O comando nacional de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) decidiu, em votação realizada dia 15, pelo retorno das atividades a partir do próximo dia 26, mas a decisão precisa ser referendada, em assembleia pelos sindicatos de cada uma das instituições de ensino. Esta informação foi dada, ontem, pela coordenadora-geral da entidade, Léia Oliveira, ao garantir que “chegamos à conclusão de que a greve já cumpriu seu papel, político e por isso encaminhamos às filiadas a orientação para a saída unificada”, acrescentou. Os técnicos administrativos das instituições federais (Ifes) estão em greve há 110 dias, devem ficar mais 10 dias parados, e durante todo o período, o governo negou-se a estabelecer uma mesa de negociação enquanto a categoria não retornasse ao trabalho.
“O retorno não significa que a luta vai acabar, mas ela segue para um patamar fora da greve. Vamos buscar o governo já que havia a promessa de negociação caso terminássemos a greve”, disse. A categoria reivindicava que o piso salarial fosse reajustado em pelo menos três salários mínimos. Segundo a Fasubra, o vencimento desses servidores atualmente é R$ 1.034. A entidade queria que o reajuste fosse incluído no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2012, que já foi encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional. Léia nega que o movimento tenha saído enfraquecido das negociações.
“Para nós isso não é uma derrota. Quando você entra numa luta tem que estar preparado para ganhar ou perder. Vamos continuar defendendo nossas proposições e, caso não seja possível o reajuste em 2012, vamos pressionar para recuperar esse prejuízo em 2013”, avaliou.
Fonte: Jornal coletivo
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