segunda-feira, 31 de agosto de 2015

FASUBRA - Reunião na SESu não avança e MPOG afirma que governo não negocia outro índice além do que já está posto

Na tarde última quinta-feira (27), após um ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que obrigou o titular da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), Sérgio Mendonça, a receber uma comissão fasubriana para tratar do índice de reajuste da categoria, o Comando Nacional de Greve (CNG) teve uma reunião no Ministério da Educação (MEC) para ajustar detalhes da portaria que trata sobre a flexibilização da jornada de trabalho, tema que passou a ser o mote da campanha salarial 2015 da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA).
Além da representação da Secretaria de Ensino Superior (SESu), o MPOG também esteve presente ao encontro. O debate em torno dos temas propostos na reunião foi intenso, pois os comandantes do CNG, inflamados pela resposta da SRT de que o governo não mudaria a proposta inicial de reajuste, optaram em avançar na pauta especifica a fim de amenizar o impacto da derrota já prevista, pois segundo a representação do governo, não será acrescido nada além do que já está posto para a categoria, porém o STEP poderá ter um acréscimo simbólico de 0,1%, mas não tem nada fechado nesse sentido.
A grande dúvida que pairava sobre todos, logo foi sanada através das palavras do representante do MPOG, os fasubrianos questionaram o governista se a proposta do governo condicionava a categoria a negociar os reajustes dos benefícios? A resposta agradou aos fasubrianos, ele afirmou que os reajustes dos benefícios, independe da categoria assinar o não o acordo de greve. Ainda foi dito que os benefícios são iguais para todos os servidores do Executivo, sem distinção.
O CNG insistiu no tema do reajuste e solicitou que o MPOG enviasse a proposta a Federação para que fosse debatido nas suas bases, o representante do governo informou que será enviado um ofício ratificando o índice de reajuste de 21,3% fracionados em 4 parcelas, caso a FASUBRA queira apresentar contraproposta, será muito difícil mudar a posição do Planalto, mas é um direito que assiste a toda entidade sindical, questionar, aceitar ou rejeitar a proposta, esse último a Federação já o fez.
Quanto às 30 horas, a menuta da portaria que trata do assunto, apesar de haver entendimento sobre a sua redação, ela precisará passar pelo aval do setor de normas para dar o formato legal para sua publicação, mas segundo a Dulce Maria Tristão, a SESu está de acordo com atual redação do texto, mas é necessário que ela seja submetido a uma análise técnica do setor responsável para que sua publicação seja garantida.
Na verdade, apesar de todo esforço do CNG para que seja publicada a portaria, ainda não há uma data definida para sua publicação, uma nova reunião será agendada para a próxima semana e foi cobrado que ela ocorra, no mais tardar, na quinta-feira (3/9) e que a SESu deve enviar cópia do formato definitivo do texto da portaria com antecedência, para na sexta-feira (4/9) passar pela avaliação do Comando.
Há um racha dentro da FASUBRA causada pela proposta de reajuste do governo, muitos comandantes fasubrianos defendem que as bases revejam suas posições em relação a rejeição e aceitem o índice de 21,3%, pois acreditam que pior será ficar sem nada, pois os próximos anos será difícil mobilizar novamente a categoria para conseguir um reajuste baseado nos 27,3% defendido inicialmente, porém tem um grupo contrário aos que defendem a manutenção da rejeição e defendem que a categoria mantenha a rejeição e volte o ano que vem para um novo embate com o governo.
Em meio a essa briga sem fim, quem vai decidir sobre esse impasse será as assembleias de cada sindicato filiado a Federação, que dependendo do resultado dessa rodada de assembleias que acontecerá possivelmente ainda essa ou a outra semana, será dada a resposta definitiva ao governo. Uma coisa é certa, o governo não aceitou negociar os 27,3%, 19,7% nem reduzir o prazo de 4 para 2 anos mantendo os índices sua proposta, ou seja, a categoria só tem uma opção, pegar ou largar o reajuste imposto.

Fonte: Ufalsindical

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