Além do aprofundamento da crise econômica, o primeiro semestre do governo Dilma vem marcando uma linha política de aprofundamento das ambiguidades existentes nos governos anteriores. Isto significa mais cortes em gastos sociais e em políticas estruturantes para o país, destinando-se mais recursos ao equilíbrio dos humores do mercado financeiro.
Aos poucos, os trabalhadores, servidores públicos e movimentos sociais vão acordando da letargia e ampliando o coro dos descontentes. A partir deste quadro, nós, docentes das IFES do país, estamos em processo de mobilização, engrossando a Jornada Nacional de Lutas que ocorre ao longo deste mês de agosto em todo o Brasil. Desta jornada participam diversos segmentos da sociedade civil organizada, confederações e federações de sindicatos, além de movimentos sociais como o MST. Nesta luta em comum, defendemos a Educação, a Saúde e a Previdência públicas como direito de todos e, particularmente, os HU’s como autarquias públicas vinculadas ao MEC e às Universidades, contrários ao processo de privatização e sucateamento que tentam lhes impor. Portanto, combatemos todo tipo de discriminação e opressão, privatização do patrimônio público e precarização do trabalho em geral, dentre outros pontos da pauta mais ampla.
Dentre os principais pontos de negociação da pauta específica dos docentes das IFES, reivindicamos o aumento do piso remuneratório atual, de R$ 1.536,46, para R$ 2.194,76 (20 horas), incidindo em acréscimo geral para todas as classes e níveis; a incorporação de gratificações ao vencimento básico; a paridade e integralidade dos salários dos atuais e dos futuros aposentados; a eliminação de todas as formas de precarização do trabalho docente, tais como: aumento do número de aulas, incidindo no percentual da relação professor/aluno; eliminação do padrão produtivista, que reforça a competição e reduz a qualidade da produção acadêmica; a desestruturação e fragmentação da carreira pública do Magistério Federal. Além disso, nós docentes da UFAL também lutamos pela melhoria e ampliação da infra-estrutura já existente, bem como criação de novos espaços e prédios, particularmente nos campi e pólos do interior.
Até o momento, o Governo Dilma tem se mostrado irredutível nas negociações da nossa pauta de reivindicações, levando a categoria à construção de uma greve em âmbito nacional, em que algumas seções sindicais já a deflagraram e outras estão em processo. Nesse sentido, a ADUFAL reunida em assembleia, no dia 23/08, aprovou indicativo de greve para o dia 31/08/2011. Por isto, é indispensável o engajamento de todos.
Fonte: Adufal
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