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Estudantes protestaram em
frente ao Campus Santa Mônica após cancelamento do vestibular
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A greve dos docentes e técnico-administrativos, que
já completa cerca de um mês e meio, e o
cancelamento do vestibular de junho por fraude vão atrasar em pelo menos dois meses,
podendo chegar a até quatro, o início do segundo semestre letivo de 2012 da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que deveria se iniciar no dia 6 de
agosto.
Se a paralisação
acabasse hoje, levando-se em conta que o processo seletivo para o segundo
semestre foi remarcado para agosto (segunda fase será nos dias 18 e 19 de
agosto) devido à fraude no primeiro vestibular, as aulas do período se
iniciariam em meados de setembro ou início de outubro, o que ocasionaria um
atraso de cerca de dois meses. Caso o movimento dure até o fim de agosto,
conforme estimam os comandos grevistas, o semestre letivo começaria entre
novembro e dezembro, quatro meses depois do previsto.
Essa situação é
explicada pelo fato de que, conforme legislação, a formação de novas turmas (de
novos ingressantes ou de alunos que avançam períodos) somente poderá ocorrer
após a conclusão do primeiro semestre deste ano. Antes dos contratempos, o
período deveria finalizar no dia 11 de julho. Sendo assim, alunos e
professores, quando retornarem, deverão ainda fazer uma série de trabalhos,
provas e outras atividades exigidas na vida acadêmica, tendo aulas por pelo
menos mais um mês e meio e mais 30 dias de férias, o que seria completado em
meados de setembro.
Segundo o reitor da
UFU, Alfredo Júlio Fernandes Neto, ainda não foi discutido com os conselhos de
Graduação e Pós-Graduação da universidade o planejamento de novos calendários.
Ainda de acordo com o reitor, isso será feito somente quando a greve terminar.
“Se fizermos (reuniões) durante (o movimento), corre-se o risco de o novo
planejamento furar”, disse o reitor.
CRONOGRAMA
A readequação do
segundo semestre letivo e, consequentemente, do calendário de aulas e
funcionamento que a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) terá que fazer
neste ano não é a primeira motivada por imprevistos, sobretudo, por
paralisações. Em 2001 e em 2005, os docentes da UFU também entraram em greve e
provocaram mudanças no cronograma da instituição.
Em ambas as
ocasiões, as mobilizações duraram cerca de três meses e meio, período
semelhante ao dos atrasos para o início das aulas do semestre seguinte. Já os
técnico-administrativos, desde 2000, paralisaram sete vezes, com uma média de
70 dias sem trabalhos.
EXPECTATIVA
Os comandos locais
dos professores e dos técnico-administrativos da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU) afirmam que ainda não houve conversas com o governo federal
para negociação das reivindicações. Na tarde de quinta-feira (28 de junho), os
grevistas das duas categorias protestaram, junto de outros servidores federais,
na praça Clarimundo Carneiro, no centro de Uberlândia. Se não houver diálogo,
as classes pretendem arrastar a greve até o fim de agosto ou início de
setembro, também segundo os comandos locais grevistas.
Nessa situação,
alunos da instituição que estavam na reta final no primeiro semestre letivo
disseram ter sido prejudicados. É o caso da estudante de Medicina Andressa
Vitorino Pinheiro. No oitavo período, ela terá que adiar a entrada no internato
– regime de aprendizado no Hospital de Clínicas da UFU exigido para o curso –
por causa da paralisação de três disciplinas. “A previsão de formatura era para
metade de 2014. Agora, é uma incógnita”, afirmou.
NOVO VESTIBULAR
Já estão definidas
as datas para a realização das novas provas do processo seletivo do segundo
semestre da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Os testes, tanto da
primeira quanto da segunda fases, foram cancelados devido à descoberta pelo
Ministério Público Federal (MPF) do vazamento de questões.
A primeira fase vai
ocorrer nos dias 4 e 5 de agosto nas cidades de Uberlândia, Ituiutaba (MG),
Patos de Minas (MG), Monte Carmelo (MG), Ribeirão Preto (SP) e Goiânia (GO). E
a segunda etapa será nos dias 18 e 19 de agosto, nos campi de Uberlândia,
Ituiutaba (MG), Patos de Minas (MG) e Monte Carmelo (MG).
Fonte:
Correio de Uberlândia
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