terça-feira, 1 de setembro de 2015

MPOG - Secretário afirma que acordo de pauta específica só será fechado se os federais aceitarem o reajuste salarial proposto pelo governo

Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (31/8) entre representantes do Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Federais (FNESPF) com o titular da Secretária de Relações de Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, foi apresentada a rejeição das entidades a proposta de reajuste do governo. Dentre as entidades presente estava os dirigente da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA)
O encontro foi em clima tranquilidade, onde os sindicalistas puderam apresentar, além da rejeição, alguns pontos que careciam serem esclarecidos, um deles foi sobre o corte de ponto dos servidores do INSS, o secretário foi enfático em afirmar que é orientação do governo as instituições que o ponto dos grevistas sejam cortados cortar para que depois, caso haja acordo se tenha negociação para a reposição dos dias parados, o procedimento é de obrigação dos gestores efetuá-lo.
Outra questão que esteve em pauta foi referente ao descredenciamento dos sindicatos consignatárias para operar desconto consignado em folha de pagamento no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE), para esse tema específico será agendada uma reunião ainda para essa semana para que se cheguem há algum acordo.
Quanto ao reajuste do funcionalismo, o Mendonça disse que com rejeição da categoria, ele terá de voltar a conversar dentro do governo para ver se há uma possibilidade que revisão da proposta, mas que o índice de 5,5% referente a primeira parcela dos 21,3% para janeiro de 2016, já está garantida no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), assim como o reajuste dos benefícios.
O que surpreendeu os representantes do FNESPF foi à mudança de postura do governo em relação às pautas especificas as também chamadas pautas não econômicas. No entendimento do secretário o acordo na pauta geral condiciona a entidade acordar a pauta específica, pois uma coisa puxa a outra, ou seja, a aceitação da proposta do governo, automaticamente credencia o sindicato a fechar acordo com os demais pontos da pauta específica e vice-versa, segundo o Sérgio, não se pode rejeitar uma proposta e aceitar a outra.
Dirigentes FASUBRA questionaram o representante da SRT do por que da entidade ainda não ter recebido a proposta formalizada, o secretário afirmou que isso não foi possível porque a entidade está em processo de negociação em torno da portaria que trada da flexibilização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos das universidades e que ele aguarda o desdobramento desse assunto para encaminhar a proposta completa a Federação.
O novo cenário desenhado pelo Sérgio Mendonça na reunião de hoje coloca os fasubrianos numa cruzeta infernal, pois a portaria que está com sua redação pronta, só será publicada se a categoria aceitar a proposta de reajuste do governo, caso contrário, o tema que já estava sendo comemorado como uma vitória da categoria, como planto B a derrota do reajuste de 27,3% proposto pela categoria, agora passa a ser motivo de preocupação. O governo coloca a FASUBRA de joelhos perante sua nova estratégia.
O que mais se ver entre os integrantes do CNG é o clima de derrota, pois são poucos os que ainda esbravejam, estes poucos só fazem isso para esconder a dor de mais uma greve fracassada, onde a única vitória foi a unidade da categoria em torno da luta.
Nas bases as informações oficiais que chegam é que o movimento está fortalecido e que nesse mês de setembro roxo as mobilizações devem se intensificar, quando na realidade o momento é de avaliação dos acertos e erros cometidos nessa campanha salarial.
Confira AQUI as falas das lideranças sindicais do ANDES/SN e FASUBRA Sindical, logo após a reunião.
Fonte: Ufalsindical

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