Os estudantes da Ufes, que deflagraram uma greve estudantil após assembleia realizada na sexta-feira (26), iniciaram o movimento de mobilização nesta segunda-feira (29) com o fechamento da entrada para carros na universidade. A programação do movimento conta com debates sobre a privatização do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) e as carências dos estudantes, reflexo dos baixos investimentos na universidade.
A greve estudantil, dos servidores técnico-administrativos (que já dura dois meses) e a possibilidade de greve dos professores da instituição podem gerar impacto na pesquisa eleitoral, caso haja a paralisação total. A probabilidade de acontecer, no entanto, é pequena e o primeiro turno de votações segue marcado para o dia 15 de setembro. De acordo com o presidente da Comissão Eleitoral da universidade, Vitor Noronha, qualquer atividade que ocorra em prol da mobilização da comunidade acadêmica aumenta a presença nas urnas.
Nesta segunda-feira, além do fechamento da entrada para carros na universidade, os estudantes também promovem debates e atos na instituição. Eles defendem, dentre outras reivindicações, que o Restaurante Universitário (RU) forneça alimentação gratuita durante e até o fim da greve dos servidores. O pleito também é partilhado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Ufes (Sintufes).
Além disso, eles pedem também melhorias na infraestrutura, contratação de professores, alimentação para as crianças e ampliação das vagas no Centro de Educação Infantil Criarte; melhorias e mais investimentos para a política de permanência na universidade; funcionamento de todos os serviços da UFES, como secretarias, colegiados no período da noite, após o fim da greve dos servidores.
A paralisação dos estudantes vai até quarta-feira (31) com um ato público saindo do campus de Goiabeiras, em Vitória, e uma assembleia comunitária com alunos, servidores e professores.
Os professores da Ufes, representados pela Associação de Docentes da Ufes (Adufes), aprovaram em assembleia na sexta-feira (26) o indicativo de greve da categoria para o dia 5 de setembro, quando os docentes devem realizar uma nova assembleia geral para decidir pela deflagração ou não da greve desta data.
Para os professores, o governo federal recuou na proposta já insatisfatória para a categoria e por isso foi decidido o indicativo de greve já com data definida, além de uma manifestação em conjunto com os técnico-administrativos e estudantes.
Fonte: www.seculodiario.com.br
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