A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) que tinha reunião agendada para esta segunda-feira (24), para discutir questões relacionadas a pauta especifica e ouvir do governo resposta sobre o reajuste, ficou a ver navios, pois horas antes da reunião, a Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) informou aos fasubrianos, que “considerando a necessidade de compatibilização de agendas entre os Ministérios para adaptação da proposta de portaria referente a jornada de trabalho”, decidiu adiar a reunião de hoje para a próxima quinta-feira (27). Segundo o comunicado da SESu, na oportunidade será possível a apresentação de uma avaliação técnica sobre o assunto.
Outro duro golpe que o governo deu, não só na federação, mas também no Fórum das Entidades Nacionais Entidades dos Servidores Públicos Federais, foi anunciado pela Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), ela também adiou a reunião onde daria resposta formal sobre a proposta alternativa ao reajuste de 21,3% oferecida aos SPFs, deixando tudo para última hora, sem que a categoria tenha tempo para analisar a nova proposta e remarcou para a próxima quinta-feira (27).
O processo negocial já estava comprometido por causa da data limite expirado para que o governo enviasse proposta de reajuste do funcionalismo ao Congresso Nacional, imagina agora com um prazo prorrogado até a próxima segunda-feira (31), o mais grave disso tudo é que os servidores só terão até sexta-feira (28) para deliberar sobre a nova proposta.
A tática do Palácio do Planalto deixa os servidores do Executivo refém da vontade do governo, que até agora ninguém sabe se ele vai manter a proposta original, que já foi rejeitada por todas as bases sindicais dos servidores públicos federais ou se vai aceitar reduzir o prazo de quatro para dois anos, mas mantendo os percentuais referentes aos 21,3% fracionados conforme proposta inicial.
O Comando Nacional de Greve (CNG) Continua recomendando aos sindicatos filiados a Federação que intensifiquem a mobilização e reforcem os comandos locais para precarizar ainda mais os poucos serviços que ainda funcionam nas universidades, pois somente assim o governo atenderá os pleitos da categoria.
Nas bases, pouquíssimos são os servidores que ainda acreditam em vitória, pois se em quase 90 dias de luta intensa, com paralisações e atos em todas as universidade federais espelhadas pelo Brasil, o governo não cedeu um só milímetro, quanto mais agora restando poucos dias para se fechar definitivamente o orçamento para 2016.
Alguns sindicalistas tentam motivar os militantes sindicais a continuar pressionando o governo em suas bases para aumentar os atos públicos e fechamentos de rodovias para chamar a atenção da população, mas esse discurso não tem mais eco, pois o que todos querem mesmo é retornar ao trabalho e esperar outra oportunidade, porque essa já passou.
A estratégia do governo foi cirúrgica, acabou com movimento paredista dos servidores públicos federais e os levou a estagnação da luta, pois todos estão condicionados ao que o governo apresentar, ou seja, se ele manter a proposta original a categoria terá a oportunidade de voltar atrás ou ficar sem reajusta e retomar a luta em 2016, mas conscientes que será um ano mais difícil do este, pois terá as Olimpíadas e a chance de se negociar será menor do que a desse ano.
O que o servidores devem fazer agora? Sentar e esperar a boa vontade do patrão.
Fonte: Ufalsindical
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