domingo, 11 de setembro de 2011

Carta ao Comando Nacional de Greve - FASUBRA

Estamos passando por um momento diferente e delicado em nossa greve, momento que merece fazermos uma autorreflexão sobre o verdadeiro propósito de estarmos aqui. Nestes 100 (cem) dias de batalha, os companheiros, bravamente, estiveram empenhados na luta contra o descaso do governo em não querer negociar com a categoria, governo pelo qual, incansavelmente, trabalhamos para elegermos.
Chegou a hora de provarmos que o nosso movimento é legítimo, como também, as nossas reivindicações. Esse é o momento de formarmos uma frente de resistência contra o descaso e a falta de respeito para com os trabalhadores e trabalhadoras das universidades federais de todo País. Sabemos que muitos já desistiram de lutar, alegando que fomos derrotados. Não podemos nos dar por vencidos, porque o Superior Tribunal de Justiça, liminarmente, nos concedeu uma vitória histórica sobre o Palácio do Planalto.
É preciso continuar em greve, para juntos, taticamente, traçarmos novas estratégias para a próximo investida dentro nosso movimento. Esse não é o momento, politicamente correto, de sairmos.
A greve deve continuar porque mesmo que tenhamos de negociar, teremos tempo para traçar novos objetivos de combate, pois esse governo já provou que quer nos desmoralizar, nos massacrar, nos vencer pelo cansaço. Não devemos desistir, pelo contrário, devemos persistir e não permitir que este governo nos coloque numa cova, sepultando para sempre nossa história de lutas e conquistas, outrora, alcançadas ao longo destes anos.
Portanto, devemos trabalhar, urgentemente, uma nova dinâmica dentro do Comando Nacional de Greve para darmos sustentabilidade às bases. Diante desse novo quadro propomos:
1. Intensificar as nossas atividades de greve, criando mecanismos que possam fortalecer o movimento. Cabe a cada um de nós, tomar para si à responsabilidade de condução deste processo de continuidade do movimento grevista em cada universidade, apresentando às bases a importância de resistir às ofensivas do governo.
2. Melhorar a nossa comunicação com as bases, oferecendo todos os recursos que a internet nos proporciona através dos sites de relacionamentos. As pessoas querem interagir, apresentar o seu ponto vista em relação a vários temas. Pois somente assim conseguiremos construir uma relação de confiança.
3. Realizar visitas aos Estados com o objetivo de apresentar as bases, a nova realidade de enfrentamento, colocando a importância da unidade na construção da luta.
4. Acionar a justiça e pedir indenização pelos reajustes que não recebemos ao longo dos anos, pois temos o direito à reposição das perdas impostas pela inflação. 
A correção monetária anual dos servidores públicos está prevista no inciso X do artigo 37 da Constituição Federal e regulamentada através da Lei 10.331, de dezembro de 2001.
O governo está sonegando aos servidores a reposição dos índices de inflação, auferindo para si vantagem indevida. Portanto, a atitude da Presidenta Dilma em não garantir no orçamento nenhum aumento para categoria, é uma atitude autoritária e antidemocrática que fere a Constituição Federal.
Portanto companheiros, devemos insistir e persistir nessa luta desigual contra o grande Golias (governo).

Brasília, 10 de setembro de 2011.

José Roberto Marinho da Silva
Universidade Federal de Alagoas
Comando Nacional de greve
José Moysés Ferreira
Universidade Federal de Alagoas
Comando Nacional de Greve

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