Os
técnicos-administrativos da Universidade Federal do Acre (Ufac), em greve há
mais de três meses, decidiram em assembleia nesta quarta-feira (18), em Rio Branco,
encerrar o movimento, depois que Superior Tribunal de Justiça (STJ) emitiu uma
medida liminar determinando o fim da greve de servidores das universidades e
institutos federais do país. Segundo o comando local de greve, o retorno deve
ser imediato, até o final desta semana.
A decisão proíbe
ainda bloqueios ou empecilhos à movimentação dentro das instituições. Em caso
de descumprimento da medida, as entidades sindicais terão que pagar multa
diária de R$ 200 mil. Ormifran Pessoa, membro do comando local de greve, diz
que a liminar da Justiça não foi uma surpresa para a categoria. Diante disso,
ela fala que a categoria decidiu por retornar ao trabalho, para avançar em um
momento mais propício.
"Essa liminar
não é uma surpresa, o governo está jogando com as suas armas contra um
movimento que está sendo justo. Nós estamos fragilizados porque não temos como
reverter essa situação a curto prazo. Às vezes, é preciso recuar para continuar
avançando. Esse documento do juiz do STJ reconhece que nós trabalhadores
precisamos ser ouvidos. Eles também vão cobrar que esse governo sente com a
gente para negociar as nossas pautas", afirma.
Como um balanço de
todo o período de greve, Ornifram afirma que a categoria se sente vitoriosa, já
que o movimento foi se tornando forte e agregando mais servidores. "Nos
consideramos vitoriosos politicamente, porque a nossa categoria localmente cresceu
bastante, agregando novos servidores da base a uma nova luta, conscientizando a
respeito de tudo", acrescenta.
No Acre, os
servidores técnico-administrativos da Ufac estavam em greve desde o dia 17 de
março. No que diz respeito às reivindicações, a categoria quer o adiantamento
de 10% do acordo firmado durante a greve em 2012, mais 10% do PIB para a
educação, racionalização de cargos, isonomia salarial, reposição dos
aposentados na tabela. Além disso, eles defendem o funcionamento da
universidade durante os três turnos. "Estamos numa luta muito grande
internamente na universidade, onde lutamos para que a universidade trabalhe nos
três turnos, sem interrupção", finaliza.
Fonte: G1 Acre
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