A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) promove plenária nacional na próxima quinta-feira para decidir o fim da greve da sua base, que representa 70% do funcionalismo federal.
Para o secretário-geral, Sérgio Ronaldo, o governo sentiu a pressão vinda de diversas greves em todos os estados e viu que sem rever o posicionamento imposto desde junho, vários serviços ficariam ainda mais deficientes para a população.
A paralisação afeta importantes segmentos, como Educação, Seguridade Social, Saúde, auditoria fiscal, Trabalho, Agrária, Ambiental, entre outros. Mesmo que o total de reajuste oferecido semana passada tenha mudado de 21,3% para 10,8%, a diferença está no prazo de pagamento deste aumento. Se antes seria de 2016 a 2019, será de 2016 a 2017. Isso vai permitir que os servidores tenham melhor margem de negociação com o governo daqui a dois anos. “De 2017 para 2018 vamos discutir novas recomposições salariais de acordo com a realidade econômica que o país estará vivendo. Se tivéssemos aceitado a imposição inicial, ficaríamos amarrados por quatro anos. Isso seria extremamente ruim para todo o funcionalismo”, descreveu Sérgio Ronaldo.
Ele contou que desde que o Ministério do Planejamento oficializou a proposta, as bases regionais já começaram a apreciar o documento para que a plenária já tenha o respaldo da decisão de grande parte da categoria. Se a proposta do governo for aceita, os servidores federais vão receber 5,5% de aumento em 2016 e 5% em 2017. São os mesmos índices que já estavam previstos antes da mudança, que excluiu os índices de 2018 e 2019. Os 5,5% representarão um impacto de R$ 15,9 bilhões no Orçamento do próximo ano nas despesas com pessoal.
Fonte: O Dia
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