quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Impasse entre governo e servidores prolonga greve nas federais


Servidores técnico-adminisrativos das universidades federais, em greve desde o dia 6 de junho, não pretendem voltar ao trabalho. O coordenador da Federação dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Luiz Antônio de Araújo Silva, afirmou quarta-feira (24), que enquanto o governo não apresentar uma proposta para a categoria, o movimento vai continuar. "Eles (governo) apostam em um desgaste da greve, e nós apostamos no crescimento do nosso movimento, por isso não vamos ceder", disse.
Segundo o Ministério do Planejamento, nenhuma proposta de reajuste será apresentada à categoria, que teria iniciado a greve sem antes negociar com o governo. Já a Fasubra afirma que desde 2007 os servidores tentam negociar as propostas de reajuste salarial e de melhoria no plano de carreira, sem nenhum indicativo de apoio do governo. "Somos a entidade que mais conversou com o governo, foram mais de 40 reuniões com o ministério. Faz quase quatro anos que estamos tentando negociar", diz Silva.
Segundo ele, a categoria não é valorizada. "O ministério fala a mesma coisa desde o início da nossa greve, que não vão negociar. A conversa é a mesma e a nossa resposta é a mesma também: vamos continuar em greve", afirmou o coordenador da Fasubra. Segundo ele, 47 universidades federais aderiram à mobilização.
Apesar de não terem ligação direta com o trabalho desenvolvido em sala de aula, os servidores são responsáveis por atividades administrativas importantes, como o processamento das matrículas. Em muitas instituições, o funcionamento dos restaurantes universitários e das bibliotecas está suspenso. Entre as reivindicações da categoria, está o reajuste do piso salarial em pelo menos três salários mínimos. Segundo a entidade, o vencimento desses servidores hoje é R$ 1.034.
Justiça determina expediente mínimo
O ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou no dia 5 de agosto que sejam mantidos em atividade pelo menos 50% dos servidores técnico-administrativos das universidades federais, sob pena de multa diária de R$ 50 mil contra a Fasubra e as entidades filiadas que comandam a greve nacional da categoria. Segundo a Fasubra, uma liminar foi apresentada ao STJ, que ainda não julgou o mérito.
Fonte: Portal Terra

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