”, alertou. O Planejamento informou que a junta orçamentária se reuniu no fim de semana. “O governo está se movimentando, mas ainda não há uma decisão”, disse um porta-voz.

Fonte: Diário de Pernambuco

FASUBRA - Reunião na SESu foi adiada e SRT também adia reposta de reajuste e a greve entra em colapso

A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) que tinha reunião agendada para esta segunda-feira (24), para discutir questões relacionadas a pauta especifica e ouvir do governo resposta sobre o reajuste, ficou a ver navios, pois horas antes da reunião, a Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) informou aos fasubrianos, que “considerando a necessidade de compatibilização de agendas entre os Ministérios para adaptação da proposta de portaria referente a jornada de trabalho”, decidiu adiar a reunião de hoje para a próxima quinta-feira (27). Segundo o comunicado da SESu, na oportunidade será possível a apresentação de uma avaliação técnica sobre o assunto.
Outro duro golpe que o governo deu, não só na federação, mas também no Fórum das Entidades Nacionais Entidades dos Servidores Públicos Federais, foi anunciado pela Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), ela também adiou a reunião onde daria resposta formal sobre a proposta alternativa ao reajuste de 21,3% oferecida aos SPFs, deixando tudo para última hora, sem que a categoria tenha tempo para analisar a nova proposta e remarcou para a próxima quinta-feira (27).
O processo negocial já estava comprometido por causa da data limite expirado para que o governo enviasse proposta de reajuste do funcionalismo ao Congresso Nacional, imagina agora com um prazo prorrogado até a próxima segunda-feira (31), o mais grave disso tudo é que os servidores só terão até sexta-feira (28) para deliberar sobre a nova proposta.
A tática do Palácio do Planalto deixa os servidores do Executivo refém da vontade do governo, que até agora ninguém sabe se ele vai manter a proposta original, que já foi rejeitada por todas as bases sindicais dos servidores públicos federais ou se vai aceitar reduzir o prazo de quatro para dois anos, mas mantendo os percentuais referentes aos 21,3% fracionados conforme proposta inicial.
O Comando Nacional de Greve (CNG) Continua recomendando aos sindicatos filiados a Federação que intensifiquem a mobilização e reforcem os comandos locais para precarizar ainda mais os poucos serviços que ainda funcionam nas universidades, pois somente assim o governo atenderá os pleitos da categoria.
Nas bases, pouquíssimos são os servidores que ainda acreditam em vitória, pois se em quase 90 dias de luta intensa, com paralisações e atos em todas as universidade federais espelhadas pelo Brasil, o governo não cedeu um só milímetro, quanto mais agora restando poucos dias para se fechar definitivamente o orçamento para 2016.
Alguns sindicalistas tentam motivar os militantes sindicais a continuar pressionando o governo em suas bases para aumentar os atos públicos e fechamentos de rodovias para chamar a atenção da população, mas esse discurso não tem mais eco, pois o que todos querem mesmo é retornar ao trabalho e esperar outra oportunidade, porque essa já passou.
A estratégia do governo foi cirúrgica, acabou com movimento paredista dos servidores públicos federais e os levou a estagnação da luta, pois todos estão condicionados ao que o governo apresentar, ou seja, se ele manter a proposta original a categoria terá a oportunidade de voltar atrás ou ficar sem reajusta e retomar a luta em 2016, mas conscientes que será um ano mais difícil do este, pois terá as Olimpíadas e a chance de se negociar será menor do que a desse ano.
O que o servidores devem fazer agora? Sentar e esperar a boa vontade do patrão.
Fonte: Ufalsindical