HUPAA reduz leitos da maternidade em função da adesão dos técnico-administrativos à greve

O Hospital Universitário está funcionando, desde terça-feira (17), com redução de 50% no número de leitos em sua maternidade e clínica médica, uma adequação necessária em função da intensificação da greve nacional dos servidores técnico-administrativos federais.  A redução no atendimento foi comunicada pelo diretor-geral do hospital, Dr. Paulo Teixeira, aos gestores da Saúde no Estado, ao Complexo Regulador Assistencial (CORA) e ao Ministério Público nas instâncias estadual e federal.

O percentual de redução de leitos foi definido em reuniões dos diretores do hospital com participação de integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), ocasiões em que, por consenso, foi decidido que os serviços considerados essenciais, como hemodiálise e assistência aos pacientes das UTIs e da oncologia, seriam preservados em sua normalidade.

Além dos internamentos, o hospital já registra redução no atendimento ambulatorial. No Setor de Nefrologia, por exemplo, as consultas estão suspensas e os novos pacientes sendo orientados a buscar outras unidades de saúde. A partir do dia 1º de agosto, se a paralisação nacional continuar, os profissionais da Clínica Cirúrgica do HUPAA passarão a trabalhar com escala de greve, reduzindo o número das cirurgias eletivas.

A greve dos técnico-administrativos da Ufal foi deflagrada oficialmente no dia 15 de junho e vem sendo intensificada paulatinamente no HUPAA. As principais reivindicações são a redução da jornada semanal de trabalho de 40h para 30h, a implantação de planos de cargos e carreiras, além de reajuste salarial. Os técnicos federais lutam pelo aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. No ano passado a categoria fez uma greve por quase quatro meses, mas não houve negociação com o governo e o movimento foi encerrado.

Fonte: HUPAA/UFAL