Com palavras de ordem do tipo “hei seu reitor, saia do seu gabinete e vem aqui conversar com a gente” e “queremos condições para uma boa formação”, cerca de cem acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia se juntou, na manhã desta sexta-feira, ao movimento grevista dos professores em ato de protesto em frente à reitoria, no centro de Porto Velho.
As reivindicações da classe estudantil coincide com a pauta reivindicativa dos professores, contratação de mais professores e técnicos administrativos e de laboratórios, atualização de títulos e obras na biblioteca central, entre outras para livrar o Campus Universitário José Ribeiro Filho do caos que vive atualmente.
Apesar da insistência dos manifestantes, nem o reitor José Januário ou qualquer outro integrante da direção da Universidade Federal de Rondônia se dignou descer as escadas para conversar com professores e acadêmicos.
“Muito pelo contrário, o que o reitor fez foi chamar a Polícia Federal. Mas penso que se alguém precisa de Polícia Federal seja a reitoria, para se explicar quanto às denúncias de desvios de verbas na Fundação Riomar e também pelo sucateamento que vem submetendo a única universidade pública de Rondônia”, disse um estudante do curso de enfermagem, pedindo para não ter o nome citado na reportagem.
Durante toda a manhã, acadêmicos e professores se revezaram no microfone do carro de som contratado pelo movimento, fazendo apelos pela abertura do diálogo da reitoria com a comunidade acadêmica. Mas de dentro do histórico prédio da Unir nenhuma palavra ou mensagem para a sociedade.
Sem nenhum indicativo de abertura de diálogo por parte da reitoria, o movimento grevista que agora coloca do mesmo lado estudantes e professores, promete intensificar as manifestações na próxima semana. Para segunda-feira, está prevista realização de reunião no auditório Paulo Freire, do Campus José Ribeiro Filho, quando docentes e discentes pretendem ouvir a pró-reitoria de planejamento sobre pontos específicos da situação da universidade.
O Campus José Ribeiro Filho está com aparência de uma cidade fantasma, A aparência dos blocos é a pior possível e, ao adentrar a um desses pavilhões constata-se que a situação é ainda pior: banheiros quebrados, sem água ou papel higiênico, falta de iluminação e reforma na estrutura física. Para completar o clima de abandono, o Campus da Unir é assolado por nuvens de mosquito e fumaça do lixão que fica nas imediações.
Conheça a pauta de reivindicação dos professores da Universidade Federal de Rondônia, a seguir:
Fonte: Vilhena Hoje
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