Meta é lutar por 10% do PIB para a educação. Várias reitorias foram ocupadas e movimento é nacional
Descontentes com a atual situação da educação no Brasil, estudantes de diversas universidades federais se mobilizam por todo o país. Somados aos servidores federais, em greve desde junho, e aos professores, os estudantes reivindicam melhora em infraestrutura, assistência estudantil, construção de restaurantes universitários e alojamentos, entre outros problemas que caracterizam o ensino público superior brasileiro.
Todas as manifestações têm uma pauta em comum: falta de investimento necessário para a qualidade das universidades. Para a mudança deste quadro, os estudantes reivindicam um investimento de 10% do PIB em educação. No Plano Nacional de Educação em tramitação na Câmara (PL 8035/10), o governo federal anuncia uma meta mínima de investimento de 7% do PIB a ser alcançada até 2020. Os estudantes afirmam que a medida não é suficiente diante das demandas.
Nos últimos dias, estudantes ocuparam reitorias de universidades federais na Bahia, em Santa Catarina, no Paraná e no Espírito Santo. Na Universidade Estadual de Maringá, houve ocupação batizada de “Manuel Gutierrez Reinoso”, estudante morto pela repressão às recentes manifestações no Chile.
Em algumas universidades, ocupações são feitas com a participação de funcionários e professores. Além do coro pela aplicação de 10% do PIB para a educação, afirmam que a criação de fundações de direito privado flexibiliza as relações entre o que é público e o que é privado.
Na Universidade Federal Fluminense (UFF), os estudantes denunciam a existência de diversos cursos de graduação que são pagos. Na quarta-feira 31, cerca de 600 estudantes participaram da sessão do Conselho Universitário e de lá partiram para a ocupação da reitoria. Além da pauta comum com estudantes de outras instituições, o protesto da UFF incluiu a luta contra a construção de duas vias planejadas pela prefeitura de Niterói: uma delas, segundos os estudantes, passará por dentro da área da universidade e, além de descaracterizar o campus, irá desabrigar mais de 80 famílias.
Fonte: Adufrj

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