terça-feira, 15 de setembro de 2015

UFPR - Docentes decidem pelo fim da greve

Mais de 600 pessoas de todos os campi da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participaram de Assembleia Geral Extraordinária, realizada pela Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind) em 11 de setembro, para discutir o movimento.
Com 374 votos favoráveis, 171 contrários e 15 abstenções, os docentes decidiram nesse momento pelo encerramento da greve na instituição e pela volta às aulas. No entanto, mesmo com o fim da greve na Universidade, a luta e as negociações não chegaram ao fim.
No âmbito nacional, o setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) – que até 12 de setembro computou 47 instituições em greve – continuará as negociações com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e o Ministério da Educação (MEC) para garantir o atendimento às pautas da categoria e por uma proposta de reajuste salarial mais digna.
De acordo com a diretoria da APUFPR-SSind, o governo federal já apresentou a outras categorias do funcionalismo público federal a proposta de reajuste de 10,8% parcelado em dois anos, “na tentativa de quebrar a unidade do Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais (SPFs), pois foi com essa união que conseguimos fazer o governo flexibilizar as propostas”, afirma a diretora social da seção sindical, Adriana Hessel Dalagassa.
Por isso, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) continuará pressionando o governo para garantir ganhos também aos docentes.
Já na pauta local de reivindicações, a APUFPR-SSind e o Comando Local de Greve (CLG) também conquistaram alguns avanços para a categoria.
Com a deflagração da greve docente, a Administração da UFPR abriu o diálogo com a categoria e sinalizou o atendimento a algumas pautas, como a manutenção do calendário acadêmico com 15 semanas letivas, a implementação da progressão automática e a abertura das contas da instituição – todas com compromissos assumidos pela Reitoria.
“Um elemento importante dessa greve foi conseguir barrar o ritmo com o qual a Reitoria estava implementando o calendário de 18 semanas para todos os cursos, pois o aumento de três semanas letivas por semestre começaria a ficar insuportável para o nosso trabalho”, frisa o vice-presidente da APUFPR-SSind, Luis Allan Künzle.
De acordo com a diretoria do sindicato, mesmo com o rompimento unilateral das negociações por parte da Administração da Universidade, a entidade continuará lutando pelas pautas da categoria, até que elas sejam plenamente atendidas.
Para o calendário acadêmico, os docentes aprovaram uma proposta pela sua manutenção com retorno às aulas em 16 de setembro (quarta-feira) para os campi de Curitiba, e 21 de setembro (segunda) para o Setor Litoral, Palotina e o campus avançado de Jandaia do Sul. Assim, docentes e estudantes têm um período para voltarem às aulas com qualidade.
Além disso, foi deliberado pela plenária a proposta de encaminhar ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) o pedido de garantia do mês de janeiro como data de recesso para que os docentes possam programar suas férias.
Fonte: APUFPR

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