A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), entidade que representa oficialmente as universidades federais na interlocução com o governo federal, entidades representativas dos professores, técnico-administrativos, estudantes e com a sociedade em geral, desmontou a pretensão da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) de sair da greve sentindo o gosto de vitória.
O Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Ensino Superior (SESu), encaminhou a proposta da FASUBRA, que trata da redução da jornada de trabalho, de 40 para 30 horas, para uma avaliação da ANDIFES. O tema que já havia sido debatido com representantes do governo, inclusive a redação da minuta foi consenso entre as parte, mas submetido ao parecer dos reitores, o resultado foi desastroso, a proposta foi fortemente criticada e rejeitada pelos dirigentes das federais, jogando um balde de gelo no movimento paredista fasubriano, que alimentava a esperança de ter algo para comemorar, embora que a portaria, se fosse aprovada, não mudaria em nada, pois a decisão final continuaria sendo da administração central das universidade.
As discussões em torno da racionalização, democratização e reenquadramento dos aposentados não avançam, pois a falta de articulação política da Federação para fazer valer as reivindicações pleiteadas, principalmente dos aposentados, que pela a posição adotada pelo governo, não tem a mínima chance do tema prosperar, pois não há interesse dentro e nem fora do governo para reverter a situação.
Para muitos sindicalistas que há uma década luta para que seja desfeita a injustiça aos aposentados, o caso é sem solução, apesar de tramitar no senado federal o Projeto de Lei Suplementar 53/2011, de autoria do Senador Paulo Paim (PT/RS) para dispor sobre o posicionamento dos aposentados e pensionistas nas tabelas remuneratórias constantes do Anexo I da Lei.
Semana final de negociação em torno do reajuste
O Comando Nacional de Greve (CNG) enviou aos sindicatos de base uma contraproposta, que caso seja aprovada nas assembleias, será apresentada ao governo como alternativa a proposta imposta por ele aos técnico-administrativos.
Nas primeiras assembleias realizadas na última terça-feira (8) e também nesta quarta-feira (9), a categoria vem aprovando o documento, porém não tem certeza que a contraproposta possa vir a ser aceito pelo governo.
A greve ainda sobrevive por causa do processo negocial, que segundo o MPOG, se encerra nesta sexta-feira (11), prazo final dado aos grevistas concordarem ou não com o reajuste do governo. De uma coisa todos já sabem, o reajuste parcelado em 4 anos foi reduzido para 2, porém dificilmente o índice de 9,5% na primeira parcela já para 2016 proposto pela Federação será aceito pelo governo, o índice deverá ser o mesmo oferecido oficialmente a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF), ou seja, 5,5% para 2016 e 5% para 2017.
Fonte: Ufalsindical
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