Depois da resposta do governo ao Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEF) mantendo o reajuste apresentado inicialmente de 21,3%, o Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), na madrugada desta quinta-feira (27), bloquearam as entradas de acesso ao prédio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) com o objetivo para pressionar o governo a atender os pleitos da categoria, como também ratificar que o índice de reajuste apresentado a categoria não repõe as perdas inflacionárias.
O titular da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), Sérgio Mendonça, diante da forte mobilização feita pelos grevistas, decidiu receber uma comissão de fasubrianos, mesmo sem ter agendado com eles essa reunião. Na oportunidade foi colocado para o representante do governo que a categoria não está satisfeita com a imposição do reajuste feita sem o debate com o funcionalismo, pois a situação estabelece um rompimento do MPOG com o processo negocial e exigiram que houvesse mais diálogo para se chegar a um acordo, ainda disseram que a manutenção dos 21,3% em 4 anos já foi rejeitada pelos trabalhadores das universidades, porém um outro cenário com um prazo menor seria razoavelmente negociável.
A posição do Mendonça na reunião foi de afirmar que o governo mantém a proposta original, mas que ainda é possível negociar, mesmo fora da data limite, que é 31 de agosto. Segundo o secretário, há um acordo político com o legislativo federal no sentido de que esse prazo poderá se estender até 11 de setembro, tempo suficiente para o debate em torno das propostas apresentadas pelo governo a categoria, mas que o governo já encaminhou os valores referentes ao reajuste do funcionalismo, como também dos benefícios e outros, que o novo prazo é para acrescentar ou retirar do orçamento valores previstos na LDO.
Os fasubrianos ganharam mais um tempo para tentar manter a greve e acreditam que ela poderá se estender até o dia 15 de setembro, mas vai depender da resistência da base de cada sindicato.
Logo mais às 16 horas, CNG e a direção da Federação se reunirão no Ministério da Educação (MEC) para fechar alguns pontos da proposta sobre a flexibiização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos das universidades. Espera-se que a portaria que normatiza a legislação que trata do tema, seja uma bandeira a ser levantada nessa greve.
Fonte: Ufalsindical
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