Os servidores do Judiciário Federal e do MPU, em todo o país, estão sendo chamados pela Fenajufe e seus sindicatos de base para iniciar mais um movimento grevista em defesa da aprovação dos PLs 6613/09 e 6697/09. Após as paralisações de 24 horas, na semana passada, e de 48 horas nesta semana, o desafio de toda a categoria agora é construir uma greve forte e unificada.
Em reunião na última quarta-feira (28), a Diretoria Executiva da Fenajufe decidiu reforçar a orientação para que todos os sindicatos se organizem, promovendo assembleias, debates nos locais de trabalhos e atos públicos, com o objetivo de deflagrar a greve até o dia 18 de outubro, em todo o país. Na avaliação da Federação, as mobilizações cresceram nas duas últimas semanas, com um maior número de sindicatos participando das paralisações e debatendo com a categoria o início do movimento grevista. Nos dias 27 e 28, conseguiram paralisar os trabalhos os servidores de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Maranhão, Paraíba e Piauí, se juntando aos colegas de Mato Grosso e da Bahia, que estão em greve desde o início de junho. Em Minas Gerais, na quinta-feira (29), houve paralisação de 24 horas e ato público na Justiça Federal.
É importante destacar que os servidores da JF de São Paulo decidiram continuar com as paralisações, deflagrando a greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira [30]. Na Justiça do Trabalho do Amazonas, a categoria já cruza os braços na próxima terça-feira, 4 de outubro. No Rio de Janeiro, os servidores fluminenses paralisam os trabalhos a partir do dia 19. E no Piauí, a greve por tempo indeterminado terá início no dia 20. Vários outros estados já marcaram suas assembleias para discutir o indicativo de greve e até a próxima semana, o quadro nacional deve aumentar, com novas adesões. Além das assembleias, alguns sindicatos continuam com as paralisações, como Minas Gerais, Pernambuco e Mato Grosso Sul, visando preparar a categoria para iniciar o movimento grevista.
Para a diretoria da Fenajufe, embora parte dos deputados da base do governo da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara continue com a postura de obstruir e impedir a votação dos PCSs, a pressão da categoria tem surtido efeito, uma vez que o ministro Cezar Peluso e setores ligados ao governo, como alguns parlamentares, têm se mexido para garantir o processo de negociação. Isso pode ser comprovado com a atuação, esta semana, do deputado Arlindo Chináglia [PT-SP] – relator geral da LOA e do senador Acir Gurgaks [PDT-RO] – relator de receita, que se reuniram com o presidente do STF e na ocasião se comprometeram a ajudar, efetivamente, na interlocução junto ao governo. Nesse encontro, ao que tudo indica, tanto o representante do Judiciário como os dois congressistas demonstraram estar empenhados com a causa dos servidores. E, sem dúvida alguma, um dos motivos desses fatos recentes é a mobilização da categoria, que vem sendo retomada em vários estados e que precisa ampliar, atingindo todo o país nas próximas semanas.
Nesse sentido, é fundamental que nas próximas semanas os sindicatos que ainda não definiram a entrada na greve por tempo indeterminado, ou que ainda não marcaram suas assembleias, façam isso o quanto antes. A Fenajufe orienta que, à medida que forem decidindo o início da paralisação, informem a Federação, pelo e-mail: imprensa@fenajufe.org.br, e enviem fotos das atividades da greve para divulgação na Agência de Notícias. O objetivo é dar a maior visibilidade possível ao movimento, mostrando ao Judiciário e ao governo a disposição de luta da categoria e incentivando aqueles estados que ainda não entraram no movimento.
Fonte: Fenajufe
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