terça-feira, 31 de julho de 2012

Professores da Ufam rejeitam proposta do Governo e permanecem em greve



A greve das Universidades Federais completou 73 dias na segunda-feira (30) e em assembleia nesta tarde, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) optaram por manter a paralisação.  Mais de 70% professores rejeitaram a segunda proposta do Governo Federal, apresentada na terça-feira (24) que tinha como posição aumentar os recursos de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões em três anos e ainda ajustes na tabela de remuneração.
Antônio Neto, presidente da Associação dos Docentes da Ufam (Adua) e coordenador do Comando Local de Greve (CLG), afirmou que, em essência, a segunda proposta não apresenta diferenças da anterior. “Ela trabalha apenas com números fazendo ajustes pontuais na tabela de vencimento básico, ou seja, mantém a carreira desestruturada”, ressaltou Neto, justificando a decisão da assembleia.
Cerca de 100 professores estiveram presentes na reunião desta segunda, realizada no auditório da sede da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), no Campus Universitário.
Primeira proposta do governo
A última proposta do Governo propôs o reajuste mínimo em 25% em cima dos salários atuais, com alteração máxima de 40%, para os professores titulares em regime de dedicação exclusiva. Esse reajuste, contudo, só seria integralizado em 2015, sendo a primeira parcela paga em 2013 e as demais em março de 2014 e de 2015.
Entrada do campus é fechada
Em paralelo à assembleia feita pelos docentes, os técnicos administrativos resolveram restringir o acesso de veículos na instituição nesta segunda. "Resolvemos radicalizar não trabalhando hoje, para que assim seja feita uma pressão no Governo Federal e ele possa atender nossas reivindicações”, concluiu a técnica administrativa Ana Grijó dos Santos, de 59 anos.
As universidades federais apresentam na quarta-feira (1º) uma contra-proposta ao Governo Federal, em reunião, entre Ministério da Educação (MEC), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes).
Fonte: D24 AM

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