A greve da saúde federal ganhou mais força
com a adesão dos profissionais do Hospital de Ipanema, que iniciaram a
paralisação da unidade nesta segunda-feira. No mesmo dia, pela manhã, os
servidores do Hospital de Lagoa aprovaram por unanimidade, em assembleia,
entrar em greve a partir de quarta-feira (4/07).
Em ambas as unidades só funcionarão os
serviços essenciais, como oncologia, hemodiálise, diálise, entrega de insulina
e outros medicamentos a diabéticos e hipertensos e internações de pacientes de
alto risco, além do acompanhamento aos internados. Só serão atendidos pacientes
com consultas já agendadas. A greve da saúde vem tendo um efeito dominó, já
contando com a adesão dos Hospitais Cardoso Fontes, Servidores e Andaraí. Nesta
terça-feira (3/07), a Policlínica Piquet Carneiro adere à paralisação.
Governo prioriza pagamento de bancos em detrimento da saúde
Durante a assembleia no Hospital da Lagoa,
a diretora do Sindsprev/RJ, Lúcia Pádua, avaliou que a tendência da greve é de
crescimento. Novas assembleias estão marcadas em outras unidades para decidir
sobre a adesão à paralisação: quarta-feira, às 11 horas, no Hospital Geral de
Bonsucesso, e no PAM Irajá, nesta segunda e terça-feiras. A também diretora do
Sindicato Cristiane Gerardo criticou o governo Dilma por dizer que não tem
dinheiro para atender às reivindicações dos servidores federais, mas destinar
45% do Orçamento da União para pagar a dívida com os bancos, concedendo
isenções de impostos bilionárias para grandes empresas. “Só a greve vai fazer
com que o governo negocie com seriedade e atenda nossas reivindicações, entre
elas a jornada de 30 horas, o cancelamento da MP 568, a realização de concurso,
com melhoria no atendimento à população, o cacelamento do ponto eletrônico e os
22,08% de reajuste”, defendeu.
Após a assembleia, os servidores
reuniram-se com a diretora-geral do Hospital da Lagoa, Roberli Bichara Pinto, a
quem comunicaram a decisão de entrarem em greve a partir de 4/07. Em resposta,
Roberli manifestou a intenção de respeitar a greve, pedindo, no entanto, que
sejam mantidos em funcionamento os setores considerados essenciais, como
oncologia, hemodiálise, diálise etc. Servidores ressaltaram que a
própria deliberação de greve já prevê a não interrupção das atividades
essenciais do Hospital.
Reivindicações unificadas dos servidores
A decisão de paralisar as atividades foi
aprovada em assembleia geral da saúde federal, no último dia 19/06, e está
sendo referendada em assembleias de base. O movimento faz parte da campanha
unificada dos servidores federais, que já conta com vários setores em greve
nacional.
Entre as principais reivindicações, também
defendidas pelos demais servidores públicos federais e entregues ao governo
Dilma em janeiro, estão: reajuste de 22,08%; jornada de 30 horas, sem redução
salarial; incorporação das gratificações; reajuste dos benefícios; valorização
do servidor público e realização de concurso. Além das reivindicações
específicas da saúde: implantação da nova tabela salarial, cancelamento da MP
568, contra o ponto eletrônico e por mais recursos para a saúde pública.
Fonte: Sindsprev/RJ
Esta eu APOIO. CHEGA de TANTO ROUBO e DEIXAR a SAÙDE no CTI.
ResponderExcluirEU TAMBÉM APOIO TEM QUE LUTAR PELO CERTO E DIREITO DE TODOS.
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