Em reunião realizada no último domingo (30/8) do Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Federais (FNESPF), onde foi rediscutido o posicionamento do governo em manter o índice de reajuste em 21,3%, mais uma vez os sindicalistas rejeitaram a proposta.
Em Nota Pública a sociedade, o FNESPF alega que o reajuste proposto ao conjunto dos trabalhadores federais do Executivo é insuficiente, pois não leva em consideração as perdas acumuladas no decorrer dos últimos quatro anos.
O Fórum ainda apontou a intransigência do governo como forma de deslegitimar o direito dos servidores paralisarem suas atividades aderindo o movimento paredista da categoria, quando ordenou o corte de ponto dos colegas do INSS, pois a greve é o último instrumento de pressão que os trabalhadores se utilizam, quando as reivindicações não avançam na mesa negocial.
Segundo informações de bastidores, apesar da rejeição da proposta do governo ter sido ratificada pelo FNESPF, o debate foi caloroso, pois alguns sindicalistas viam a possibilidade de fechar acordo com o governo para não prejudicar a categoria mais do que já estar e defenderam a aceitação da proposta como única alternativa de não ficar sem nada para os próximos anos.
Diante do impasse causado pela manutenção do índice de 21,3% de reajuste ao funcionalismo, que levou a categoria a deflagrar greve, o governo continua irredutível e não aceita discutir outro índice, essa posição unilateral do Planalto e tem deixado às representações dos servidores federais desnorteadas, pois consideram a postura do governo, antidemocrática.
Em uma análise final do texto documento do FNESPF, não é vislumbrado nenhuma possibilidade para que seja fechado acordo entre servidores e governo, pois não resta mais nada para se apresentar como contraproposta, ou seja, o Fórum, indiretamente aceitou o fracasso da campanha salarial deste ano, porém ainda tem esperança que o governo, até o dia 11/9 reveja sua proposta.
A greve continua, mas não com o mesmo entusiasmo de 100 dias atrás, pois muitos servidores já abandonaram as trincheiras e aos poucos estão retornando ao trabalho, dando sinais de que é hora de bater em retirada para evitar um estrago ainda maior no movimento paredista.
Fonte: Ufalsindical
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