Manifestantes da Fasubra ocuparam o plenário para impedir a votação do projeto na comissão especial.
A votação do projeto que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (PL 1749/11) foi adiada para esta quarta-feira, às 14h30. Dezenas de manifestantes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) ocuparam o plenário onde ocorreria a reunião da comissão especial que analisa a proposta, nesta terça-feira.
Em greve há três meses, os trabalhadores consideram a criação de uma empresa para administrar os hospitais universitários uma privatização disfarçada. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), principal interlocutora do grupo, informou que vai tentar convencer outros deputados da comissão especial que analisa a matéria a votar contra o projeto.
Para ela, o temor de uma privatização se justifica. “Na verdade, é uma empresa pública na sua natureza formal, mas as subsidiárias são privadas. Então, essa natureza híbrida mudará substancialmente e isso poderá acarretar uma priorização de convênios, de relações privadas”, analisou.
Modelo híbrido
O dirigente da Fasubra, Pedro Rosa, afirmou no debate que os hospitais universitários que já adotaram esse modelo híbrido privilegiam o atendimento de pacientes com plano de saúde. “Você imagina hoje, quando já morre muita gente nos corredores de hospitais. Tem gente que passa meses e meses para fazer um exame e não consegue ser atendido. Se você tiver que atender para plano de saúde, vai prorrogar mais ainda o atendimento de quem não tem. É uma experiência que a gente já vive", relatou.
O presidente da comissão especial, deputado Rogério Carvalho (PT-SE), informou que fará a reunião de hoje no maior plenário das comissões para permitir que os sindicalistas acompanhem a votação do projeto. Ele afirmou, no entanto, que não vai aceitar manifestações desrespeitosas. “Como presidente da comissão, tenho que fazer cumprir o Regimento Interno da Câmara e garantir que os deputados possam se manifestar livremente. Na reunião anterior, algumas pessoas se manifestaram de forma desrespeitosa durante a fala do relator do projeto de lei”, disse. O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) relata a proposta.
Fonte: Agencia Câmara
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