Os 497 servidores do Hospital Universitário de Dourados ainda não aderiram ao movimento grevista da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que começou ontem. A paralisação deles será de forma gradativa, em cada setor. Comissão de greve formada por seis técnicos administrativos, sendo dois da UFGD unidade I, dois da UFGD unidade II e dois do HU está mapeando todos os setores do hospital para verificar quais deles poderão ser paralisados.
A greve iniciada pelos 300 técnicos administrativos da UFGD já deixa em tensão a administração do HU, que é gerenciada pela universidade. A preocupação é quanto os atendimentos hospitalares e de cirurgias que poderão ser reduzidos ou adiados por um tempo maior.
Como ainda não está definido em qual setor a greve inicia no HU, a administração do hospital ainda tomou providências emergenciais. “Sabemos que o HU é uma unidade que atende não só Dourados como toda a região sul do Estado. Por isso o movimento grevista está agindo de forma pacífica, que não venha prejudicar a população”, disse Franz Maciel, um dos coordenadores do Sindicato dos Técnicos administrativos da UFGD.
Segundo ele todas as medidas a serem tomadas pela comissão de greve serão repassadas com antecedência à administração do HU. A medida visa preparar o hospital a estudar medidas de precaução quanto ao setor que poderá ser paralisado ou ter os serviços reduzidos.
O quadro de técnicos administrativos do HU é diferente da UFGD. No hospital ele é formado por médicos e os demais profissionais da área da saúde, bem como de atendentes e funcionários do serviços gerais. Fica de fora somente os médicos concursados pela Faculdade de Medicina da UFGD e que por ventura prestam serviços no HU.
Já na UFGD o quadro de técnicos administrativos compõe somente os servidores da área administrativa e não envolve nenhum professor. Entretanto a paralisação dos técnicos pode influenciar diretamente no andamento letivo, principalmente nas aulas práticas, onde os laboratórios são administrados pelos técnicos administrativos.
Os servidores técnicos administrativos das universidades federais de todo o país reivindicam reajuste salarial, piso de três salários mínimos, step de 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no anexo IV (ampliação da tabela da carreira), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira das áreas administrativas e dos Hospitais Universitários, e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas.
A mobilização da greve é nacional e teve início em 6 de junho, a partir de deliberação nacional em Brasília pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
Fonte: Folha do MS
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