Após a decisão do
Superior Tribunal Federal (STJ) de mandar a Fasubra e o Sinasefe encerrar a
greve da categoria, o Comando Nacional de Greve (CNG) da federação analisou a liminar
e deliberaram por uma saída da greve unificada para a próxima quarta-feira
(25).
Na avaliação da
conjuntura da greve feita pelo CNG/Fasubra, a judicialização da greve mostrou
que o judiciário tem se mostrado
uma instituição a serviço do governo, intervindo na supressão quase que total
do direito de greve, por outro lado tem sido complacente com a omissão do
direito de negociação coletiva.
Ainda na sua tentativa de justificar o
injustificável, os comandantes do CNG fasubriano acusam o governo de não ter
negociado nenhum item da pauta que tivesse repercussão financeira, como também
não atendeu pleitos como a suspensão dos processos administrativos contra
trabalhadores da base em decorrência de suas atividades sindicais. Por outro
lado, a avaliação não faz menção às reuniões, antes da greve, com
representantes do MEC e MPOG e nem tão pouco da proposta apresentada pelo
governo, resultado das discussões na mesa de negociação.
O CNG/Fasubra, afirmou categoricamente na sua
avaliação que a Federação não recebeu a notificação, e que tomou conhecimento
através de informes que o STJ havia determinado a exigência de suspensão da
greve. Essa afirmação tenta ocultar a verdade, pois como é que o comando faz
uma avaliação e pede a saída da greve sem ter sido notificado oficialmente?
No seu último vídeo
publicado na sexta-feira (20) o Coordenador de Administração e Finanças,
Rolando Malvásio, declarou que a Fasubra foi notificada e ele foi quem recebeu
notificação, essa declaração joga por terra a afirmação do comando.
Diante de um texto tão maquiado e com um conteúdo
que tende enganar mais uma vez os desinformados, o que se pode identificar é
que toda dialética é partidária, nada faz lembrar uma avaliação de conjuntura
sindical.
No final da avaliação o CNG delibera os seguintes
encaminhamentos:
a) Preparar resposta jurídica articulada
nacionalmente, frente à ação movida pelo Governo contra a greve, incluindo a
exigência de negociação, aventada no despacho.
b) Cobrar resposta do MEC ao ofício que solicita
abertura de negociação, encaminhado em 28 de maio.
c) Formalizar denúncia junto à OIT, com maior
brevidade possível, das ações antissindicais e antidemocráticas protagonizadas
pelo Governo Federal, que desrespeita o direito à negociação e criminaliza a
prática de greve.
d) rodada de assembleias gerais até a próxima terça,
com retorno ao trabalho na quarta-feira dia 25. O posicionamento das
assembleias será compilado pelo CNG na próxima terça à noite.
e) Seguir negociando e exigindo efetividade da pauta
nas negociações locais, com mobilização, manifestações e outras atividades que
garantam a efetividade dos processos em curso, bem como exigindo das reitorias
que se manifestem quanto ao fato da AGU ter atuado em nome das IFES.
Em suma, nada disso
que está proposto tem importância, pois as bases já sabem que a greve já acabou
e em algumas universidades isso ocorreu muito antes da judicialização.
Fonte: Ufalsindical
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