quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Líder de protestos de estudantes no Chile veio a Brasília e defendeu a educação pública

Aluna do curso de geografia na Universidade do Chile, Camila Vallejo é uma das principais líderes do movimento estudantil daquele país, onde desde junho ocorrem protestos quase diários em defesa de uma reforma no sistema educacional. Ela deixou por um dia o comando das atividades em Santiago para participar hoje (31) da Marcha dos Estudantes, organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília.
O impasse dos estudantes chilenos com o governo daquele país já dura três meses e conseguiu mobilizar outros setores da sociedade. As últimas paralisações foram consideradas as mais intensas desde a redemocratização do país com o fim do governo do presidente Augusto Pinochet (1973-1990). Em um dos últimos protestos, um estudante de 14 anos morreu após ser atingido por uma bala. A suspeita é que o tiro tenha partido de policiais. A principal reivindicação dos estudantes é a mudança no modelo de ensino, que é em grande parte administrado pelo setor privado.
Na educação básica, o governo é responsável por uma parte menor dos estabelecimentos de ensino e financia a matrícula do restante da população em escolas privadas. Dos 3,4 milhões de matrículas da educação básica, metade está nas escolas subvencionadas – o restante fica nas públicas ou é custeado pelas próprias famílias em instituições particulares. Mesmo nas universidades públicas, os estudante têm que pagar taxas anuais e matrículas. O governo banca apenas parte dos estudantes. Ainda assim, nas avaliações internacionais como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Chile sempre ocupa posições de destaque entre os países da América Latina pelos bons resultados alcançados.
Camila Vallejo na Marcha dos Estudantes
Camila retorna para o Chile ainda hoje, mas antes se reúne com parlamentares no Congresso Nacional e com a presidenta Dilma Rousseff. Em entrevista à Agência Brasil, ela avalia o movimento estudantil na América Latina e diz que seu ídolo político é Salvador Allende, ex-presidente chileno fundador do Partido Socialista e deposto pelo golpe militar liderado por Pinochet em 1973.
Agência Brasil: Quais são as principais demandas dos estudantes chilenos que levaram aos protestos intensos nos últimos meses?
Camila Vallejo: O problema é que no Chile se impôs na década de 80 um modelo de educação de mercado que já tem 30 anos de vida, mas que tem sido um sistema perverso, cujo principal objetivo é aprofundar as desigualdades. É um modelo que entende a educação como um bem de consumo e não como um direito universal. O Estado hoje não assume a educação, não a financia. Quem financia a educação chilena são as famílias: entre 80% e 100% dos custos com educação, em especial a superior, recaem sobre a família. E isso aprofundou as desigualdades porque nem todas as famílias têm capacidade de pagar, e o único benefício oferecido pelo Estado é um sistema de financiamento que aprofundou o endividamento exagerado das famílias. O que estamos revindicando é a volta de um modelo central que sustente o modelo educacional de muitos países que entendem a educação como um direito e, portanto, tem que ser devidamente financiada pelo Estado. Um modelo que pense um desenvolvimento harmônico do país e isso passa não somente pela garantia do financiamento de um sistema público, mas também pela construção de um sistema que sirva à democracia, com valores pluralistas em que haja a verdadeira integração social.
ABr: Nas avaliações internacionais o Chile sempre se destaca entre os países da América Latina pelos bons resultados alcançados. Por que há então a necessidade de mudança desse modelo?
Camila: O relatório da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que aplica o Pisa] aponta que somos o país em que há mais desigualdades nas oportunidades de ingresso e chama a atenção para um modelo educacional que está particularmente focado na lógica de mercado. Essa é uma realidade que se expressa no Chile. Efetivamente, não somos um modelo exemplar. Temos um modelo de 30 anos que fracassou ao perpetuar a desigualdade, a má qualidade do ensino, a falta de oportunidades e a frustração. Dizemos basta e queremos mostrar não apenas à sociedade chilena em em seu conjunto que o modelo é perverso, mas também ao mundo inteiro e particularmente à América Latina, para que não se guiem pela falsa expectativa que se tem em relação a ele.
ABr: Então a ideia que se tem de que a educação no Chile é de qualidade não é verdadeira?
Camila: Em absoluto. No sistema terciário de educação superior a Universidade do Chile não está entre as melhores, não é uma referência mundial entre as instituições públicas. A educação básica e média [equivalente à educação infantil, ao ensino fundamental e médio no Brasil] é uma vergonha. Antes do golpe militar, o nosso sistema tinha qualidade reconhecida e era público, era gratuito. Mas, depois da ditadura, a educação básica e média se municipalizou, isso produziu uma alta segmentação socioeducativa, má qualidade, problemas de financiamento. E na educação superior também, ampliou-se a matrícula no setor privado sem nenhum tipo de regulação e o sistema público ficou subfinanciado. Isso foi deteriorando significativamente a qualidade e a visão institucional da educação como bem público. O Chile na verdade não é um exemplo de modelo educacional. O Estado não foi responsável e o setor privado tampouco conseguiu garantir uma educação de qualidade.
ABr: No Brasil, o movimento estudantil não é capaz de mobilizar a sociedade pela causa com a força dos protestos que ocorrem no Chile. Por que na sua opinião as manifestações no seu país ganharam tanta força?
Camila: Eu creio que no Chile se vive um estágio social que pode ou não ter relação com o que se vive no resto do mundo. Particularmente no Chile, os movimentos sociais não conseguiram avançar nas demandas sociais. Os movimentos foram sendo comprimidos e acumularam uma frustração. De alguma forma, o país vive um descontentamento muito grande dos cidadãos em geral – e não só dos estudantes – que se acumulou por muito tempo. O que acontece é que no Brasil, pelo que sabemos, os movimentos sociais nos últimos anos conseguiram alguns avanços e isso permitiu que de alguma forma não se acumule essa frustração. Ainda que as conquistas tenham sido pequenas, foram alcançadas. No Chile, não.
ABr: Em julho, o então ministro da Educação do Chile, Joaquin Lavín, que caiu depois do início dos protestos, esteve no Brasil para conhecer o modelo do Programa Universidade para Todos (ProUni), que distribui bolsas de estudo em universidades particulares a alunos de baixa renda. Você acha que seria uma alternativa interessante para o sistema de ensino chileno?
Camila: O problema no Chile não é de cobertura. Temos problemas de inequidade e acesso, mas a cobertura é bastante alta. Temos projeção para ampliar o atendimento, mas isso necessariamente tem que passar por critérios de equidade, permitindo aos setores mais vulneráveis que ingressem na educação. Isso se requer um sistema de financiamento que não gere endividamento para as famílias. Mas não é tão simples. No Chile, temos que ampliar a cobertura com critérios de equidade, mas também definir a institucionalidade [do sistema de ensino superior]. Porque muitos dos setores mais vulneráveis ingressam no ensino superior com apoio do Estado em instituições privadas que não têm garantia de qualidade nem de participação em organizações estudantis, não são pluralistas, não fazem pesquisa. Quando saem da universidade, por exemplo, esses estudantes não trabalham na área em que se formaram porque os cursos não têm conexão com o mercado de trabalho. Isso gera a frustração nas famílias. De alguma forma, o Chile precisa definir uma institucionalidade na regulação. O sistema privado não está regulado, é um sistema que lucra com altíssimas mensalidades e que é de má qualidade.
Fonte: Jornal do Brasil

Marcha dos estudantes em Brasília

A União Nacional dos Estudantes (UNE) está com representantes em Brasília para pedir mais investimentos para a área de educação. Depois de realizar uma marcha na região central da cidade, os estudantes esperam ser recebidos, nesta tarde, no Congresso Nacional e também pela presidenta Dilma Rousseff.
A UNE disse ter reunido 10 mil estudantes no protesto, que percorreu as ruas desde o Banco Central até a Esplanada dos Ministérios. Mas, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a marcha reuniu cerca de 3 mil pessoas.
Os estudantes reivindicam a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a educação, o investimento de 50% do fundo do pré-sal e redução de juros. "O Brasil vive um momento importante, vem se destacando como uma forte economia. Neste momento, investimentos em educação são prioritários para o desenvolvimento do país", disse o presidente da UNE, Daniel Lliescu.
O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Yann Evanovick, que veio do Amazonas para apoiar o movimento, destacou a necessidade de mais assistência estudantil, melhoria nas escolas e universidades. Ele também chamou a atenção para a evasão escolar no ensino médio. "Hoje, 50% dos jovens que estão no ensino médio abandonam os estudos, ou seja, milhares de estudantes deixando as escolas", disse Evanovick.
Os estudantes reivindicam ainda melhor remuneração para os professores e ampliação das vagas nas universidades públicas. O pernambucano Ângelo Raniere, diretor na UNE, disse que, além de ampliar as vagas no ensino superior, o governo precisa garantir estrutura adequada para a educação.
A estudante Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh), ativista nos protestos estudantis chilenos que reuniram milhares de estudantes nos últimos dias, também participou da marcha. Camila veio ao Brasil com objetivo de elaborar uma agenda política com a UNE. Ela quer alertar sobre as violações dos direitos humanos e sobre a falta de democracia no Chile.
Para Lliescu, além de apoiar os estudantes chilenos nas questões relativas aos direitos humanos, o movimento estudantil brasileiro pode trocar experiências com o Chile. "Há algo em comum na luta estudantil dos dois países, que é a grande participação do setor privado do ensino superior. Defendemos a regularização do ensino superior privado, é preciso garantir uma educação de qualidade", observou.
Fonte: Jornal do Brasil



Docentes da Ufal decidem cruzar os braços

Numa votação apertada, 113 contra 99, os docentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram pela deflagração da greve. A decisão foi tomada durante assembleia da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), ocorrida na manhã de hoje, na Tenda da Cultura Estudantil, no Campus A. Simões.
A assembleia que estava programada para acontecer no auditório da Faculdade de Medicina (Famed) foi transferida para a Tenda da Cultura Estudantil porque pela manhã o campus estava sem energia.
Professores, técnicos administrativos e alunos lotaram o local. A assembleia foi bastante tumultuada. Os ânimos das pessoas ali presentes lembravam os momentos de debate das eleições para reitor da Ufal. Muitas palavras de ordem podiam ser ouvidas.
A categoria questionava o acordo firmado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), ao qual a Adufal é filiada, e pelo Fórum de Professores das Instituições de Ensino Superior (Proifes) com o Governo Federal, na última sexta-feira (26/8), em Brasília.
Antes de definirem a deflagração da greve, os professores fizeram uma votação para saber quantos eram contra ou a favor do acordo firmado pelo Andes-SN e Proifes com o secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPog), Duvanier Paiva. A favor do acordo se posicionaram 77 docentes e contra, 121.
A Assembleia da Adufal reuniu 176 professores. A próxima assembleia ficou agendada para a próxima terça-feira (6/9), às 9h30, no auditório da Famed/Csau.
Fonte: ADUFAL

Professores não aceitam proposta do Governo e aulas na UFAL estão suspensas por tempo indeterminado

Foi deliberada no fim da manhã desta quarta-feira (31), pelo corpo docente da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) a paralisação das aulas por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após uma assembleia da categoria campus A.C Simões, que contou com a presença de 200 professores.
A deflagração da greve atingirá mais de 15 mil estudantes em todos os campus da universidade espalhados pelo Estado. Professores das unidades do interior e que estiveram na assembleia que começou às 10h, aderiram ao movimento.
De acordo com Antonio Passos, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), a expectativa é que os demais profissionais dos campi de Viçosa, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Penedo e Arapiraca também entrem em greve.
Apesar do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) ter chegado a um acordo com o Governo Federal para as pautas de reivindicações nacionais, em Alagoas os professores decidiram não acatar o acordo. Os docentes exigem uma política salarial permanente, já com o valor corrigido da inflação, além da valorização do salário base da categoria. A decisão dos professores será informada ainda hoje a Reitoria por meio de ofício.
Ainda sem data definia, uma nova assembleia será marcada para definir quais as próximas ações da greve. Agora os professores se juntam aos técnico-administrativos que já estão com as atividades paralisadas há cerca de três meses.
Em seu site, a ANDES-SN divulgou o documento que ralata os motivos de ter acatado o acordo com o Governo Federal (4% de aumento), mesmo que este não tenha atendido pontos específicos exigidos pela categoria, entre eles o reajuste salarial de 14,6 % para o ano de 2012.
Fonte: Primeira Edição

Professores da Ufal entram em greve por tempo indeterminado

Os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (31), por greve geral. A reunião aconteceu na tenda cultural, que fica localizada no Campus A.C. Simões, no bairro do Tabuleiro do Matins, em Maceió.
Pela decisão, as aulas estão suspensa a partir da tarde desta quarta-feira (31) por tempo indeterminado e deve atingir cerca de 15 mil alunos em todo Estado. Os docentes não concordaram com a proposta do Governo Federal de 4% de reajuste.
De acordo com Antonio Passos, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), a expectativa é que todos os professores das unidades do interior também entrem em greve.
A reunião, que contou com a presença de cerca de 200 professores, decidiu pela paralisação em duas votações. Uma para decidir sobre a proposta do Governo e a outra para decidir sobre a greve. Ainda sem data definia, uma nova assembleia será marcada para definir quais as próximas ações da greve.
Agora, os docentes se unem aos servidores administrativos da Ufal, que desde junho, já tinha decidido aderir ao movimento nacional de paralisação da categoria por tempo indeterminado.
Fonte: Aqui Acontece

Encontro dos Servidores Públicos Ativos,

O Comando Nacional de Greve reafirma a orientação anteriormente divulgada (IG2011 AGO10), para que as entidades de base participem da atividade que está sendo organizada pelo Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas – MOSAP. O evento será realizado em auditório com capacidade para 500 pessoas e serão também desenvolvidas atividades no Congresso Nacional.
PEC 555/2006 - que prevê a revogação do artigo 4º da EC 41/2003 e, conseqüentemente, a extinção da contribuição previdenciária para aposentados e pensionistas.
PEC 270/08: volta a garantir aposentadoria integral para os que se aposentam por invalidez permanente.
Inscrições: instituto@mosap.org.br e mosap@mosap.org.br

FASUBRA solicita à Presidenta Dilma mediação para retomar Agenda de Negociações

Com a greve da categoria chegando a 82 dias sem proposta efetiva à pauta de reivindicações, a FASUBRA Sindical decidiu por enviar ofício ao Palácio do Planalto, mais precisamente à Presidenta da República Dilma Rousseff, com objetivo de restabelecer as negociações com o Comando Nacional de Greve.
O documento, assinado pelos três coordenadores da Federação, Léia de Souza Oliveira, Paulo Henrique dos Santos e Rolando Malvásio, informa à presidente a causa principal de a categoria ter deflagrado a greve em 01 de junho passado: o não cumprimento do Termo de Compromisso firmado em 2007.
A coordenação Geral da FASUBRA relata os apoios que a greve tem conseguido conquistar, como de parlamentares, gestores e até mesmo do Ministro da Educação, Fernando Haddad, no sentido de solucionar tentar solucionar o impasse e retomar a normalidade no ambiente de trabalho dos TAE´s, ou seja, as universidades públicas brasileiras.
O texto faz referência também à recente ratificação da convenção 151 da OIT, e na regulamentação da negociação coletiva no serviço público, e ressalta o esforço das centrais sindicais que foram recebidas pelo Secretário Geral da Presidência, que afirmou categoricamente, que “não é política de governo não receber entidades em greve”.
A expectativa da Federação agora é de que a Presidente intermedie a retomada da negociação com a Federação, de modo a resolver o impasse.
Click para ver o ofício na íntegra, também está disponibilizada no IG Nº 13.

Moção de Repúdio contra á Direção Geral do Campus Arapiraca

Servidores do HU de João Pessoa, PB, aderem à greve nesta segunda

Os servidores do Hospital Universitário Lauro Wanderley, campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em João Pessoa, decidiram aderir ao movimento grevista dos servidores técnico-administrativos. A paralisação foi aprovada em assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira (30) e começa a partir da próxima segunda-feira (5). Os funcionários garantem que vão manter os 30% dos serviços essenciais, previstos em lei. De acordo com o sindicato, a greve não tem data prevista para acabar. Cerca 3,5 mil servidores aderiram ao movimento.
Segundo a diretora de Administração e Patrimônio, Evanilda Santos Silva, na programação elaborada pelo comando local de greve está prevista para esta quarta-feira (31) uma mobilização a partir das 7h, com panfletagem no portão do Centro de Tecnologia e caminhada até a Reitoria, onde acontecerá a reunião do Conselho Universitário (Consuni). O movimento é organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (SintesPB).
Conforme os servidores do HU, eles defendem o horário de trabalho ininterrupto, de seis horas, para os servidores que continuam trabalhando os dois expedientes.
Os servidores já haviam feito nesta terça-feira (30) uma mobilização parecida com a que será realizada nesta quarta-feira, que causou bastante transtorno nos arredores da UFPB, gerando congestionamento no trânsito e atrasos.
Ainda de acordo com a diretora, a categoria fará na quinta-feira (1) uma assembleia no Centro de Vivências da UFPB e que no final de semana vai lançar uma nota na imprensa para avisar a população que os serviços do HU serão paralisados. Evanilda ainda afirmou que a greve não tem data prevista para acabar e que cerca de 3,500 servidores aderiram ao movimento.
Fonte: G1 Paraíba

Servidores fecham os portões da UFPB e geram intenso congestionamento

Servidores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) fecharam os portões que dão acesso a instituição na manhã desta terça-feira, dia 30, o que gerou intenso congestionamento no nas vias que dão acesso ao local.
De acordo com Rômulo Xavier, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior na Paraíba (SintesPB), a manifestação aconteceu dentro do Campus e o congestionamento foi uma consequência indireta, não sendo de responsabilidade dos servidores. “Fechamos o campus como forma de reivindicação uma vez que estamos em greve há mais de 30 dias e o governo federal ainda não negociou. Toda a nossa movimentação aconteceu dentro do Campus, o que é um direito nosso”, explicou o sindicalista.
Os servidores da UFPB reivindicam a realização de concurso público, reajuste salarial de 14,8%, melhorias no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a não privatização do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW).
Nas avenidas que são acesso ao campus, o trânsito ficou bastante lento e muitos motoristas reclamaram. “Estou parada aqui há mais de uma hora. A reivindicação deles gera prejuízos a pessoas que não tem nada a ver”, reclamou a funcionária pública Marília Francisca. Em frente ao girador da UFPB, a passageira do ônibus da empresa São Jorge, que fazia a linha 5120 (Valentina/Centro), desmaiou e precisou ser socorrida por uma Ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) que demorou, por causa do congestionamento, cerca de 30 minutos para conseguiu chegar ao local onde a vítima estava. Os portões da UFPB estão sendo abertos de maneira lenta, um de cada vez, de acordo com decisão do SintesPB.
Fonte: brejo.com

Dilma é recebida com protesto em Pernambuco

 A presidente Dilma Rousseff (PT) e sua comitiva foram recebidos com um protesto e um apitaço promovidos por técnicos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A confusão aconteceu no Campus da Universidade de Pernambuco (UPE), em Garanhuns, onde a petista participa da aula inaugural do curso de medicina.
As universidades federais de todo o país estão em greve desde o dia seis de junho reivindicando melhoria salarial. O grupo, formado por cerca de 50 participantes, trouxe um boneco gigante fantasiado da presidente petista com a palavra Dilma-má impressa na roupa.
Antes, na cidade Cupira, no agreste pernambucano, houve outro protesto, que tinha como alvo também o governador Eduardo Campos (PSB). Os manifestantes cobravam o pagamento do piso do magistério, abertura de um posto do INSS, de uma delegacia do da Polícia Federal, melhorias na saúde e construção de uma estação de tratamento de esgoto.
Dilma falou a uma platéia de 3 mil pessoas, reunida para aplaudir, como sabem. Ao se despedir de Cupira, informa o Blog de Magno Martins, chamou a cidade de “Curupira”, que,  informa o dicionário, é “ente fantástico das matas, descrito predominantemente como um anão de cabelos vermelhos e pés ao inverso”.
Então tá. Poderia ser pior, evocando Odorico Paraguaçu:  “Gente da minha terra, povo de Sucupira…”
Fonte: Veja 

Protesto de professores e técnicos administrativos da UFGD

Estudantes, professores e técnicos administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), fecharam na manhã de ontem a Avenida Guaicurus (rodovia MS-162). 
O objetivo do movimento foi cobrar solução do governo estadual sobre a execução da obra de duplicação da Avenida Guaicurus, incluindo iluminação da via, que dá acesso à cidade universitária. O anúncio sobre as obras foi feita ainda em 2010 pelo governador, mas não se falou mais nisto, dizem os organizadores do protesto.
O movimento também integra a programação do movimento grevista dos técnicos administrativos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que iniciaram a paralisação no último dia 15, seguindo o movimento nacional. “Queremos também chamar atenção para o perigo que a Avenida oferece”, destacou um dos integrantes do comando de greve, Fraz Maciel. Ele explica o projeto para duplicação da rodovia iniciou em 2010 e terminou em 2011. No entanto, até agora o governo não deu uma resposta sobre o projeto e nem a previsão de quando as obras vão começar.
HOSPITAL
Pelo menos metade dos 500 técnicos administrativos do Hospital Universitário (HU) vão começar na sexta-feira uma greve por tempo indeterminado e de forma gradativa até paralisar metade dos serviços no Hospital Universitário, que é administrado pela UFGD.
De acordo com Fraz Maciel já foi entregue para reitoria da UFGD e direção do HU um plano de greve acerca dos serviços que vão funcionar durante a paralisação. Ele informou que nesta quarta-feira, o comando de greve terá uma reunião com a direção do HU para explicar o que vai funcionar a partir de sexta.
Pelo plano de greve, serão mantidos em sua totalidade os serviços da maternidade, o Centro Obstétrico, a UTI neonatal, a Unidade de Cuidados Intermediarios (UCI) e Unidade Intensiva (UI). Médicos não aderiram à greve segundo comando do movimento.
Vão funcionar parcialmente UTI pediatrica, UTI adulto, Centro de Controle Infecção Hospitalar (CCIH), laboratório, farmácia, imagem, recepção, entre outros setores.
A greve dos técnicos administrativos da UFGD, que consequentemente, atinge o HU, segue um movimento nacional dos técnicos administrativos das universidades federais. Em Dourados pelo menos 200 técnicos estão em greve desde o dia 15. No Brasil mais de 50 universidades federais aderiram à greve por melhores salários.
Fonte: O Progresso

O professor na visão de Jô Soares!!!

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se é jovem, não tem experiência. Se é velho, está superado. Se não tem automóvel, é um pobre coitado. Se tem automóvel, chora de "barriga cheia'. Se fala em voz alta, vive gritando. Se fala em tom normal, ninguém escuta. Se não falta ao colégio, é um 'caxias'. Se precisa faltar, é um 'turista'. Se conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos. Se não conversa, é um desligado. Se dá muita matéria, não tem dó do aluno. Se dá pouca matéria, não prepara os alunos. Se brinca com a turma, é metido a engraçado. Se não brinca com a turma, é um chato. Se chama a atenção, é um grosso. Se não chama a atenção, não sabe se impor. Se a prova é longa, não dá tempo. Se a prova é curta, tira as chances do aluno. Se escreve muito, não explica. Se explica muito, o caderno não tem nada. Se fala corretamente, ninguém entende. Se fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário. Se exige, é rude. Se elogia, é debochado. Se o aluno é reprovado, é perseguição. Se o aluno é aprovado, deu 'mole'.

Greve paralisa 50% institutos federais

Mais da metade dos campi dos institutos federais e dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) estão sem aula. A greve de professores e funcionários começou no início do mês, com a volta das aulas, e a adesão tem crescido. Dos 403 câmpus do País, 220 estão com as atividades paralisadas - total ou parcialmente -, segundo o sindicato dos servidores da categoria, o Sinasefe.
Dentre os motivos da greve estão a reivindicação salarial, a reclamação por falta de infraestrutura básica de funcionamento de várias unidades e a posição contrária dos servidores à expansão da rede federal de ensino.
Na Paraíba, segundo o sindicado, os 9 câmpus estão parados. Em Alagoas, a situação é parecida, assim como em São Paulo e em Goiás - há paralisações, de acordo com o sindicato regional, nos câmpus das cidades de Uruaçu, Anápolis, Formosa, Inhumas, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Rio Verde, Urutaí e Goiânia.
Temos câmpus funcionando no mesmo espaço em que já existe um albergue”, diz Nilton Gomes Coelho, presidente do sindicato do Estado de Alagoas.
Por lá, diz Coelho, todos os câmpus têm focos de paralisação, a maioria com 90% das atividades paradas. Alguns deles funcionam em prédios sem laboratórios e com frequentes quedas de energia e falta de água.”Isso acontece porque criaram o instituto, mas não construíram estrutura nenhuma, fomos colocados em prédios adaptados”, afirma.
Os 38 institutos federais foram criados em 2008, com a finalidade de oferecer ensino médio agregado à formação técnica, além de cursos superiores. Eles atendem 420 mil alunos e a rede vai aumentar: deve chegar a 600 mil matrículas em 2014 (leia mais nesta página).
Os sindicatos afirmam não ser contra a expansão, mas reivindicam uma infraestrutura melhor e mais servidores. “A expansão é promissora e valorizou o ensino, mas falta assistência”, diz Rosane de Sá, coordenadora do sindicato dos servidores de Goiás.
A falta de docentes concursados também afeta a qualidade do ensino, segundo os sindicatos. “Precisamos mais concursos para efetivar mais docentes”, diz o professor Laerte Moreira, do sindicato paulista.
A greve afeta a vida dos alunos. Victor Gaspar estuda no Instituto Federal de São Paulo e, desde o início do semestre, só tem as aulas dos professores temporários, que não podem aderir à greve. “Tenho aula de matemática e química, mas não a de física e nem a de eletricidade básica”, disse ele, que é aluno do ensino médio integrado à mecânica.
Salários. A questão salarial está em parte ajustada. Na sexta-feira passada, dia 26, foi assinado um acordo entre os Ministério do Planejamento e da Educação com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Os professores aceitaram 4% de acréscimo, mas afirmam que a proposta não recupera as perdas salariais dos últimos anos e pedem a retomada das negociações - a reivindicação é de 14,67% de reajuste. A questão do reajuste dos funcionários é mais complexa porque ainda não há acordo e a data-limite para envio do orçamento a ser votado pelo Congresso é amanhã, dia 31.
Fonte: Veja

terça-feira, 30 de agosto de 2011

51 das 53 universidades federais estão em greve há quase 90 dias. E ninguém dá a menor bola.

Querem enfiar Haddad goela abaixo do eleitor. O esquema é profissional!
Quem aí sabia que mais de 50% dos campi das universidades federais e das escolas técnicas federais estão em greve desde, atenção!!!, 6 de junho??? Quase ninguém.
É isto aí: quando se trata de uma greve contra os companheiros, os manifestantes estão condenados a uma espécie de solidão noticiosa. Enquanto a turma ficava lá reivindicando Deus sabe o quê, Fernando Haddad era lançado pela “imprensa progressista” e também pelos “progressistas” infiltrados no jornalismo sério, candidato à Prefeitura de São Paulo. Metade das federais paradas, e o Gugu-Dadá do leninismo estava recebendo Marilena Chauí em sua casa, com ampla cobertura. Marxilena, naturalmente, é favorável a greves na USP — vocês sabem, ela é contra tucanos perversos, mas deve achar que paralisação nas federais é coisa de sabotadores reacionários. É, Lênin, a grande inspiração moral de Haddad, passaria fogo nos contra-revolucionários, né?
Olhem, eu nem sei quais são as reivindicações de alunos e professores. Não costumo ser babá desses movimentos. Podem ser justas, podem ser injustas. Isso, para o meu post, é irrelevante. Este texto não trata de movimento sindical, mas de jornalismo. O que me pergunto é por que o assunto não é pauta de ninguém.
Todos têm as suas ninfas inspiradoras. Também tenho a minha. Noto que Laura Capriglione, a minha Tétis — e as outras Nereidas que povoam todos os veículos —, ainda não foi ver por que as instituições federais estão paradas. Folgaria em ler um daqueles textos em que a aparente objetividade é posta a serviço da opinião. Como eu tendo a ser barroco, aprecio aquele estilo folha seca. Mas nada!
O absurdo é tal que Dilma e Haddad anunciaram a criação de quatro novas universidades federais há duas semanas — que, segundo dados oficiais, custarão o equivalente a dois exames do Enem (!!!) —, e não se disse uma vírgula sobre as greves. Nada vezes nada! Imaginem se a USP estivesse parada há quase três meses!!! Haveria o risco de a ministra Maria do Rosário (voltarei a esta valente daqui a pouco), dos Direitos Humanos, ir ao campus para saber como estavam sendo tratadas as pobres vítimas do PSDB… Isso deveria envergonhar alguns pauteiros. Mas é provável que se orgulhem da tarefa cumprida.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: Veja


Unipampa - Impasse pode estar perto de ser resolvido

O impasse envolvendo a Greve dos Técnicos-Administrativos em Educação da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) pode ter um final a qualquer momento. Enquanto a Universidade informa a realização das matrículas até quarta-feira (31) - o que enfrentou problemas, visto que estudantes relataram não estar podendo acessar o sistema - o Comando de Greve enviou proposta de calendário à Reitoria, para dar uma solução a este problema.
No documento enviado pelos grevistas, os Técnicos propõem a liberação das matrículas via web e do pessoal de secretaria acadêmica para auxiliar exclusivamente na regularização acadêmica de todos os alunos, mediante carta aberta da Reitoria exigindo a retirada da Unipampa como parte requerente da ação movida no Supremo Tribunal de Justiça, ao que se refere à volta ao trabalho. 
Eles pedem ainda uma reunião entre a Administração da Unipampa e o Comando de Greve, para discutir os outros pontos. Pelo novo calendário, as matrículas aconteceriam de 3 a 5 de setembro, via internet, e o processamento das matrículas de 6 de setembro. O início do segundo semestre letivo ocorreria em 12 de setembro, de acordo com a proposta.
Dentro deste impasse, a Unipampa informou que o Portal do Aluno teria sido atacado por hackers, o que gerou mais apreensão ainda. O Comando de Greve enviou nota informando que jamais foi intenção dos grevistas cometerem este "tipo de ato desrespeitoso e vândalo", onde informaram a reprovação a esta ação que aconteceu.
Por outro lado, a Unipampa informou que as matrículas podem ser feitas online até quarta-feira no Portal do Aluno, o que não estaria ocorrendo. Para tentar sanar o impasse, o Governo Federal anunciou que concretizou negociações para a reestruturação das carreiras dos servidores do Ensino Superior. 
Independente das polêmicas, alunos e técnicos esperam resolver o impasse para permitir o retorno às aulas, assim como às comunidades que abrigam os Campus da Unipampa.
Fonte: Paper Blog

Professores, técnicos e alunos da UFT e do IFTO realizam passeata pelo “descaso” do governo federal

A greve dos servidores técnicos administrativos das universidades federais entra no 86º dias de paralisação. O coordenador geral do Sindicato dos Técnicos Administrativos do Tocantins (Sintad), Miguel Lima, disse nesta terça-feira, 30, que a categoria nem discute retornar às atividades até que o governo federal atenda as reivindicações.
“Até o momento não houve avanço. Mesmo com determinação judicial pelo Supremo Tribunal de Justiça que garantiu a legalidade do movimento de greve, garantindo o retorno de 50% dos técnicos, mesmo assim ainda não houve apresentação de proposta aos servidores pelo governo federal”, disse.
Docentes, técnicos e alunos da Universidade Federal do Tocantins e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), realizam nesta quarta-feira, 31, a partir das 8h30, na Praça dos Girassóis, próximo ao espaço da Catedral, uma concentração de onde sairão em passeata.
“Esta atividade é praticamente um grito para denunciar o descaso e o desleixo do governo federal com a nossa causa e também com a da educação”, enfatizou Lima, garantindo que a greve continua por tempo indeterminado e que intensificam as ações em todo País.
Os funcionários querem aumento no piso salarial de R$ 1.034 para três salários mínimos (R$ 1.635), abertura de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados e melhorias no Plano de Carreira, entre outras reivindicações. “Queremos garantir o reajuste salarial. Esta reivindicação é emergencial. O salário atualmente é menor que dois salários mínimos. Queremos também que a educação seja mais rizada, ou seja, que 10% do PIB [Produto Interno Bruto] seja reservado para a educação no Brasil”, esclareceu.
Fonte: Portal CT


UNE realiza nesta quarta "Marcha dos Estudantes" em Brasília

A União Nacional dos Estudantes (UNE) vai realizar na quarta-feira, 31 de agosto, em Brasília, uma passeata que ganhou o nome de "Marcha dos Estudantes" e faz parte do "Agosto Verde Amarelo". De acordo com a UNE, a manifestação deve reunir cerca de 20 mil estudantes. A líder estudantil Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh), estará presente para falar sobre a situação no Chile e convocar a jornada continental de lutas da juventude latinoamericana.
Na pauta está a defesa do investimento de 10% do PIB na educação para remuneração dos professores, mais assistência estudantil, melhoria das escolas e de todos os níveis de ensino. Os estudantes também reivindicam 50% do fundo social do Pré-sal somente para o setor e a redução imediata dos juros no Brasil.
"Falta ousadia para o governo quando a discussão gira em torno dos 10% do PIB para a educação. Existe, claro, uma melhora no setor, mas ainda é tímida. Dessa forma, o Brasil desperdiça uma oportunidade única de investir na juventude e dar um salto significativo na educação. Os altos juros também impedem que um maior desenvolvimento do pais. Por isso, vamos ocupar Brasília neste dia 31 de agosto e pressionar o poder público para que não percamos o bonde da história", diz o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
A passeata começa pela manhã, em frente a Biblioteca Nacional, e parte rumo ao Congresso Nacional. Lá, diretores da UNE pretendem se reunir com lideranças partidárias e entregar à presidente Dilma Rousseff um documento com as reivindicações dos estudantes. Após a marcha, haverá uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em solidariedade à luta dos estudantes chilenos. A UNE participará também de uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado sobre o Plano Nacional de Educação.
No último dia 25 de agosto, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, esteve no Chile para levar o apoio e solidariedade dos estudantes brasileiros à onda de protestos que jovens e trabalhadores de lá vem provendo em defesa de uma educação pública e de qualidade.
Fonte: Portal Terra

Professores da UFPE param dia 1º

Os representantes dos 3,4 mil professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiram ontem, durante assembleia geral da categoria, que aconteceu no auditório do Centro de Educação daquela Universidade, por uma paralisação de 24 horas para o próximo dia 1º de setembro. Além disso, os professores convocaram outra assembleia geral para a tarde do mesmo dia. A categoria votou ainda pelo indicativo de greve, sem uma data determinada. Hoje, se extingue o prazo dado pelo Governo para que os professores das universidades federais de todo o País aceitem a proposta oferecida pelo Ministério do Planejamento de 4% de reajuste, que seria concedido a partir de março de 2012.  
“Consideramos essa proposta um absurdo. Também não aceitamos esse prazo de hoje para o fim das negociações. Reconhecemos o valor de uma negociação e queremos que ela continue até que o Governo nos faça uma proposta adequada”, comentou o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Jaime Mendonça. Os docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também decidiram pelo indicativo de greve, em assembleia realizada no último dia 23. A diferença é que os professores da Rural determinaram a data de 5 de setembro, quando será realizada uma nova assembleia, para o indicativo. Hoje, existem 17 estados brasileiros com suas federais em indicativo de greve.
“Essa proposta é uma galhofa. Um acinte a negociação. Não tivemos nenhum ganho salarial desde 1998. Prefiro não receber nada e manter a minha dignidade”, destacou o professor de Economia, Pierre Lucena. Na ocasião, apresentou um gráfico comparativo entre os salários dos professores e dos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Quando levada em conta a inflação de 1998 para os dias atuais, enquanto os pesquisadores tiveram ganhos salariais, os professores tiveram perdas.
Na manhã de hoje, às 8h, representantes de professores de todos os estados brasileiros estarão reunidos, em Brasília, para discutir a proposta de reajuste. Ainda hoje, às 14h30, a resposta da categoria será levada aos representantes do Ministério do Planejamento, durante uma nova reunião. Além do reajuste, o Governo oferece as incorporações ao salário das Gratificação por Exercício do Magistério Superior (Gemas) e Gratificação de Atividade Docente de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Gedbt). Promete ainda constituir um grupo de trabalho para re-estruturação da carreira e se compromete, sem data estabelecida, a promover a equiparação salarial com os pesquisadores do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Na última reunião entre os representantes dos professores e o Governo Federal, no último dia 19, depois de apresentar a proposta de reajuste de 4%, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, reconheceu como  legítima a reivindicação da categoria de re-estruturação da carreira, com equiparação à carreira de Ciência e Tecnologia. No entanto, ele reforçou que o governo já ultrapassou o limite possível para negociar neste momento. “Esse acordo não é um contrato de quitação, mas sim de compromisso de que a carreira será discutida e as perdas voltarão à mesa outro momento”, destacou.
Fonte: Folhape.com