domingo, 13 de setembro de 2015

FASUBRA - Sem chance de obter reajuste de 27,3%, prioridade agora é restabelecer as consignações aos sindicatos descredenciados

A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) vive um momento delicado na greve desse ano. A entidade ganhou um problema a mais para resolver, graças à inoperância administrativa de alguns de seus sindicatos filiados, que tiveram suas rubricas desativadas e impedidos de realizarem qualquer operação de consignação no SIAPE.
Segundo a FASUBRA, 14 sindicatos de sua base foram arrolados na relação de entidades descredenciadas, são elas: SINTEST/RS, ASUNIRIO, SINTUFPI, SINTUFAL, SINTUFRJ, SINTUFEPE, SINTUFCE, SINTESPB, SINTUFSCAR, SINTUNI/FESP, SINDTIFES/PA, SINTUFSC, SINDUFLA, SINDTEST-PR, estes estão sem terem as mensalidades dos seus filiados descontadas em folha e repassadas às entidades, como também o valor referente a fundo de greve.
Segundo informações de bastidores, a direção da Federação ainda não encaminhou o fim da greve por causa desse impasse, pois se a situação não for regularizada, os citados sindicatos correm o risco de fecharem as portas por falta de dinheiro para se manterem, como também manterem toda a sua estrutura patrimonial, consequentemente a FASUBRA perderá receita, pois os principais sindicatos mantenedores estão incluídos na relação das entidades descredenciadas e isso também coloca os fasubrianos numa situação financeira complicada.  
Na próxima terça-feira (15) o Comando Nacional de Greve (CNG) e os dirigentes da Federação se reunirão mais uma vez se reunião com os representantes do governo, desta feita será no Ministério da Educação (MEC) e o tema, além dos pleitos da pauta específica, terá também o pedido da suspensão do descredenciamento dos sindicatos. Alguns fasubrianos já sinalizam que o problema é de difícil solução, mas não desistirão até que o problema seja sanado.
O descredenciamento dos sindicatos criou para a FASUBRA mais uma demanda a ser negociada com o governo, o problema gerou uma necessidade prioritária, ou seja, nesse momento nada é mais importante do que restabelecer as consignações dos 14 sindicatos filiados, caso contrário  o financiamento do movimento sindical fasubriano estará comprometido.
BREVE HISTÓRICO
Em janeiro de 2014 a FASUBRA participou de uma reunião no MPOG para tratar do tema, as entidades consignatárias também participaram. Na oportunidade foi apresentado o modelo do novo sistema chamado Sistema de Gestão Integrada de Pessoas (SIGEPE). Na época foi informado que o novo sistema iria substituir o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) e outros. 
No mês de agosto de 2014, a Federação convocou uma Plenária Nacional para definir o Congresso da entidade e avaliar a greve daquele ano. Na programação foi incluída uma palestra com a coordenadora geral de cadastro, Meire Lucas e Mônica Bispo, secretária-adjunta de gestão pública do MPOG. As técnicas do governo orientaram as entidades presentes sobre todos os procedimentos para o recadastramento das consignatárias.
Preocupada com o possível descredenciamento de alguns de seus sindicatos filiados, a FASUBRA emitiu um alerta que foi publicado na página da entidade no dia 10 dezembro do ano passado, com a seguinte manchete: “Alerta! Secretaria de Gestão Pública do MPOG dá prazo de 10 dias para entidades apresentarem documentos necessários ao cadastramento como consignatárias. O artigo tratava de um Edital de Notificação da SEGEP publicado no Diário Oficial da União (DOU), no documento estava relacionada todas as entidade com pendências na secretaria do MPOG e estabelecia um prazo para entidades apresentassem os documentos necessários para conclusão do cadastro de entidades consignatárias autorizadas a operar consignações na folha de pagamento do Sistema Integrado de Recursos Humanos (SIAPE). 
Seis meses se passaram desde que a FASUBRA emitiu o alerta, no mês de julho passado os sindicatos notificados sofreram um duro golpe, receberam a informação que foram descredenciados. A Federação fez tudo que esteve ao seu alcance para que as entidades não entrassem na lista de descredenciamento do MPOG, todo esforço não foi suficiente. Hoje 14 sindicatos pagam um preço alto pela sua incompetência administrativa.
Conseguirá a FASUBRA reverter a situação?
Fonte: Ufalsindical

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