terça-feira, 3 de julho de 2012

Começa greve no Hospital de Ipanema. Lagoa para a partir de quarta-feira, 4/07

A greve da saúde federal ganhou mais força com a adesão dos profissionais do Hospital de Ipanema, que iniciaram a paralisação da unidade nesta segunda-feira.  No mesmo dia, pela manhã, os servidores do Hospital de Lagoa aprovaram por unanimidade, em assembleia, entrar em greve a partir de quarta-feira (4/07).
Em ambas as unidades só funcionarão os serviços essenciais, como oncologia, hemodiálise, diálise, entrega de insulina e outros medicamentos a diabéticos e hipertensos e internações de pacientes de alto risco, além do acompanhamento aos internados. Só serão atendidos pacientes com consultas já agendadas. A greve da saúde vem tendo um efeito dominó, já contando com a adesão dos Hospitais Cardoso Fontes, Servidores e Andaraí. Nesta terça-feira (3/07), a Policlínica Piquet Carneiro adere à paralisação.
Governo prioriza pagamento de bancos em detrimento da saúde
Durante a assembleia no Hospital da Lagoa, a diretora do Sindsprev/RJ, Lúcia Pádua, avaliou que a tendência da greve é de crescimento. Novas assembleias estão marcadas em outras unidades para decidir sobre a adesão à paralisação: quarta-feira, às 11 horas, no Hospital Geral de Bonsucesso, e no PAM Irajá, nesta segunda e terça-feiras. A também diretora do Sindicato Cristiane Gerardo criticou o governo Dilma por dizer que não tem dinheiro para atender às reivindicações dos servidores federais, mas destinar 45% do Orçamento da União para pagar a dívida com os bancos, concedendo isenções de impostos bilionárias para grandes empresas. “Só a greve vai fazer com que o governo negocie com seriedade e atenda nossas reivindicações, entre elas a jornada de 30 horas, o cancelamento da MP 568, a realização de concurso, com melhoria no atendimento à população, o cacelamento do ponto eletrônico e os 22,08% de reajuste”, defendeu.
Após a assembleia, os servidores reuniram-se com a diretora-geral do Hospital da Lagoa, Roberli Bichara Pinto, a quem comunicaram a decisão de entrarem em greve a partir de 4/07. Em resposta, Roberli manifestou a intenção de respeitar a greve, pedindo, no entanto, que sejam mantidos em funcionamento os setores considerados essenciais, como oncologia, hemodiálise, diálise etc. Servidores ressaltaram que a própria deliberação de greve já prevê a não interrupção das atividades essenciais do Hospital.
Reivindicações unificadas dos servidores
A decisão de paralisar as atividades foi aprovada em assembleia geral da saúde federal, no último dia 19/06, e está sendo referendada em assembleias de base. O movimento faz parte da campanha unificada dos servidores federais, que já conta com vários setores em greve nacional.
Entre as principais reivindicações, também defendidas pelos demais servidores públicos federais e entregues ao governo Dilma em janeiro, estão: reajuste de 22,08%; jornada de 30 horas, sem redução salarial; incorporação das gratificações; reajuste dos benefícios; valorização do servidor público e realização de concurso. Além das reivindicações específicas da saúde: implantação da nova tabela salarial, cancelamento da MP 568, contra o ponto eletrônico e por mais recursos para a saúde pública.
Fonte: Sindsprev/RJ

2 comentários:

  1. Esta eu APOIO. CHEGA de TANTO ROUBO e DEIXAR a SAÙDE no CTI.

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    1. EU TAMBÉM APOIO TEM QUE LUTAR PELO CERTO E DIREITO DE TODOS.

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