O presidente da Andifes (associação de reitores das federais), Jesualdo
Farias, afirmou na quarta-feira (21) que a paralisação de
técnicos-administrativos nas universidades não tem "adesão massiva" e
"não conseguiu paralisar" as atividades. Os servidores iniciaram a
greve há pouco mais de dois meses e reivindicam mudanças na carga horária de
trabalho e reajuste salarial, entre outras demandas. Reitor da Universidade
Federal do Ceará, Farias afirmou que este "não é um momento para
greve". Na manhã da quarta, uma comissão de reitores das universidades se
encontrou com a presidente Dilma Rousseff.
Na presença do ministro Henrique Paim (Educação), o grupo entregou uma
carta à presidente, onde solicita um novo plano para as instituições, em moldes
semelhantes ao Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão
das Universidades Federais), lançado em 2007. "Não faz sentido ter uma
greve, já que o acordo pressupõe as negociações até que 2015 chegue e aí sim
[pode ser proposta] uma nova pauta", afirmou o reitor. Em 2012, servidores
das universidades federais paralisaram as atividades e receberam um reajuste
escalonado, entre 2013 e 2015.
A Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades
Públicas Brasileiras) argumenta que o reajuste de 15,8% ao longo dos três anos
já não cobrirá a inflação do período. "Os reitores não concordam [com as
reivindicações], então não há nem negociação", disse o presidente da
Andifes. "HORA DA CONSOLIDAÇÃO" A entidade entregou uma carta à
presidente com sugestões para um novo plano para as universidades, para um
prazo de dez anos. Entre as sugestões estão parceria com universidades
estrangeiras, mobilidade de docentes de pós-graduação e incremento da educação
a distância.
"Nem todas as dificuldades puderam ser resolvidas na última década,
sobretudo devido ao passivo de infraestrutura e pessoal. É indispensável uma
política permanente para consolidar os novos cursos, os novos campi e as novas
instituições, com o propósito de dar continuidade ao crescimento quantitativo e
qualitativo do ensino superior no país", diz o documento. Segundo o texto,
esta é a "hora da consolidação" das medidas adotadas anteriormente,
quando houve forte expansão de vagas nas federais e interiorização de
campi.
Fonte: TNonline
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