Depois que governo oficializou sua resposta a contraproposta da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), através do Ofício SEI nº 8507/2015-MPOG e Ofício nº 109/2015-SESu/MEC, apresentados no final da tarde da última quarta-feira (16), o Comando Nacional de Greve (CNG) tenta de todas as formas manter o movimento paredista entrincheirado.
Os que detêm o poder majoritário na gestão da Federação estão sendo apontados como os principais responsáveis pelo fracasso da greve, pois subestimaram a força do governo por terem achado que a fragilidade política palaciana e a crise econômica atual do país, seriam elementos primordiais para levar a categoria a obter com êxito o reajuste de 27,3%.
Com essa mesma avaliação equivocada sobre o governo, em 2014, em plena vigência de um acordo de greve firmado em 2012, onde tudo indicava uma derrota certa da categoria, os majoritários levaram a categoria a acreditar que uma greve naquele momento obrigaria o governo a ceder as pressões por se tratar de ano de Copa do Mundo e de eleição presidencial. Antes de iniciar a greve a Federação encaminhou ao governo o Ofício nº 032/14-SEC, que se tratava da pauta da categoria. Depois várias reuniões com os representantes do governo, a Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) apresentou uma proposta através do Oficio nº 56/2014-GB/SESu/MEC, que foi rechaçada pelos fasubrianos através do Ofício 050/2014-SEC, alegaram “... que os sindicatos filiados a Fasubra rejeitaram em assembleias a proposta apresentada pelo MEC à Fasubra”. Na verdade essa deliberação nunca havia sido tema de debate em nenhuma assembleia, nem tão pouco no CNG, gerando descrédito na já fragilizada greve que ficou conhecida como "Greve de Fachada", por não ter tido a adesão maciça da categoria. O resultado daquela empreitada foi catastrófico, o governo judicializou o movimento paredista e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a Federação encerrasse a greve e simplesmente pediu ao governo que negociasse.
Agora em 2015 a campanha salarial teve o apoio de várias outras categorias do serviço público federal, o movimento paredista foi mais coeso, mas esbarrou na intransigência do governo, que apesar de ter apresentado uma proposta, não aceitou discutir com as entidades outro índice a não ser o que foi imposto, logo a proposta governista foi rejeitada por todos os servidores do executivo federal, mas depois de alguns ajuste foi aceita, pois o governo reduziu de 4 para 2 anos as parcelas, porém manteve o mesmo índice do fracionamento inicial apresentado as categorias, proposta essa que agradou a algumas entidades, inclusive a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF), que representa boa parte dos federais, aceitou a proposta.
O CNG esteve reunido na tarde de ontem, quinta-feira (17) para discutir a resposto do governo aos pleitos da categoria e decidiu enviar um ofício ao MPOG e ao MEC solicitando esclarecimento sobre o teor das respostas apresentadas a categoria, a fim de obter, com mais clareza, alguns pontos que foram considerados subjetivos.
Na próxima segunda-feira (21) os comandantes voltarão a se reunir, desta feita, para avaliar a conjuntura política do movimento paredista, como também para orientar as bases sindicais a convocar as assembleias com o objetivo da categoria decidir o rumo da greve, que ao que tudo indica está caminhando para o seu fim, muitos ainda acreditam que é possível reverter a iminente derrota, mas para a grande maioria não tem como erguer um movimento que já entrou no processo de estagnação.
Fonte: Ufalsindical
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