O primeiro dia das aulas da graduação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi marcado pela paralisação dos servidores técnicos-administrativos que completa três meses.
Em greve desde o dia 28 de maio deste ano, representantes da categoria organizaram na última segunda-feira (24) uma panfletagem na entrada da universidade, na avenida Antônio Carlos, na parte da manhã, com o objetivo de informar os alunos sobre a greve e explicar quais serão os prejuízos que eles enfrentarão neste início de semestre em decorrência da paralisação.
“Praticamente todos os setores administrativos estão paralisados. Na UFMG, temos 70% de adesão à greve. Já no Hospital das Clínicas estamos preservando as áreas de atendimento em escala mínima para não prejudicar os pacientes”, explica a coordenadora de comunicação do Sindifes Neide Dantas.
Com bibliotecas fechadas, secretarias e colegiados com horários reduzidos, servidores entram em uma semana importante para alcançar soluções. “Essa semana é decisiva nesse processo de negociação pois o governo vai apresentar a proposta que ele avalia como definitiva, já que o orçamento da união se encerra no dia 31 de agosto.A gente tem a expectativa de que nessa semana possamos avançar na proposta de aceitar ou não. ”,explica Dantas.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 27,3% e a atualização de valores dos auxílios creche, alimentação e saúde. Segundo Sindifes, a greve tem adesão de 70% dos servidores da UFMG. Em Minas, o sindicato tem quatro instituições federais (UFJM, UFMG, IFMG e Cefet) paralisadas. No Brasil, ao todo, são 67 instituições. Os servidores também se posicionam contra os cortes do governo federal que atingem principalmente as áreas da educação e saúde.
Além das áreas administrativas da universidades, também estão prejudicados o funcionamento dos laboratórios ( onde acontecem as aulas práticas), áreas de compras de materiais para a universidade e contratação de professores.
Os servidores aguardam o resultado de uma reunião entre o governo federal e a Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra). O encontro está marcado para esta segunda-feira (24).
Na terça, uma assembleia está programada para acontecer às 9h na escadaria em frente à Reitoria com a expectativa de que sejam apresentadas as propostas do governo federal.
Fonte: O Tempo
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