sábado, 21 de junho de 2014

CNG/Fasubra - Saída de greve com avaliação de conjuntura maquiada

Após a decisão do Superior Tribunal Federal (STJ) de mandar a Fasubra e o Sinasefe encerrar a greve da categoria, o Comando Nacional de Greve (CNG) da federação analisou a liminar e deliberaram por uma saída da greve unificada para a próxima quarta-feira (25).
Na avaliação da conjuntura da greve feita pelo CNG/Fasubra, a judicialização da greve mostrou que o judiciário tem se mostrado uma instituição a serviço do governo, intervindo na supressão quase que total do direito de greve, por outro lado tem sido complacente com a omissão do direito de negociação coletiva.
Ainda na sua tentativa de justificar o injustificável, os comandantes do CNG fasubriano acusam o governo de não ter negociado nenhum item da pauta que tivesse repercussão financeira, como também não atendeu pleitos como a suspensão dos processos administrativos contra trabalhadores da base em decorrência de suas atividades sindicais. Por outro lado, a avaliação não faz menção às reuniões, antes da greve, com representantes do MEC e MPOG e nem tão pouco da proposta apresentada pelo governo, resultado das discussões na mesa de negociação.
O CNG/Fasubra, afirmou categoricamente na sua avaliação que a Federação não recebeu a notificação, e que tomou conhecimento através de informes que o STJ havia determinado a exigência de suspensão da greve. Essa afirmação tenta ocultar a verdade, pois como é que o comando faz uma avaliação e pede a saída da greve sem ter sido notificado oficialmente?  
No seu último vídeo publicado na sexta-feira (20) o Coordenador de Administração e Finanças, Rolando Malvásio, declarou que a Fasubra foi notificada e ele foi quem recebeu notificação, essa declaração joga por terra a afirmação do comando.
Diante de um texto tão maquiado e com um conteúdo que tende enganar mais uma vez os desinformados, o que se pode identificar é que toda dialética é partidária, nada faz lembrar uma avaliação de conjuntura sindical.
No final da avaliação o CNG delibera os seguintes encaminhamentos:
a) Preparar resposta jurídica articulada nacionalmente, frente à ação movida pelo Governo contra a greve, incluindo a exigência de negociação, aventada no despacho.
b) Cobrar resposta do MEC ao ofício que solicita abertura de negociação, encaminhado em 28 de maio.
c) Formalizar denúncia junto à OIT, com maior brevidade possível, das ações antissindicais e antidemocráticas protagonizadas pelo Governo Federal, que desrespeita o direito à negociação e criminaliza a prática de greve.
d) rodada de assembleias gerais até a próxima terça, com retorno ao trabalho na quarta-feira dia 25. O posicionamento das assembleias será compilado pelo CNG na próxima terça à noite.
e) Seguir negociando e exigindo efetividade da pauta nas negociações locais, com mobilização, manifestações e outras atividades que garantam a efetividade dos processos em curso, bem como exigindo das reitorias que se manifestem quanto ao fato da AGU ter atuado em nome das IFES.
Em suma, nada disso que está proposto tem importância, pois as bases já sabem que a greve já acabou e em algumas universidades isso ocorreu muito antes da judicialização.
Fonte: Ufalsindical

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