sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Greve Nacional dos Servidores dos Institutos Federais continua por tempo indeterminado

Na última terça-feira, 13 de setembro, em assembleia nacional realizada em Brasília-DF, os servidores dos Institutos Federais confirmaram a decisão da maioria das seções sindicais - aprovaram a continuidade da Greve Nacional por tempo indeterminado.
No IFMT Campus Cáceres (foto), a decisão de continuar a greve foi tomada pela maioria dos servidores presentes na assembleia do dia anterior, 12 de setembro, devido aos entraves encontrados nas negociações entre Comando Nacional de Greve e os representantes do Governo Federal.
A categoria vem tentando negociar com o Governo Federal desde abril de 2011.
Diante da truculência dos representantes do governo e por não terem avançadas as negociações, a greve foi deflagrada em todo país a partir do dia 1 de agosto, chegando a atingir mais de 70% (setenta por cento) da rede federal de educação técnica e tecnológica.
Durante a greve o governo cedeu em alguns pontos, como as 71.580 (setenta e uma mil quinhentos e oitenta) novas vagas criadas para concursos nos próximos anos, que beneficiarão diretamente os estudantes dos Institutos e Universidades Federais.
Também se comprometeu a aumentar os salários apenas dos docentes em 4% a partir de março de 2012.
Os servidores reivindicam 14,67% como recomposição de perdas salariais, considerando o último aumento em julho de 2010. Pela proposta do governo os docentes ficariam praticamente dois anos sem reajuste e os técnicos administrativos três anos, acumulando enorme defasagem nos seus vencimentos.
Fora isso, apenas a intenção do governo em discutir alguns pontos da reestruturação da carreira dos servidores, democratização dos institutos, mas nada de concreto por enquanto, apenas intenções.
A pauta de reivindicações dos servidores inclui ainda alguns pontos que interferem diretamente na qualidade da educação em todo país, como por exemplo: 10% do PIB para a educação e a retirada dos PLPs 248/98 e 549/2009 que permite demissão de servidor público e congela salários e investimentos por dez anos, respectivamente.
Pela intransigência do Governo Federal e para que a educação não funcione apenas pelo sacrifício diário dos profissionais da educação, a categoria decidiu continuar a greve nacional por tempo indeterminado.
Como estratégia do movimento grevista, para dialogar com a sociedade e autoridades sobre as necessidades da Educação Federal Técnica e Tecnológica, o Comando Local de Greve do Campus Cáceres, junto com a Comissão de Educação da Câmara de  vereadores de Cáceres, promoverão no próximo dia 20, às 19 horas, uma audiência pública com o tema Desafios e Perspectivas da Educação Federal Técnica e Tecnológica em Cáceres, sob a Óptica dos(as) Trabalhadores(as). São convidados servidores, pais, estudantes e toda comunidade.
Fonte: Matupá News

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