Depois do Agosto Vermelho a Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) entra no Setembro Roxo sem perspectiva nenhuma em relação aos pleitos encaminhados ao governo, pois a última esperança que poderia fazer os fasubrianos saírem da greve cantando vitória, seria fechar um acordo em torno da portaria referente à jornada de turnos contínuos, mas na última segunda-feira (31) o Sérgio Mendonça, titular da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) afirmou aos membros Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Federais (FNESPF), no qual a Federação faz parte, que acordo de pauta específica está condicionado ao fechamento de acordo na pauta econômica, ou seja, só terá acordo se a categoria aceitar o reajuste, que segundo o secretário, ele entende que o acordo abrange todas as demandas.
O novo posicionamento da STR joga para alto toda discussão dos federais sobre questões fora da proposta de reajuste, causando um estrago infindo na já fracassada campanha salarial de 2015, que começou em todo vapor com os fasubrianos abrindo alas, sendo os primeiro a deflagrar a greve no setor da educação com paralisações em 68 universidades públicas federais, sendo seguindo pelo Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e logo depois pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).
A Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) convidou a direção da FASUBRA para uma reunião na próxima sexta-feira (4/9) às 16 horas, no ofício encaminhado a entidade não consta a pauta que será discutida, mas ao que tudo indica é para tratar da portaria da 30 horas, que diante da nova conjuntura imposta pelo MPOG, torna inútil qualquer discussão sobre o tema.
Em algumas assembleias de base os servidores já estão aprovando a continuidade da greve e rejeitando a assinatura de qualquer acordo com governo que não seja os 27,3% proposto pela categoria, se essa decisão se confirmar nas demais assembleias, essa nova gestão da Federação terá de acatar a deliberação da base e amargar seu primeiro grande fracasso, a sua incapacidade de negociação com o governo.
Pelo que está sendo desenhado e se nada mudar daqui para o dia 11/9, o Setembro Roxo da Federação será sinônimo de morte para o movimento paredista fasubriano em 2015.
Fonte: Ufalsindical
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