O
governo apresentou nesta terça-feira (24) nova proposta de reajustes para os
professores das universidades federais, que estão em greve há mais de dois
meses, mas ainda não há uma definição dos sindicatos sobre o fim da
paralisação. Pela nova proposta apresentada em reunião no Ministério do
Planejamento, os reajustes vão variar de 25% a 40%, em vez de 12% a 40% como
era na proposta anterior. Os negociadores do governo já avisaram que chegaram
no limite, não podem ceder mais que isso.
Com a nova proposta, o impacto financeiro
que seria de R$ 3,9 bilhões passou para R$ 4,2 bilhões. E a concessão do
reajuste poderá ser antecipada para o primeiro semestre de 2013, em vez de
valer só a partir de agosto, como estava na primeira proposta do governo.
Os
dois sindicatos que representam os professores das universidades federais estão
divididos em relação à nova proposta: um aceita, outro não. Os novos termos
serão submetidos aos professores em assembleia.
O Planalto cedeu em mais alguns pontos em
relação aos professores com títulos de mestres e doutores, além daqueles que
têm dedicação exclusiva. "Quem tem patente, título e 'paper' (artigos
publicados) vai ganhar mais. É uma questão de princípios. Se os professores
negociarem nessas bases, ainda podem avançar", afirmou um negociador do
governo.
Dilma
Antes de embarcar para Londres, na tarde
desta terça, a presidente Dilma Rousseff teve reuniões separadas com vários
ministros que enfrentam greves de categorias específicas em suas pastas, na
tentativa de um acordo para acabar com as paralisações.
Nas reuniões internas do governo nas últimas
horas voltou a ser considerada a possibilidade de dar um reajuste linear para
as carreiras básicas do Executivo, com reajustes diferenciadas para as chamadas
carreiras de Estado, ou categorias especializadas.
Uma nova reunião entre representantes dos
sindicatos dos servidores e negociadores do governo aconteceria nesta tarde no
Ministério do Planejamento. Mais cedo, no Palácio do Planalto, já houve uma
prévia desta reunião.
A expectativa é que o governo consiga
acordo com todas as categorias na virada do mês, mas a questão específica dos
professores universitários poderá ser resolvida antes disso.
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário