sexta-feira, 20 de julho de 2012

Governo manda endurecer com os grevistas


O governo está disposto a endurecer com os funcionários das estatais nas negociações dos reajustes salariais para o segundo semestre. A ordem é não conceder ganhos reais, apenas reposição da inflação; cortar o ponto de grevistas; e entrar com pedido de dissídio na Justiça do Trabalho nos casos em que houver radicalização do movimento.
Segundo interlocutores do Planalto, a Eletrobras já se prepara para entrar com ação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para declarar ilegal a greve nas subsidiárias da estatal, que começou na segunda-feira. A Embrapa entrou com pedido de dissídio coletivo. O mesmo procedimento deve ser adotado pelos Correios, cujos funcionários têm data-base em agosto. A Petrobras e os bancos federais, com data-base em setembro, também deverão recorrer à Justiça, caso não haja acordo.
Por sua parte, a equipe econômica analisa a contraproposta feita aos petroleiros pela Petrobras, anteontem, de aumentar a fatia da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Segundo uma fonte, o aumento será vetado, caso a soma ultrapasse os 4,5% do lucro líquido da empresa (estimado em cerca de R$ 35 bilhões neste ano) autorizados para PLR.
Planalto cobra dos servidores produtividade
De olho na distribuição de dividendos ao Tesouro Nacional, concentrada no segundo semestre, os petroleiros anteciparam parte da negociação prevista para a data-base. Para evitar a greve, a estatal propôs elevar imediatamente o piso da PLR de R$ 14 mil para R$ 17 mil.
A avaliação do governo é de que os servidores das estatais foram contemplados durante o governo Lula com aumentos expressivos e que agora devem dar um retorno em produtividade para ajudar a economia a crescer. O argumento é que a categoria dispõe de uma série de benefícios (fundo de pensão, plano de saúde, dentre outros) e os salários estão equiparados aos do setor privado. No caso da Eletrobras, quando a holding foi criada, houve uma reestruturação da carreira dos funcionários das companhias de energia.
Fonte: O Globo

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