quarta-feira, 25 de julho de 2012

Professores terão assembleias para discutir proposta do governo


Os professores federais de todo o país deverão fazer novas assembleias nesta semana para decidir se aceitarão a proposta de reajuste salarial feita ontem pelo governo. A categoria está em greve há mais de dois meses e deve apresentar ao governo uma resposta na próxima semana.
Ao todo, a greve atinge 57 das 59 universidades federais. As assembleias deverão acontecer em cada uma delas.
A nova proposta, apresentada ontem pelo Ministério do Planejamento, aumenta o reajuste de níveis iniciais da carreira, em especial aqueles com título de mestre. Na proposta apresentada há cerca de duas semanas, os maiores aumentos tinham sido concedidos aos servidores do topo da categoria.
Segundo a nova proposta, o reajuste mínimo será de 25% --até então, o índice era de 12%. Já o topo da categoria não teve sua oferta alterada: professores titulares, com doutorado e dedicação exclusiva, continuam com um reajuste de 40%: o salário saltaria de R$ 12,2 mil para R$ 17 mil.
A alteração provocou um impacto adicional de 7,7%: saltou de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões. O reajuste será dado ao longo dos próximos três anos.
Nessa nova proposta, o governo alterou a data para o início do reajuste: antes previsto para o segundo semestre, agora ele será antecipado para março de cada ano. O governo também aceitou tirar da proposta alguns critérios para a progressão na carreira.
Para a presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior), Marinalva Oliveira, o governo manteve a "base conceitual" da proposta anterior.
Já o Proifes, entidade que também representa a categoria, se mostrou mais favorável à proposta do governo.
Fonte: Folha de S.Paulo

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