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Panfletagem na entrada do Hospital do Andaraí
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Servidores dos hospitais federais dos
servidores (HFSE) e do Andaraí iniciaram, na manhã ontem, segunda-feira 2, a
paralisação por tempo indeterminado nas duas unidades, como parte da greve da
saúde federal que já atinge oito estados —Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do
Sul, São Paulo, Ceará, Distrito Federal e Rio de Janeiro, onde o movimento
começou no último dia 27, no Hospital Cardoso Fontes.
No HFSE, estão parados a odontologia,
fisioterapia e plantão geral. No ambulatório só estão sendo atendidas consultas
já marcadas e, no laboratório de análises clínicas, o funcionamento é parcial.
Cirurgias eletivas também foram suspensas.
No Andaraí, a paralisação atingiu somente
parte do ambulatório e a expectativa é que, ainda hoje, mais setores venham a
aderir. Também ontem, assembleias estão acontecendo no PAM
Irajá e nos hospitais de Ipanema e da Lagoa. Neste último, os servidores
aprovaram a entrada na greve, por tempo indeterminado, a partir de
quarta-feira, 4/07.
Nesta terça-feira, os servidores da
Policlínica Piquet Carneiro, no Maracanã, fazem ato público para aderirem à
paralisação por tempo indeterminado. Em Niterói, os servidores do antigo CPN
(atual Hospital Carlos Tortelly) param por 72 duas horas de 3 a 5 de julho e
fazem assembleia na sexta-feira (4).
Greve na saúde federal é mais do que justa
“Lutamos em defesa da saúde pública e
gratuita e em defesa dos direitos dos servidores, que estão sendo atacados pelo
governo na edição da Medida Provisória (MP) 568. Essa MP reduziu em 50% os
vencimentos dos médicos e modificou os critérios de pagamento da insalubridade,
reduzindo o valor desse adicional. O governo também quebrou a paridade entre
ativos e aposentados, aprofundando o arrocho ao impor um brutal congelamento
salarial para o próximo período. Para nós, servidores, não resta nenhuma outra
alternativa senão a greve por tempo indeterminado. A Saúde Federal é o barnabé
do serviço público. É a segunda carreira mais mal paga do funcionalismo. Não
podemos permitir que sucateiem as unidades, nos tirando as condições de
trabalho e atendimento. Não podemos ficar de braços cruzados. Sem luta não
vamos mudar essa realidade. É preciso ir à greve”, afirmou, durante
manifestação em frente ao Hospital do Andaraí, a servidora Christiane Gerardo.
“Temos que nos mobilizar pela carga horária
de 30h, data-base e aumento sobre o vencimento, pois há 17 anos não temos
reajuste linear. A greve também é pela paridade e condições dignas de trabalho.
É uma greve mais do que justa”, declarou a diretora do Sindsprev/RJ Maria
Celina de Oliveira, também durante ato público no Hospital do Andaraí.
Tanto no HFSE quanto no Andaraí, servidores
distribuíram carta aos usuários, na qual explicam as razões da greve
e denunciam que, em 2011, o governo Dilma (PT) gastou 45% do orçamento da União
para pagar juros e amortizações das dívidas públicas a banqueiros, enquanto
que, para a saúde, destinou soma dez vezes menor.
Fonte:
Sindsprev/RJ
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