Os trabalhadores dos Correios de Alagoas darão continuidade à greve, após rejeitar a proposta acertada nesta terça-feira (4) entre a direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e a Fentect, federação que reúne os sindicatos brasileiros da categoria. A informação é do presidente do sindicato alagoano, José Balbino. Até as 15h desta quarta-feira (5), outros oito estados também haviam recusado o acordo. São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Acre, Paraíba e em Brasília continuam com os serviços paralisados.
Para que a greve seja encerrada, pelo menos 18 dos 35 sindicatos existentes no Brasil devem acatar a proposta acordada ontem entre a empresa e a Fentect, durante audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A direção dos Correios em Alagoas informou, por meio de sua assessoria, que irá manter o plano de contigenciamento elaborado pela ECT para todo o Brasil. "Vamos continuar deslocando funcionários de setores administrativos para o operacional, até que a greve se encerre", afirmou o assessor de comunicação, Carlos Gonçalves.
Com a manutenção da greve, o processo será encaminhado a um relator do TST e deverá ser julgado pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos na próxima segunda-feira (10).
De acordo com o presidente do sindicato, José Balbino, “a proposta prevê que a empresa devolva o valor correspondente aos seis dias de greve que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar até a próxima segunda-feira. Mas nós não aceitamos esses termos e decidimos manter a paralisação”.
A proposta
O acordo previa o pagamento de aumento real de R$ 80 a partir de outubro – o que antes estava previsto para ser pago só a partir de janeiro. Também tinha sido mantida a proposta de aumento linear do salário e dos benefícios de 6,87%, retroativo a 1º de agosto, mas os trabalhadores abririam mão do abono de R$ 500 que foi oferecido pela empresa.
A proposta também previa que a empresa devolvesse o valor correspondente aos seis dias de greve que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar até a próxima segunda-feira (10). Posteriormente, a empresa poderia fazer novamente o desconto na proporção de meio dia de trabalho por mês. Os outros dias de greve que não foram descontados dos trabalhadores deveriam ser compensados com trabalho extra nos finais de semana e feriados.
Fonte: Tudo na Hora
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