Mais de 600 pessoas de todos os campi da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participaram de Assembleia Geral Extraordinária, realizada pela Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind) em 11 de setembro, para discutir o movimento.
Com 374 votos favoráveis, 171 contrários e 15 abstenções, os docentes decidiram nesse momento pelo encerramento da greve na instituição e pela volta às aulas. No entanto, mesmo com o fim da greve na Universidade, a luta e as negociações não chegaram ao fim.
No âmbito nacional, o setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) – que até 12 de setembro computou 47 instituições em greve – continuará as negociações com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e o Ministério da Educação (MEC) para garantir o atendimento às pautas da categoria e por uma proposta de reajuste salarial mais digna.
De acordo com a diretoria da APUFPR-SSind, o governo federal já apresentou a outras categorias do funcionalismo público federal a proposta de reajuste de 10,8% parcelado em dois anos, “na tentativa de quebrar a unidade do Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais (SPFs), pois foi com essa união que conseguimos fazer o governo flexibilizar as propostas”, afirma a diretora social da seção sindical, Adriana Hessel Dalagassa.
Por isso, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) continuará pressionando o governo para garantir ganhos também aos docentes.
Já na pauta local de reivindicações, a APUFPR-SSind e o Comando Local de Greve (CLG) também conquistaram alguns avanços para a categoria.
Com a deflagração da greve docente, a Administração da UFPR abriu o diálogo com a categoria e sinalizou o atendimento a algumas pautas, como a manutenção do calendário acadêmico com 15 semanas letivas, a implementação da progressão automática e a abertura das contas da instituição – todas com compromissos assumidos pela Reitoria.
“Um elemento importante dessa greve foi conseguir barrar o ritmo com o qual a Reitoria estava implementando o calendário de 18 semanas para todos os cursos, pois o aumento de três semanas letivas por semestre começaria a ficar insuportável para o nosso trabalho”, frisa o vice-presidente da APUFPR-SSind, Luis Allan Künzle.
De acordo com a diretoria do sindicato, mesmo com o rompimento unilateral das negociações por parte da Administração da Universidade, a entidade continuará lutando pelas pautas da categoria, até que elas sejam plenamente atendidas.
Para o calendário acadêmico, os docentes aprovaram uma proposta pela sua manutenção com retorno às aulas em 16 de setembro (quarta-feira) para os campi de Curitiba, e 21 de setembro (segunda) para o Setor Litoral, Palotina e o campus avançado de Jandaia do Sul. Assim, docentes e estudantes têm um período para voltarem às aulas com qualidade.
Além disso, foi deliberado pela plenária a proposta de encaminhar ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) o pedido de garantia do mês de janeiro como data de recesso para que os docentes possam programar suas férias.
Fonte: APUFPR
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