quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Greve paralisa 50% institutos federais

Mais da metade dos campi dos institutos federais e dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) estão sem aula. A greve de professores e funcionários começou no início do mês, com a volta das aulas, e a adesão tem crescido. Dos 403 câmpus do País, 220 estão com as atividades paralisadas - total ou parcialmente -, segundo o sindicato dos servidores da categoria, o Sinasefe.
Dentre os motivos da greve estão a reivindicação salarial, a reclamação por falta de infraestrutura básica de funcionamento de várias unidades e a posição contrária dos servidores à expansão da rede federal de ensino.
Na Paraíba, segundo o sindicado, os 9 câmpus estão parados. Em Alagoas, a situação é parecida, assim como em São Paulo e em Goiás - há paralisações, de acordo com o sindicato regional, nos câmpus das cidades de Uruaçu, Anápolis, Formosa, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Rio Verde, Urutaí e Goiânia.
Temos câmpus funcionando no mesmo espaço em que já existe um albergue”, diz Nilton Gomes Coelho, presidente do sindicato do Estado de Alagoas.
Por lá, diz Coelho, todos os câmpus têm focos de paralisação, a maioria com 90% das atividades paradas. Alguns deles funcionam em prédios sem laboratórios e com frequentes quedas de energia e falta de água.”Isso acontece porque criaram o instituto, mas não construíram estrutura nenhuma, fomos colocados em prédios adaptados”, afirma.
Os 38 institutos federais foram criados em 2008, com a finalidade de oferecer ensino médio agregado à formação técnica, além de cursos superiores. Eles atendem 420 mil alunos e a rede vai aumentar: deve chegar a 600 mil matrículas em 2014 (leia mais nesta página).
Os sindicatos afirmam não ser contra a expansão, mas reivindicam uma infraestrutura melhor e mais servidores. “A expansão é promissora e valorizou o ensino, mas falta assistência”, diz Rosane de Sá, coordenadora do sindicato dos servidores de Goiás.
A falta de docentes concursados também afeta a qualidade do ensino, segundo os sindicatos. “Precisamos mais concursos para efetivar mais docentes”, diz o professor Laerte Moreira, do sindicato paulista.
A greve afeta a vida dos alunos. Victor Gaspar estuda no Instituto Federal de São Paulo e, desde o início do semestre, só tem as aulas dos professores temporários, que não podem aderir à greve. “Tenho aula de matemática e química, mas não a de física e nem a de eletricidade básica”, disse ele, que é aluno do ensino médio integrado à mecânica.
Salários. A questão salarial está em parte ajustada. Na sexta-feira passada, dia 26, foi assinado um acordo entre os Ministério do Planejamento e da Educação com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Os professores aceitaram 4% de acréscimo, mas afirmam que a proposta não recupera as perdas salariais dos últimos anos e pedem a retomada das negociações - a reivindicação é de 14,67% de reajuste. A questão do reajuste dos funcionários é mais complexa porque ainda não há acordo e a data-limite para envio do orçamento a ser votado pelo Congresso é amanhã, dia 31.
Fonte: Veja

Um comentário:

  1. Gostaria de saber como fica a situação dos alunos que estão cursando o terceiro anoe pretendem engressar na facudade no final do ano, pois dois meses de greve vão mudar o calendario desses alunos que farão provas de facudade enquanto perdem aula e como engressar na faudade se essa greve durar mais que o previsto.

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