A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) teve uma reunião na manhã da última sexta-feira (21) com representantes do Ministério da Educação (MEC) e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O encontro foi especificamente para discutir a flexibilização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos das universidades, de 40 para 30 horas semanais.
Os negociadores ao saírem da reunião se mostraram entusiasmados com o que foi debatido com os representantes do governo, mas não apresentaram nenhuma informação que pudesse levar a categoria a se sentirem vitoriosos, mesmo o MEC tendo aceitado a ementa de uma portaria elaborada pela entidade, que teve alguns termos alterados para se adequar ao contexto legislativo.
A portaria proposta pela Federação não vai mudar em nada a autonomia dos reitores por se tratar de uma orientação normativa referente ao tema que já possui fundamentação na legislação. Os Decretos nº 1590/95 e nº 4.836/03 já autorizam os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) a implantarem às 30 horas, baseados na citada legislação reitores de algumas universidades já implantaram a nova jornada de trabalho.
Durante a reunião foi solicitado a representação do MPOG informações sobre a contraproposta do governo ao conjunto dos servidores públicos federais, os governistas simplesmente disseram que a proposta dos SPFs ainda não tinha sido entregue a presidente, mas que no próximo domingo (23) haverá uma reunião com ela e será entregue.
Para quem espera que a Federação ainda defende o reajuste de 27,3% poderá se surpreender quando na quanta-feira (26) os fasubrianos concordarem com os índice de 10,5% fracionados em duas parcelas (2016 e 2017), mas isso só ocorrerá se a presidente aceitar negociar nestes termos. Alguns dirigentes da Federação já têm seu discurso formado e ensaiam para apresentá-lo a base, eles dirão em alto e bom som: “Companheiros, é pegar ou ficar sem nada durante dois anos”.
O fim da greve que estava previsto para ontem (21) foi adiada para a próxima semana, pois os grevista vão esperar até o último minuto para tentarem sair da greve comemorando alguma coisa, nem que seja uma portaria que nem influi nem contribui.
Fonte: ufalsindical
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