O Comando Geral de
Greve (CGG) do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas
(SINTUFAL) está procurando uma justificativa para encaminhar a assembleia saída da greve,
pois a base já entendeu que o governo não vai negociar.
A deflagração da
greve na Ufal ocorreu no dia 20 de março, de lá pra cá o CGG/SINTUFAL, ainda não
conseguiu paralisar nenhuma das unidades da universidade, nem mesmo no Campus
Arapiraca, onde os servidores haviam decidido em reunião com o comando, que
iriam fechar 100% dos setores, a paralisação nunca oconteceu.
No Campus A. C.
Simões, o máximo que os comandantes conseguiram foi uma escala de revezamento
entre servidores, onde as repartições limitaram o atendimento ao público, mas o
setor não fechou suas portas.
Os comandantes:
Emerson Oliveira (MLC), Jeamerson dos Santos (MLC), Nadja Lopes (MLC), Evilázio
Freire (Vamos à Luta) e o Davi Fonseca (CSP-Conlutas), levaram a categoria a
acreditar que nessa greve seria possível arrancar do governo federal um
reajuste salarial por se tratar de um ano eleitoral, essa tese foi defendida e aprovada na
plenária da Fasubra, onde as forças de esquerda que compõem a majoritária da
federação acreditavam piamente que isso seria possível.
Antes da
deflagração da greve, representantes fasubrianos se reuniram com o governo para
discutir a pauta da categoria (OF 32/14-SEC), depois de quatro reuniões consecutivas
e alguns pontos da pauta consensuados, no dia 14 de março foi entregue a federação o Ofício nº 56/2014-GAB/SESu/MEC, resultado do processo
negocial, o documento nunca foi apresentado e nem discutido nas assembleias de
base. Os comandantes, tanto do CNG/Fasubra, quanto do CGG/Sintufal, omitiram a
proposta e isso se repetiu em vários comandos em todo país.
Nas assembleias
muito se ouve falar em reajuste salarial, data-base, antecipação da parcela de
5%, como também dos 3,8% do Step, agendados para 2015, equiparação do
Auxílio-Alimentação dos TAE’s com o dos servidores do judiciário federal e muitos
outros pontos que não constam na pauta específica da categoria.
O CGG/Sintufal tem
reivindicado pontos que já foram negociados na greve de 2011, a exemplo das 30
horas que já é uma realidade no CEDU, DAP, HUPAA e outros.
Os
cursos de capacitação que também é pleito proposto pelos comandantes, não é
nenhuma novidade para os servidores da Ufal, pois a própria gestão da universidade
tem proposto mais cursos para os servidores, inclusive já oferece curso de graduação
e pretende ampliar a demanda.
Em
2012, a Progep em parceria com a Coordenação de Formação Sindical do Sintufal,
na época coordenada por Roberto Maximiano e Altamiro Nobre, conseguiu aprovar
o curso de formação política, mas por falta de inscritos foi suspenso.
Os
dirigentes do
sindicato já sabem que essa greve já era e vão só esperar o fechamento
da folha
deste mês de junho para propor o fim da greve que nunca existiu, a greve
só não foi encerrada porque será um prejuízo para o sindicato ficar sem
os recursos que são
descontados dos trabalhadores para um fundo, mas assim que for lançado o
desconto na folha,
eles encerrarão o movimento paredista, sob a alegação que houve avanços
para a categoria.
Vamos esperar para
ver qual será a desculpa que eles vão encontrar para sair da greve.
Fonte: Ufalsindical
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