Os técnicos-administrativos das universidades federais assinaram na noite de ontem (24) acordo com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para por fim à greve da categoria, que já dura mais de três meses.
A proposta feita pelo governo de reajuste de 15,8% ao longo de três anos foi aprovada pela maioria das assembleias nas instituições. Também foi acordado um plano de capacitação contínuo para a categoria.
Janine Teixeira, coordenadora-geral da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), disse que a categoria considerou o percentual oferecido muito baixo, mas que o acordo oferece outros benefícios para os servidores. "A categoria aprovou, porque nós tivemos um avanço dentro da carreira muito maior que o percentual, que foi muito baixo", disse.
Além da Fasubra, apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa os professores, fechou acordo com o governo. As outras categorias de servidores em greve ainda continuam com negociações em aberto.
Ao contrário de outras carreiras do serviço público federal, os técnicos-administrativos das universidades não terão os dias parados descontados do salário. A categoria, que reúne 183 mil técnico-administrativos, entre ativos e aposentados, voltará ao trabalho na próxima segunda-feira (27), de acordo com a Fasubra.
O reajuste concedido aos técnicos-administrativos e professores das universidades federais terá impacto de R$ 7,1 bilhões nos próximos três anos, totalizando R$ 18,95 bilhões para os servidores de todos os setores, informou o ministerio do planejamento.
O secretario de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, disse que este fim de semana será final para as negociações com as demais categorias de servidores. Segundo ele, até domingo ainda serão realizadas 20 reuniões com representantes dos sindicatos em greve .
"Estamos fechando aqui com mais de 40% de servidores ativos. Várias categorias estão sinalizando positivamente", disse. O secretário se declarou "moderadamente otimista" com os acordos a serem firmados. Segundo ele, a oferta do governo está feita e é final dentro das possibilidades orçamentárias do governo. Todas as categorias receberam a mesma proposta de 15,8% de reajuste.
Fonte: G1/Brasil
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