Os alunos denunciaram a falta de bolsas para os estudantes, sucateamento dos laboratórios, falta de equipamento e professores na sala de aulas, atraso nas obras das casas de estudantes (CEU), entre outros.
Durante o movimento, os estudantes Josiane Sueli Beria e Marcelo Guedes, ambos do curso de Psicologia, revelaram a dificuldade para conseguirem as bolsas (permanência, auxílio-moradia, auxílio-alimentação) ofertadas pela UFMT. Os universitários vieram de outros estados (Rio Grande do Sul e São Paulo, respectivamente) e estão passando dificuldades para se manterem em Cuiabá.
“Meu pai ganha R$ 1500 por mês para sustentar uma família de quatro pessoas. Estou há seis meses aqui em Cuiabá e até agora não consegui nenhuma das bolsas de auxílio oferecidas pela UFMT. E o pior, a administração da universidade não dá nenhum justificativa para o fato. Vão esperar que alunos passem fome?”, questionou indignada Josiane.
O protesto começou às 9h30 em frente a praça do Restaurante Universitário, os manifestantes seguiram pelos blocos da UFMT em direção a Avenida Fernando Côrrea e retornaram até a reitoria da Universidade onde ocuparam uma das salas de reunião. Temorosa com o ato, a reitoria Maria Lúcia Cavalli Neder propôs que um debate fosse realizado com a categoria no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ICS). Após o início das discussões, guardas da polícia militar foram convocados até o local.
Apesar das mais de 5 horas de conversa, até o momento a reunião ainda não finalizou. Caso os estudantes não tenham suas exigências atendidas, a categoria continuará acampada no prédio da reitoria.
A pauta dos universitários conta com 20 reinvindicações, entre elas: ampliação da assistência estudantil (aumento das bolsas permanência, auxílio-moradia, auxílio-alimentação e do número de vagas na casa dos estudantes), investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública, abertura do Restaurante Universitário durante todos os dias da semana (com café da manhã), compra de equipamentos para laboratórios, melhoria na acessibilidade e estrutura para os portadores de necessidades especiais.
Fonte: Rádio Progresso
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