O Comando Nacional de Greve (CNG) e a direção da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) se reuniram na última segunda-feira (21) para analisar a proposta do governo e a resposta ao pedido de esclarecimento, como também avaliar o movimento paredista tendo como objetivo elementos para indicar a saída da greve.
Na reunião de ontem, surpreendentemente os radicais que são maioria na direção da FASUBRA se curvaram a proposta do Executivo Federal e orientaram seus delegados que compõem o CNG a votarem favoráveis ao acordo com governo e também pela suspensão do movimento paredista.
Desde quando se iniciou a greve estava claro para todos que o governo não iria ceder aos pleitos da categoria, mas a direção majoritária não teve esse visão e apostaram que esse ano seria diferente dos demais, pois segundo eles, o ataque da oposição ao governo beneficiaria os servidores, pois o resultado das pesquisas apontavam a presidente com um baixo índice de aprovação, isso condicionava o Executivo a aceitar as pressões do funcionalismo. A leitura que fizeram foi equivocada e agora estão emplacando mais uma derrota a categoria.
A tática traçada para essa greve foi a mesma de 2014, porém com um diferencial, no movimento paredista deste ano a categoria veio com força total, mas faltou liderança para mostrar a militância sindical a realidade instalada.
Nas assembleias o que se viu foram os técnicos e estudantes se unirem para atacar a política o governo, como se a luta do trabalhador tivesse bandeira partidária. Os veteranos, mesmo os que são dirigentes das entidades, não tiveram coragem de intervir diante dos delírios de alguns servidores que rugiam nos quatro cantos das universidades, afirmando que a categoria iria derrotar o governo, o medo do sindicalista era serem chamados de pelegos, essa neutralidade fez com que o amadorismo reinasse, não só nas bases, mas também no CNG.
Para uma categoria que lutou para conseguir 27,3% em 2016 e rejeitou a proposta do governo que ofereceu 21,3% em 4 parcelas e agora resolve aceitar 10,8% parcelados em duas vezes, mostra que os quase 120 dias de greve foram em vão.
O fim da greve está sendo apontada pelas assembleias de base, que já começaram a serem realizadas a partir desta terça-feira (22) e pelos primeiros resultados o movimento paredista se encerra com a assinatura do acordo com o governo.
Fonte: Ufalsindical
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