O movimento grevista de estudantes e professores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) se estendeu nos últimos dias da capital, Porto Velho, para o campus de Rolim de Moura e Campus de Guajará-Mirim. Em Guajará-Mirim, estudantes fecharam os portões do campus e fecharam a rodovia estadual 425, que dá acesso à cidade por cerca de uma hora, e reivindicam mais professores para os cursos, limpeza no Campus, segurança, iluminação na parte interna e externa do prédio, acessibilidade, sinalização da BR 425, auditório, livros e biblioteca, complementação nos cursos do Campus, Doutorado no Campus para atender os outros cursos também e Mestrado em outras áreas a letras, técnicos em administração para que os acadêmicos possam ser atendidos na instituição já que hoje há uma precariedade no quantitativo de pessoas trabalhando, infraestrutura, cursos de especialização, alojamento estudantil, restaurante universitário e asfaltamento no Campus.
Situação semelhante ocorre em Porto Velho e Rolim de Moura. Todos os cursos criados pelo Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, lançado pelo Governo Federal, que orientou as Universidades Federais a expandir vagas e cursos agora enfrenta a carência de infraestrutura total: laboratórios, salas de aulas, professores efetivos, acervo bibliográfico, entre outros problemas. Além disso, as obras iniciadas sequer foram concluídas: blocos de salas de aula e construções abandonas, como o Campus do km 15, em Rolim de Moura, com infraestrutura sucateada e sem condições de uso. Mesmo com um imóvel maior, a Reitoria da UNIR anuncia compra de outra área, onde inúmeras denúncias de irregulares vêm a tona.
Todo esse cenário motivou outra reivindicação. A saída imediata do Reitor da UNIR, José Januário de Oliveira Amaral. Os grevistas reivindicam audiência do MEC/SESu em Porto Velho e o afastamento do reitor. Além disso exigem que o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal realize uma Auditoria in loco para verificar possíveis fraudes. Uma campanha no twitter e outras redes sociais exigem imediato afastamento do reitor, no caso da primeira rede, utilizam o termo “#forajanuario” como hashtag, uma ferramenta do microblog que mostra o que está sendo abordado e ajuda a reunir pessoas que estejam debatendo o mesmo assunto. O termo se refere a Januário Amaral, reitor da Unir e alvo de críticas dos grevistas, conforme o Jornal local Folha de Rondônia. O Movimento quer repetir o que ocorreu na Universidade de Brasília (UnB), quando uma manifestação massiva de estudantes e professores pressionou até afastar o reitor por irregularidades.
Nesta segunda-feira, pela manhã, chegam a Porto Velho, estudantes e professores de Rolim de Moura para reforçar o movimento na Capital. Também confirmam a presença representação do Campus de Guajará-Mirim e Ji-Paraná. Segundo algumas fontes, o campus de Vilhena se reunirá na segunda-feira para decidir sobre a Greve e em Ji-Paraná, há descontentamentos. O Campus de Cacoal, sem maiores problemas estruturais, apóia o movimento grevista, sendo que os estudantes do curso de Administração sinalizaram para uma manifestação local, no campus e envio de reivindicações.
Fonte: Notícia da Hora
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