Mesmo envolvido
no escândalo Cachoeira-Delta, o governador do estado, Sérgio Cabral Filho
prepara-se para privatizar os hospitais da rede pública estadual, entregando-os
a grupos particulares, disfarçados com o nome de fundações de direito privado.
Para protestar contra este processo de privatização, os servidores do Hospital
Rocha Faria, em Campo Grande, fizeram ato público, na última segunda-feira
(9), em frente à unidade.
Durante a
manifestação, a diretora do Sindsprev/RJ, Clara Fonseca, condenou as
privatizações que visam beneficiar planos de saúde e outros grupos privados,
sendo, ainda, uma ameaça à gratuidade. Lembrou que para justificar a entrega
dos hospitais às fundações - no caso do Rocha Faria, a Fundação Saúde - Cabral
ampliou o sucateamento das unidades, asfixiando-as financeiramente, desviando
parte dos recursos do setor, e, com isto, deixando-as sem as mínimas condições
de trabalho e atendimento, prejudicando diretamente os servidores e a
população.
Pelas beiradas
Clara disse que
a privatização do Rocha Faria está prevista para ser feita aos poucos,
começando pela Emergência, inicialmente pela chamada Sala Verde, setor que
atende casos com pequeno risco de vida. O que deverá acontecer a partir do
próximo dia 18. Depois serão entregues as Salas Amarela e Vermelha. “A
secretaria estadual de saúde ameaça colocar em disponibilidade os servidores
estatutários, numa atitude de claro autoritarismo e ilegalidade. Quem decidir
migrar para a fundação, perde vários direitos que tem como servidor, como o
direito à estabilidade, sendo obrigado a cumprir uma jornada ainda mais
extensa”, afirmou.
Além disto, com
a privatização está ameaçado o direito à gratuidade do atendimento. “Em São
Paulo, os deputados ligados ao governador José Serra, ao PSDB e partidos
aliados, aprovaram projeto que permite ao governo passar a cobrar pelo
atendimento em 25% dos serviços prestados. É o começo da transformação da saúde
pública e gratuita e do Sistema Único de Saúde (SUS), em clínicas privadas”, afirmou,
frisando que a saúde é um dever do Estado e um direito do cidadão. “Essa
responsabilidade não pode ser transferida para empresários”, disse.
Coveiro de
hospitais
Clara
acrescentou que estão sendo entregues à iniciativa privada o Instituto de
Cardiologia (Iecac), o Hemo Rio e o Instituto Estadual de Tratamento de
Diabetes (Ied). Também estão na lista as grandes unidades, como Hospital
Getúlio Vargas (cujos servidores fazem assembleia nesta quinta-feira), Eduardo
Rabelo, Saracuruna, Azevedo Lima e Albert Shweitzer.
O Sindsprev/RJ
vai denunciar e resistir a mais esta entrega do patrimônio público que está
sendo feita não apenas por Cabral e seu partido, o PMDB, mas também pelo
governo Dilma Roussef, do PT, partido que, no governo Fernando Henrique
Cardoso, se colocava contra as privatizações; e pelo prefeito Eduardo Paes,
também do PMDB. A dirigente frisou que Cabral já fechou os hospitais Anchieta e
Pedro II, após um estranho incêndio, desativou o Hospital São Sebastião e
planeja implodir o Hospital do Iaserj; Dilma criou a Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (EBSRH) para privatizar os hospitais federais, já tendo
feito isso, primeiramente com os das universidades; e o prefeito Eduardo Paes,
está repassando as unidades municipais para empresas travestidas de organizações
sociais.
Fonte:
Sindsprev
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As Organizações Sociais vem para melhorar a saúde pública e não para privatiza-las. O Objetivo é acabar com a falta de médicos e funcionários entre outros problemas. As OS podem não acabar com todos os problemas, mas vão com certeza ajudar!
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