Acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia (Unir) se reuniram na sede do Diretório Central dos Estudantes (DCE), na tarde de ontem, para assembleia geral, onde foram expostas as insatisfações com a reitoria e obras interminadas que, segundo os acadêmicos, são resultado do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do governo federal, que tem provocado o sucateamento e abandono geral dos campi. Ao final da assembleia foi decretada a greve geral estudantil por tempo indeterminado.
O “comando de greve”, formado por alunos representantes de todos os cursos, mobilizou os participantes que seguiram para a sede da reitoria, localizada no prédio da Unir Centro. Agentes da Polícia Federal cercavam o prédio. “Policia é pra ladrão, pra estudante não”, gritavam os estudantes.
Munidos de cartazes e gritando palavras de ordem, os estudantes exigiam a saída do reitor, José Januário do Amaral. Segundo eles, a desestruturação da universidade vem ocorrendo desde a implantação do Reuni, onde foram aumentadas as ofertas de cursos e vagas, sem que para isso houvesse estrutura física e um número de professores adequado. “Não temos laboratórios, falta água e até papel higiênico nos banheiros”, diz a acadêmica Joice Brandão, representante do DCA.
Ainda segundo Joice, em 2008 a reitoria assinou um termo onde se comprometeu a cumprir as exigências feitas pelos acadêmicos, o que não aconteceu. As obras do Hospital Universitário, parada há anos, também foram cobradas. Um dos pontos citados pelo acadêmico do 8º período de Psicologia, Thiago Sitta, é quanto à clínica de psicologia, que funciona numa sala anexa ao prédio da Unir Centro, onde cerca de 40 estagiários fazem acompanhamento psicossocial da comunidade, e ainda dividem espaço com acadêmicos de outras disciplinas.
Durante assembleia geral realizada na amanhã de ontem, os docentes da Unir deliberaram greve alegando falta de condições de trabalho. As atividades ficam paralisadas até que se resolva questões como contratação de professores e técnicos, construção de salas de aula, limpeza e manutenção dos campi, entre outras questões. A manifestação terminou pacificamente, no início da noite.
A assessoria da reitoria informou que o reitor, Januário Amaral, decidiu não se pronunciar.
Fonte: Diário da Amazônia
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